O Policial e a Prisioneira {MINI} (COMPLETA)

5⛓

Depois que a Doutora Constance foi embora ela havia contado pro Lucas que eu jogava xadrez. Então ele fez questão de mostrar que é melhor que eu.

—Xeque-mate — falei de novo.

— Não é possível! Já é a 7ª vez! — ele reclamou.

— Minha mãe me colocou em um curso de xadrez quando tinha apenas oito anos. — expliquei

Lucas tinha colocado uma mesinha colada na grade da cela.Onde havia um tabuleiro de xadrez.

— Cruel — ele disse e eu ri — Mas funcionou pelo menos

— Também me colocou em um curso de boas maneiras — eu falei
distraidamente — Mas pelo que você vê, não deu certo.

— Perceba-se — ele falou e eu dei um tapa no braço dele e ele soltou uma risada.

— Cala a Boca!

**O sinal toca **

— Vamos, hora do almoço. Ele falou se levantando.

[...]

— Então, você e ele... Rolou algo ?

— Melissa meu deus, porque essa pergunta tão indiscreta?! — Patricia perguntou — Que sem noção!

— Ah acha que eu não to vendo essa troca de olhares desde que chegamos aqui. — ela falou olhando pra mim

— Meu Deus, Melissa eu não tenho fogo no rabo que nem você! — Eu respondi

— Também quem ia te querer? — Cece falou com suas amiguinhas, Allison e Jessica. Eu já ia perder a paciência com essa ralé

— Cala a boca garota. — Patricia falou

— Ele é gatinho, estou pensando em uma transferência de guarda — Alison falou

— Afinal ele iria querer qualquer uma de nós em vez da loira oxigenada, das amigas com cabelos melados — Alison falou de novo

Patricia veio com o olhar assustador e olhou para Jessica, que era bem menor que ela.

— Já acabou Jessica? — ela falou e tanto a nossa mesa quanto o refeitório inteiro fez "Ôôôô" — Acho bom a tampinha ir embora com as duas sujeiras, ou eu brinco de futebol com você e elimino elas.

E elas se retiraram.

Ouvimos o barulho do portão de ferro sendo aberto, então um tumulto preencheu o refeitório.

"Nossa ela cresceu"

"Ela ainda está ali"

"Como ela não tem medo de vir aqui"

E por algum motivo, todos olharam pra mim

Então passou pelo nosso lado, a pequena pessoa na cadeira de rodas, Camille , a filha do Diretor,eu não consegui olhar, ela tinha uma cara de pesar, triste, mas estava de cabeça erguida, eu fui quem abaixou a cabeça.

Eu sentia culpa.

Remorso.

Eu nunca tinha sentido isso direito.

Nunca senti isso antes

Antes do...

O que Lucas fez comigo?

— Nossa eu nunca vi você desajeitada Clarissa — Melissa falou

— Mel eu preciso fazer algo — falei
Eu me retirei da mesa e fui até Lucas e o puxei para um canto

— Eu me sinto estranha.

— O que?Esta passando mal? Enjoada? Será que deram comida envenenada? — ele olhou preocupado colocando a mão na minha testa

— Não, me sinto pesada — eu olhei Camille de longe — Desde que ela chegou

— Se chama culpa — ele riu

Eu fechei a cara pra ele, seriao mesmo jovem?

— Acha que eu devia...?

— Devia — ele disse — Pelo bem da sua Alma, devia.

Eu não sei fazer isso, minhas mãos estavam tremendo e suando. Aí meu Deus.

—Não tem permissão de chegar perto dela. — o guarda colocou a mão no meu ombro, e eu afastei sua mão, migo se você colocar a mão em mim de novo eu vou quebra-la e insisti e ele agarrou com força o  meu braço.

— E eu vou te dar uma bela de uma permissão roxa se não tirar a mão de mim. — eu ameacei

— Deixe ela passar, não acho que com tanta gente assim ela vá fazer alguma coisa — Camille disse séria

— Olá — eu disse tímida, ainda não conseguia olhar pra ela, era vergonhoso. Ainda mais, por todos estarem olhando para aquele ponto.

Ela encostou na cadeira

— Olá — ela respondeu

— E-Eu, é... — Ela ficou me olhando como se esperasse alguma coisa — Medesculpaporteracertadosuacolunacomumabala, foi um acidente. — falei rápido

— Eu não entendi o que você disse — ela disse rindo

Ela estava rindo, e isso diminui um pouco a minha pressão

— Você entendeu sim, não vem com essa cara de anjinho suicida pro meu lado-eu disse — Eu não caio nessa! — falei

— Dava demorando pra dar a patada — ela sorria, eu fechei a cara, pelo menos eu já pedi desculpas e fui indo embora — Meu pai tinha razão, você não é mais uma psicopata fria, não vou falar aqui em alto e bom som, mas de acordo com minhas fontes — eu virei pra ela — Tem a ver com um moço,um moço lindo de uniforme — ela disse e eu ri, indo embora