...Barney, que havia feito uma careta e estava empurrando o guardanapo, e seu conteúdo, de volta para mim.
-Esse bolo é de cenoura!
Balancei a cabeça.
-Bolo de cenoura com creme de queijo. Hum!
-Sem essa de hum. Isso é, tipo, anti-hum. Eu lhe pedi que me trouxesse um bolo. UM BOLO! E você volta com algo feito de cenoura e queijo. Isso não é bolo - Barney rosnou. -É um não bolo disfarçado de bolo.
Eu só fiquei olhando e esperando. Já vira Barney petulante antes e eu geralmente era responsável por isso, mas nunca o vira tão arrogante.
-Mas você come cenoura - arrisquei -me timidamente, sob o peso da carranca feroz de Barney. -Tenho certeza de que já o vi comer cenouras.
-Eu as como sob coação, e é preciso ter carne ou batatas com elas.
-Sinto muito -disse, e tentei fazer parecer que realmente queria dizer aquilo. Barney estava com um humor muito imprevisível e eu não queria provocar outra explosão. - Sinto muito se pisei na bola na escolha do bolo. Eu, obviamente, preciso trabalhar nisso.
-Bem, creio que não seja sua culpa - Barney decidiu magnanimamente. Olhou para mim por debaixo da franja, o vislumbre de um mero sorriso apenas pairando em seus lábios. - Você realmente é péssima em escolher bolos, mas é bom saber que você pisa na bola, ás vezes.
-Eu piso na bola com um monte de coisas - assegurei-lhe, enquanto decidia que, provavelmente, seria bom ficar na barraca com ele. - Não sei virar cambalhotas. Nunca peguei o jeito de falar alemão e não tenho músculos faciais fortes o suficiente para arquear uma sobrancelha.
-É genético - disse Barney.- Mas acho que, se você treinar, vai conseguir.