...realmente, a última palavra sobre o que é demais, e se você não concorda é porque você não é uma pessoa demais. Na verdade, você é tão chato que eu não posso nem olhar para você, porque você pode acabar me infectando com seus germes suburbanos desagradáveis e entediantes". Aí ela é tão cheia de si.
-Ela tem um blog? Grande coisa todo mundo tem um blog.
-Você não viu o blog dela - Scarllet murmurou sombriamente. - As coisas sobre as quais ela fala; é inacreditável.
-Você está "stalkeando"? - perguntei, minha voz ficando tão estridente que até engasguei com a última palavra.
-Eu não estou - a voz de Scarllet, por sua vez, estava voltando ao seu modo sussurrante usual. -Tenho que ler o blog dela, caso contrário, não seria capaz de juntar-me aos outros quando estão falando sobre ela, na escola.
-Seus amigos do 3° ano não têm nada de interessante para falar do que sobre Jeane Smith?
Scarllet não respondeu, mas olhou para os dois lados da rua e, então, deu um suspiro de alívio.
-É o carro de minha mãe. Tenho que ir.
-Pensei que fôssemos tomar um café.
-Bem, sim, minha mãe me mandou uma mensagem e disse que ela estava, ah tipo, na área. -Scarllet se contorcia insatisfeita. - Enquanto você estava andando pelo bazar. Quero dizer, foi aí que ela me mandou uma mensagem.
Eu deveria terminar o namoro, pensei. Porque não estava indo a lugar nenhum e, sim, Scarllet fez seu rostinho triste, que parecia um bebê foca pouco antes de ser morto a facadas, mas eu já tinha visto seu rosto triste tantas vezes nas últimas semanas que estava imune a ele.
-Veja, Scar, eu estive pensando...- comecei, mas ela já estava se afastando.
-Tenho que ir - ela gritou, enquanto sua mãe tocava a buzina. - Vejo você amanhã ou algo assim.