afundando novamente no banco enquanto ele tensionava todos os músculos, ansioso pela mudança para o verde e a necessidade de dirigir novamente, sem deixar o carro morrer.
Tentei manter-me imóvel e silenciosa, e nem sequer respirei muito pesado, até que Barney estacionasse lenta e cuidadosamente na calçada do prédio de tijolos vermelhos onde eu morava.
-Então, você quer fazer alguma coisa agora?- perguntei.- Por algumas horas.
-Não posso. Você sabe que minha mãe gosta que eu passe a noite de domingo em casa, para que ela possa verificar se fiz minha lição e se lavei a parte de trás das orelhas e se afiei meu lápis e se tenho camisetas limpas o suficientes para passar a semana.- E torceu o nariz em desgosto. - Aposto que mesmo quando estiver na universidade ela vai tirar um tempo no domingo à tarde para me verificar.
-Tenho certeza de que ela não faria isso -disse, embora acreditasse que a mãe de Barney fosse fazer exatamente isso, caso Barney não tivesse um irmão mais novo que precisasse de tanta supervisão quanto ele, se não mais. Não havia muito amor entre mim e a mãe de Barney; ela achava que eu era má influência para seu filho, e preferia, muito mais, os dias em que ele ficava em casa e não tinha vida social. Mas eu era cuidadosa em nunca levantar esse assunto com ele, porque não queria ser o tipo de garota que ficava entre o garoto e sua mãe dominadora.
-Sim ela faria. - Barney soltou o cinto de segurança. - Vou ajudá-la a levar tudo pra dentro, mas, depois, tenho que ir pra casa.
Depois que levamos todos os caixotes e caixas e sacolas para o hall de entrada, e depois até o 6° andar no elevador oscilante, e os despejamos em minha sala, Barney respirou fundo e esperou que eu pendurasse meu casaco.
Podia ver seu rosto ansioso refletindo no espelho do corredor, uma combinação perfeita com o meu. Eu odiava essa parte...