Nociva

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P.O.V RAFAEL

Eu realmente tinha medo do que o Mauro faria, com o tempo fui notando que o perfil dele foi se tornando um quanto obsessivo, ele gostava de ter controlo sobre tudo e quando desafiado era complicado, não media algumas vezes o seus actos acho que tantos anos a presenciar agressões tornaram-no susceptível a violência, esta fera era dificilmente despertada mas parece que a Felícia era um bom motivo, naquele momento tudo o igualava ao Gilberto mas o problema não era igualar e sim superar o que podia se descontrolar alguém tem que apaziguar este ódio.

Eu caminhava para fora do colégio passando pela multidão como um fantasma eu não tinha nada para chamar atenção, famoso era o Mauro e o meu primo José por andar com o Gil, a família dele era de classe média baixa o meu pai é que é o ricaço, ele só veio parar cá no Behaviour porque os pais dele queriam muito que ele estudasse onde eu estudo, acho que para que um não tenha melhor instrução que o outro então o meu pai se disponibiliza a pagar 50% das propinas isto é um colégio de luxo, aqui em África quando um dos elementos da família é o mais rico era um dever ajudar os outros acho que isso é que também fomenta muito a corrupção entre nós ajudamos até os que não merecem, o que me irrita no José é que ele gosta de levar uma vida que não é a dele, gasta tanto para se sentir enquadrado esquecendo das consequências destas ilusões mas no fim meu primo é boa pessoa, acho rsrsrsrrsrrsss.

Quando subi no meu carro a porta de passageira é aberta e era a Rita eu a olhei chateado:

-Já fiz o que pediste o que queres mais?

-Não posso ficar um pouco com o meu amor? Hoje dei um dos grandes passos do meu plano e quero comemorar contigo - ela se virou e abriu as pernas se revelando nua eu realmente não entendia, algumas vezes era tão chata, conservada e politicamente correcta outras hiperactiva e boémia. Apesar daquela visão da tentação me concentrei e me estiquei para abrir a porta.

-Hoje não me sinto muito bem quero ficar sozinho, por favor.

-Estás a me ofender Rafa, tu nunca me negaste!

-Hoje não posso, liga para o Joel e vê se ele atende o teu pedido.

-Tu... tu... filho da mãe! - saiu chateada do carro. Rumei para casa onde vejo a maleta do meu pai no sofá,  pelo que me lembro ele saiu ao mesmo tempo que eu para trabalhar. Encontro a empregada que ninava o Timóteo que chorava muito alto.

-O meu pai está?

-Sim. Sentiu - se mal no serviço teve que voltar, já foi fazer consulta agora esta a repousar.

-Onde está a mulher dele?

-Na cozinha - fui para lá, eu sei muito bem que ela não gosta de cozinhar vê-la lá era um milagre. Cheguei lá silencioso e a vi a preparar um chá, se não fosse uma vaca até que ela era uma coroa (senhora) gostosa nos seus 33 anos ao contrário do meu pai a sair da casa dos 50, fiquei na porta a aprecia - lá até a ver tirar um frasco com um pó amarelo e colocar no chá mexeu para se misturar com a cor e voltou a guardar o frasco no casaco, eu sabia que esta vadia andava a tentar matar o meu pai quando ela me viu tomou um susto muito estranho.

-Eu pensava que assombração só aparecia a noite.

-Eu pensava que só as velhas eram bruxas - ela me olhou desdenhosa e pegou na bandeja segui - a até o quarto.

O COLÉGIO BEHAVIOUROnde histórias criam vida. Descubra agora