Dom

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P.O.V ALICE

A cena do caixão do Fabricio a descer sete palmos da terra ainda me assombrava, eu fiz um grande esforço naquele dia de não chorar mas a gravidez me pos emocional eu não ia com a cara dele mas a existência dele também não me incomodava saber que alguém que viste hj poder estar morta amanhã dá um frio e temor, eu tenho medo porque sei que não estou pronta para ir, eu já aprontei muito e não vou mentir que ainda quero, naquele momento fechei os olhos e pedi pra Deus me dar mais anos pra eu me preparar, mas não era justo, nem pra Ele.

Já passaram 2 meses da minha gravidez e está a ser cada vez mais difícil esconder da minha mãe afinal ela vai me matar, ela já reclama dos meus gastos e pouco rendimento na escola se descobrir mas essa verdade me tranca em casa, e tem tanta coisa a me esperar lá fora. Esses pensamentos tiraram o gosto do gelado que eu chupava que alguém deixava sempre após tocar a campainha e desaparecer, eu sei que é o Rafael mas ele quer fingir de desentendido, vinha escrito: Para a futura mamãe e ele era o único que sabia da gravidez. De repente senti fortes enjoos e corri para o WC...

Levantei-me da sanita e levantei a face pra lavar a  boca do vomitado, ouvi a porta ser aberta de forma agressiva.

-Vomitaste duas vezes só esta semana vamos ao hospital mas vale gastar com medicamentos do que com um caixão - minha face ficou pálida.

-Não não quero eu estou bem dá pra parar de controlar a minha vida!

-Se tu fizesses algo útil com ela pararia mas só sabes desperdiçar tempo beleza e dinheiro! - eu desdenhei e quis ir embora quando  ela se pos a frente.

-Chinha... tu estás grávida!  - ela não perguntou afirmou e eu me senti desarmada meus olhos não conseguiam menti-la.

-Juro que não estou!

-Quem é o pai sua p#ta! - após alguns segundos aterrorizada e com os olhos marejados, baixo e com vergonha respondi:

-Não sei. Terminei há dois meses com o Fábio e no mesmo tempo me envolvi com outra pessoa - ela puxou o meu cabelo e gritei de dor.

-Quem é ele?  - apertou mais me provocando dor

-Gilberto Gaultier, filho do dono do colégio - ela me soltou meio satisfeita.

-Assumir este filho como do Fábio será  um escândalo desnecessário pra nós, sem contar que ele tem mais boca do que dinheiro na conta. Essa criança é do Gilberto me ouviste?  - eu conhecia aquele olhar com certeza me obrigaria a mentir pra conseguir o que queria, subir na vida eu sou filha só poderia concordar senão estava fora daquela casa e não quero viver com o meu pai e a outra família dele,  até porque eu nasci de um caso é estranho me infiltrar assim.

-Vista algo decente vamos mesmo hoje falar com eles.

-Por favor mãe não me sinto preparada, não pra mentir ao Gil desta forma.

-Vocês dois deveriam pensar que isso poderia acontecer quando se aqueceram agora arquem com as consequências - implorei mas já estava sentada no sofá da casa dos Gaultiers dentro da enorme e branca sala de estar que constratava com o preto. A mãe dele nem sequer olhava pra nós mas estava disposta a ouvir, Gil simplesmente não estava, mas no fim do dia apareceria, deve estar a vagabundear por aí.

-O seu filho engravidou a minha filha - minha mãe foi directa e a expressão dela foi desdenhosa

-O quê?  Isso é um absurdo!  Gil é puritano mas é cauteloso. A sua filha deve estar a confundir-se

O COLÉGIO BEHAVIOUROnde histórias criam vida. Descubra agora