Aliados

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P.O.V RAFAEL


Estou no meio de uma floresta densa e escura e caminho com certo receio de como aqui vim parar, até chegar perto de um riacho de águas límpidas e profundas o encanto pelo riacho foi cortado por um tremor no chão e de repente dois botões de planta foram surgindo da terra e vão crescendo até tornarem-se plantas e grandiosas árvores uma ao lado da outra mas os frutos de uma eram verdes e saudáveis e da outra podres, não estou a perceber o que estava a acontecer até ouvir um som de um disparo e a bala passar pelos meus olhos e rasgar o meio das duas árvores até elas caírem e tornarem-se pó em contacto com o solo.

Quando despertei era só mais um dos meus sonhos esquisitos, mas algo me preocupava, porquê este sonho agora. Há tempos que não os tinha e me sentia um jovem normal.

Durante o dia estava mal disposto só de saber que sei da verdade mas não posso falar nada, eu queria gritar pro mundo inteiro que Rita era a culpada pelas nossas desgraças mas não podia enquanto eu também tive o dedo, eu também tive culpa e é verdade também fui cúmplice, e se não posso denunciar a Rita não podia manter Mauro preso, é injusto porque ele esvondeu tudo por medo de mim, ele era meu amigo ja Rita não sei o que ela era para mim mas eu era o seu boneco de manipulação, passava as mãos pela cabeça ela me doía de forma horrível, não podia acreditar que tudo o que fiz de errado seria carregado por um ser inocente, porquê Deus? Batidas fortes na porta do quarto me despertaram e me recompus na cama.

-Entra!

-Aqui está tão escuro!Tu és tão sinistro. A mãe chama pra jantar - Kátia, chata, me avisou e me dirigi pra lá, durante a semana o meu pai acordou do coma e já está a melhorar, mas ele ainda não fala e temos ido o visitar e de certeza que ele tem achado estranho a ausência da Sheila e os filhos eu vejo no olhar,  ele ainda está muito frágil por isso temos nos segurado pra não contar e outra coisa que sinto nele é algum tipo de arrependimento, nas visitas a minha mãe fica sempre fora, prefere não entrar claro porque ainda sentia algo já não podia disfarçar. Nos ver a todos no quarto do hospital, acho que não o deixava mais fugir ao vazio que nos tem causado, nos negligenciado por uma mulher, agora mudaram-se todos pra mansão maior apesar da relutância da minha mãe.

Durante o jantar o móvel da Kátia não parava de tocar, aquele kuduro alto atrapalhava a conversa, enquanto ela lavava a loiça sei que não deveria mas mexi no móvel apesar de tudo também sou um dos responsáveis e ela pode falar comigo o que não consegue com os pais.

Se você não fizer o que pedi vou expor o nosso vídeo na net e toda sua família vai saber que já não é virgem
-Joaquim

Quando eu li aquela mensagem parece que todas as expectativas positivas que tinha dela desapareceram, como não notei que ela estava diferente? Kátia ficou irritantemente vaidosa, agora tinha muitas amigas de má conduta e amigos mais velhos de 6 anos e conversas demasiado precoces pra sua idade, ela agia como uma adulta bem que o José quando cá veio me mandou ficar de olho mas pra mim não tinha sentido, é mais fácil acusar a filha do vizinho do que a nossa e agora era tarde, agora uma raiva passava pelo meu corpo, ela se desonrou com o Joaquim um vizinho de 20 anos que era mecânico e de noite a vida era beber até a madrugada, acho que vou ficar maluco.

Peguei-a pelo braço e a empurrei pro quintal para a minha mãe não ouvir.

-Porquê que me estás a pegar assim?! - gritou pra mim e dei-lhe uma chapada do rosto com uma raiva dela como se fosse minha namorada e me tivesse traído com o meu pior inimigo, eu estava com raiva, o corpo era dela mas eu tinha raiva.

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⏰ Última atualização: Apr 23, 2017 ⏰

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