Capitulo 20: O verão está contado

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CAPITULO 20: O VERÃO ESTÁ CONTADO

Ouvi barulhos de passos sobre o piso de madeira. Resmunguei palavras incoerentes pedindo por silêncio, eu não estava pronta para sair da minha cama aconchegante ainda. Podia sentir o coração pulsando em um ritmo lendo, mas constante pertinho do meu ouvido. E também o peso confortável dos braços de Gabe ao meu redor, era bom saber que ele ainda estava dormindo e me segurando pertinho dele. A cortina foi puxada com força e a luz invadiu o quarto. Minhas pálpebras tremeluziram e a claridade tornou impossível continuar dormindo. Eu iria matar Vallie por invadir o quarto e me acordar daquele sono maravilhoso ao lado do meu cowboy lindo. Sentei sobre a cama, ainda tentando cobrir os meus olhos e gemi. Pelas frestinhas entre os meus dedos enxerguei a cintura de alguém coberta por um vestido floral. Floral? Vallie não vestia vestidos florais. Fui tirando a mão e erguendo os olhos lentamente, até ver os braços dobrados por cima dos seios, o pescoço longo, os lábios rígidos, e os olhos curiosos de Nora.

Nora!

— Bom dia, Ariel. — Ela disse firme e em alto e bom som.

Engoli em seco.

— Bom dia, eu acho.

Gabe se moveu ao meu lado, jogando o braço por cima dos olhos e gemeu.

— Acorde Gabriel. — Nora exigiu, ainda em sua postura reta parecendo um general.

Gabe tirou o braço dos olhos rapidamente e sentou-se na cama de súbito.

— Mãe?

— Até onde eu sei, sim, sou sua mãe. — Nora respondeu-lhe.

— Podemos explicar. — falei, mesmo sem ter ideia do tipo de explicação que eu poderia dar para aquela cena.

— Eu espero mesmo que vocês possam, por que nós vamos ter uma conversa. — Nora olhou para mim, e arqueou uma sobrancelha. — Vamos ter "aquela" conversa. Vistam-se, tomem o café de vocês e espere-me na sala.

— Mãe. — Gabe gemeu jogando as pernas para fora da cama. — Você já teve "aquela" conversa comigo há alguns anos, não preciso ouvir tudo de novo. Além disso, eu só dormi aqui, não fizemos nada demais.

— Espero vocês lá embaixo, como eu disse. — Nora falou uma última vez, e então saiu do quarto deixando Gabe e eu para trás.

— Ai meu deus, sua mãe vai me mandar embora! — Joguei os braços sobre o rosto e choraminguei.

Gabe riu ao meu lado.

— Ela não vai mandar você embora. — Ele disse, despreocupadamente. — Ela vai ter aquela conversa constrangedora sobre não fazer bebês e pronto.

— Conversa sobre não fazer bebês? — repeti, apavorada. — Isso é horrível! Não vou conseguir ficar no mesmo cômodo que ela nunca mais. Que vergonha!

— Se acalme loira. Não é nada demais, eu juro. — Gabe tirou as minhas mãos do meu rosto e me deu um beijinho rápido nos lábios. — Mais cedo ou mais tarde ela ia saber, então vamos acabar com isso logo. Não se preocupe, eu vou estar lá.

— E se ela mandar a gente dormir em quartos separados de novo? — perguntei.

— Provavelmente é o que ela vai querer que façamos. — Gabe se levantou e começou a vestir a calça enquanto eu encarava sua bunda durinha numa cueca justa. A Nora não podia tirar aquela perfeição de homem da minha cama. Não podia mesmo! — Mas vamos tentar convencê-la a deixar as coisas como estão.

— E você acha que ela vai aceitar?

Gabe se virou, e puxou o zíper da calça, antes de abotoar um botão. Eu ainda estava encarando aquela região especifica abaixo da cintura dele, só que agora de frente. Também era um espetáculo.

Sunset (Disponível até 30\12\16)Onde histórias criam vida. Descubra agora