Capítulo 2: O Cowboy me tira o sono

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CAPITULO 2: O COWBOY ME TIRA O SONO


A casa de fazenda de Nora era tão grande por dentro quanto por fora. Assim que eu passei da varanda para a porta de entrada eu me encontrei no meio de uma sala bem espaçosa. As paredes eram pintadas de azul e brancas também. Havia uma mesa redonda com quatro cadeiras envolta e um tabuleiro de jogo de xadrez descansando em cima. Dois sofás grandes com estampas bem coloridas, e uma mesa de centro. Uma estante de madeira marrom ocupando uma parede de cima a baixo. Nas prateleiras havia cd's de musica country. Argh! E vários porta-retratos com fotos de uma família bem grande. Havia um lustre grande bem no centro da sala, este era dourado e bem chamativo. Apesar de todas as combinações esquisitas de cores e móveis o lugar era acolhedor. Tão acolhedor quanto à casa imensa de arquitetura moderna em que eu cresci na cidade de São Francisco, Califórnia.

― Crianças venham conhecer nossa hospede! ― Nora chamou. E um segundo depois o que me pareceu uma tropa de soldados surgiu no meio da sala. ― Ariel este é meu filho mais novo. Carl tem quinze anos.

Nora abraçou o garoto. Ele era mais baixo que eu porem, já tinha alguns músculos se formando. O cabelo era bem loiro e desgrenhado e os olhos eram verdes iguais os da mãe. O menino também usava calça jeans justa e uma camisa xadrez, assim como as botas, só lhe faltava o chapéu.

― Oi Ariel. Gostei das suas botas. ― Carl cumprimentou-me.

― Oi Carl. Obrigada, as suas também são legais. ― respondi.

Não vem dizer que eu menti para o garoto, eu não sou chegada nessas parafernálias country, mas as botas são maneiras.

― Em seguida vêm às gêmeas de doze anos, minhas caçulas. ― Nora prosseguiu. ― Essas são Elizabeth e Margareth, mas você tem que chama-las de Liz e Maggie ou sofra as consequências.

As meninas sorriram de um jeito meio diabólico para mim. Então eu fiz uma nota mental para nunca, jamais chama-las por seus nomes, e sim pelos apelidos. Liz e Maggie eram gêmeas idênticas, eu não tenho certeza de como faria para distingui-las. Ambas tinham cabelos loiros compridos e olhos azuis. Elas estavam usando vestidos com estampas florais, um era azul, o da outra era amarelo.

― Olá. ― Ambas disseram em uníssono.

Será que elas tinham programado dizer a mesma coisa para confundir ainda mais minha cabeça?

― Oi meninas. ― murmurei.

― Continuando. ― disse Nora. ― Essa é Valérie, mas você pode chama-la de Vallie. Ela é a minha garota mais velha. Tem sua idade.

A garota com a minha idade aparentava mesmo ter dezessete anos. Ela tinha cabelos longos bem escuros e olhos verdes como os do Carl e os da mãe. Vestia calça jeans justa, uma camiseta branca folgada em seu corpo e botas. Ela parecia ser a menos ligada em country, o mais perto do normal que eu conhecia. Não uma aberração como eu, não uma cowgirl, não uma patricinha metida como minhas falsas irmãs. Vallie sorriu calorosamente, e eu tive de retribuir o sorriso.

― Bem Vinda a Lewiston, Ariel. Qualquer coisa que você precisar, pode contar com minha ajuda. ― Vallie estendeu a mão, e eu apertei.

― Obrigada Vallie.

― Bem, você já conheceu meu filho Rule. Espero que ele tenha lhe tratado bem na viagem até aqui. ― Nora disse e lançou um olhar para seu filho.

Sunset (Disponível até 30\12\16)Onde histórias criam vida. Descubra agora