Epílogo

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― PARE!

John Caldwell deu um pulo sobre seu assento da frente, ao lado dele, minha madrasta gritou como se eu tivesse apenas gritado em seu ouvido.

― Meu deus do céu, você quase me deixou surda! ― Charlize resmungou, e erguendo o espelho em frente ao rosto, notou que borrou o batom rosa para fora de seus lábios. ― Olha o que você fez, Ariel.

― Pare o carro! ― Eu gritei novamente, desesperada.

― Ariel, o que está acontecendo? ― Agatha virou-se para mim com os olhos arregalados.

― Só pare o carro, pare o carro! ― Eu implorei sacudindo o banco e mexendo-me inquieta de um lado para o outro.

― Ariel, pare de gritar. ― Meu pai pediu calmamente, mas não diminuiu a velocidade. ― O que está acontecendo?

― Não posso ir. ― despejei. ― Não posso ir para casa com você, John. Não posso ir com cruela, e nem posso voltar a ver Whitney, Carrie ou Kristen novamente.

― Você ouviu do que ela me chamou? ― reclamou Charlize. ― Cruela! Ela me chamou de Cruela!

― Cruela, cale a boca! ― Meu pai resmungou.

― O que foi que você disse?!

― Charlize, eu disse Charlize meu amor, cale a boca um instante. ― Meu pai corrigiu-se.

― Ariel, o que deu em você? ― Agatha questionou-me, e foi tocando minha testa como se eu estivesse com febre.

― John para esse carro! ― Eu gritei outra vez, desta vez mais alto.

― Ariel, nós conversamos ontem, eu sei que você não quer voltar a morar comigo e com Charlize. Você tem todo o direito de não querer isso, e nós vamos respeita-la. ― Meu pai respondeu, olhando-me pelo retrovisor. ― Não se preocupe, nós vamos providenciar sua ida para Londres assim que chegarmos a São Francisco. Eu vou dar a você, o que você quer.

― Não, você não entende. Isso não é o que eu quero! Eu não sei onde eu estava com a cabeça, eu não conheço Londres, eu não quero conhecer Londres, eu nem ao menos sei onde Londres fica... Eu quero Sunset Runch, eu quero a família Asher e quero Gabe. John, não leva embora, por favor. Eu não posso viver longe desse lugar e dessas pessoas, por favor.

― Ariel.

― Pai, eu te imploro!

O carro freou bruscamente, Charlize gritou novamente, Agatha sacudiu-se ao meu lado e minha cabeça bateu contra o assento da frente. Mas, no fim, o carro estava parado.

― Do que você me chamou?

― Pai?

― Oh Ariel, diga isso novamente.

― Pai! ― Eu empurrei a porta do carro aberta, e livrei-me do meu cinto. Escapei para fora e meu pai fez o mesmo. ― Pai, eu te amo, te amo muito, mas eu não quero viver em outro lugar que não seja Sunset Runch.

― Eu ouvi isso, querida. ― John puxou-me para um abraço e encheu-me o rosto de beijos. ― Ah, meu deus, Ariel eu sentirei tanto a sua falta.

― Você vai me ver sempre que você quiser me ver, por que eu sempre estarei aqui para você como você estará para mim.

― Ariel, eu quero que saiba de algo.

― Sim.

― Eu tenho muito orgulho de ter você como minha filha.

Sunset (Disponível até 30\12\16)Onde histórias criam vida. Descubra agora