Cap.13

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Amanda Teixeira

Uma semana se passou depois daquele encontro.

A Ana não me fala que dia vai vir quando a ligo, o que me deixa muito curiosa.

Amanhã será o último dia de teste e a próxima semana será o acampamento de verão.

Animada? Estou! Cansada? Mais ainda!

Hoje eu e Henry decidimos estudar matemática, já que a prova de amanhã será essa matéria, algo que não está saindo muito bem de acordo com os planos.
Ele é uma série a mais que eu, mas estamos dando quase o mesmo assunto, claro que o dele mais avançado mas pelo o que eu vi é bem fácil.

– Para mim, - começa. - A matemática é uma religião. - reviro os olhos tentando o ignorar. - E, como ateu da matemática eu deveria ser dispensado. - me olha, sugestivo. Eu respiro fundo fingindo que não ouvi o discurso dele.

– Fique pensando nisso e não estude. - ele bufa, batucando a caneta no caderno em vez de fazer conta. - Agora faça logo a primeira questão que já faz meia hora que está aí. - me irrito.

– Tá muito difícil. - faz drama.

Ele nem é tão ruim assim em matemática, as vezes tira nota até melhor que as minhas.

– Desse jeito você vai tirar zero amanhã. - levanto um sobrancelha e aponto para o seu caderno.

Ele faz uma careta resolvendo finalmente estudar. Depois de uma longa tarde de estudos e estresse, a Joana nos chama para jantar. O Henry logo larga o lápis e a borracha e corre para fora do quarto. Eu tive que arrumar todas as coisas antes de descer.

– Boa noite queridos, como estão os estudos? - minha mãe fala, colocando uma travessa de arroz feito na hora em cima da mesa.

Meu estômago ronca, nem sabia que eu estava com tanta fome.

– Péssimos/Ótimos. - falamos ao mesmo tempo.

– Que bom, tenho certeza que... - para um pouco colocando a mão na barriga. Estreito os olhos. - Tenho certeza que...com licença. - tira as luvas térmicas que usava e sai correndo.

Eu e o Henry nos entreolhamos antes de eu ir rapidamente para o lado da minha mãe, no banheiro do corredor. Encontro a mesma inclinada sobre o vaso, fazendo uma careta.

– Mãe, a senhora está bem?

Me preocupo, nunca a vi desse jeito.

– Acho que a comida estava vencida. - ela se senta no piso respirando fundo.

– Acho que não é isso. - penso. - Quantas vezes você já vomitou hoje?

É a vez dela de ficar pensativa.

– Só duas. Pela manhã quando senti o cheiro do café, e agora. - conta.

– Mãe eu acho que você está grávida. - falo rapidamente me arrepiando logo em seguida.

Minha mãe me encara.

A idéia de que ela pode está grávida, nessa idade, é estranha.

– Será? - percebo que ela segura um sorriso. - Eu tenho que contar para o Diogo. - se levanta indo até a pia para escovar os dentes.

– Mãe, você nem sabe se está mesmo. - ela passa apenas um enxaguante bucal e sai do banheiro passando por mim.

A sigo.

– Eu sei, vou pedir para ele comprar um teste de farmácia. - pega o celular. - Vai para o seu quarto.

– Eu nem comi.

Sinceramente Apaixonados - Meu Meio Irmão // REPUBLICANDO Onde histórias criam vida. Descubra agora