Capítulo 5

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Capítulo Cinco

O sol estava brilhando no céu azul do lado de fora daquele quarto frio de hospital. Os pais de Álvaro estavam na lanchonete. Depois de falar com Marta e a médica decidimos que eu estivesse sozinha no quarto, quando ele acordasse seria a melhor opção. Eu não tinha a menor ideia do que me aguardava quando ele despertasse. Fiquei ali sentada na cadeira, absorvendo o calor dos raios que entravam pela janela. Tinha que arrumar um jeito de sair de toda essa confusão. Como Melina podia fazer tanta besteira assim? E agora eu estava encrencada. Álvaro amava sua irmã de verdade, mas não poderia dizer o mesmo de Melina. Ela era minha irmã, mas isso não se faz com ninguém.

Estava dispersa em meus pensamentos quando ouço algo, um barulho, quase como um sussurro. E quando me viro vejo o lençol se movendo levemente.

- Mel... Onde você está? - sua voz estava fraca e arrastada.

Seus olhos ainda fechados. E mesmo com receio do que poderia acontecer me levantei e segui até a cama. O sorriso dele foi enorme quando me viu.

- Sim, estou aqui. - me aproximei da cama e me perdi naqueles lindos olhos verdes. 

Seu rosto estava sereno e feliz por me ver ali ao seu lado.

Mas eu não era a sua noiva.

- Você está bem? - ele estendeu uma de suas mãos querendo tocar meu rosto. 

Acho que para ter certeza de estava realmente ali.

Me aproximei ainda mais da cama e me abaixei para que ele tocasse meu rosto. E uma eletricidade percorreu por meu rosto, fechei os olhos sentindo a delicadeza e suavidade de sua pele de encontro a minha. Não sei o que ele sentiu, mas afastou de leve retirando sua mão, e uma ruga se formou em sua testa. E quando tentei me afastar um pouco, ele segurou meu braço.

- Estava sentindo sua falta. - apertando um pouco mais minha mão e com um sorriso sexy, que me fez perder o compasso de meu coração, ele continuou. - e meu corpo todo mostrou estar vivo só de tocar você.

Meu rosto queimou. Nunca um homem falou assim comigo. E notei o seu desconforto em esconder sua discreta ereção. E pra desviar o assunto ou a minha timidez tentei me afastar e me recompor.

- Devo chamar a enfermeira? - tentei desviar meu olhar do lençol, mas foi impossível e ele notou minha inquietação e começou a rir.

E após um surto de riso ele gemeu o que me fez chegar próxima a ele novamente.

- Estou bem, não se preocupe. E não se finja de tímida, sabe que fico assim sempre que toco em você. A culpa é toda sua por eu estar assim. Não deveria ser tão linda e me olhar com esses olhos, como se me desejasse agora mesmo... - e olho para aquela parte de seu corpo que começa a me chamar atenção de verdade.

- Mas não estou... Não te olhei assim... - abaixei o rosto completamente ruborizada.

- Não se preocupe, eu gostei! E se não estivesse com minhas pernas ainda dormentes, eu te comeria agora. - aquelas palavras fizeram meu ser estremecer.

O que eu estou pensando? Ele é noivo de minha irmã, meu cunhado, e nem o conheço direito.

- Comporte-se sr. Álvaro. - disse a ele, mas aquele aviso servia para mim também.

- É a única coisa que posso fazer no meu estado, pequena.

- Contenha-se. Estou aqui para ajudá-lo.

- E pode ter certeza de que já está ajudando. - e aquele sorriso sexy apareceu de novo. Ele estava mesmo me provocando.

Mas uma coisa caiu como água gelada em meus pensamentos. 

A Irmã Errada (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora