Capítulo 7

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Boa noite Pessoas,

Primeiro quero agradecer ao carinho e orações de todos.

Estou melhorando, fui ao medico hoje e me pediu um pouco de repouso, afinal minha mão ainda está inchada e estou com as células da mão inflamadas, um tipo de infecção bacteriana que ataca a pele e alguns nervos, fazendo com que a pele forme bolhas e inche. Ainda tenho febre e dores nos dedos e articulações. Estou tomando antibióticos e espero que em sete dias me restabeleça de vez. 

Continuo contando com as orações de vcs. E para agradecer, conseguir terminar o capítulo 7. E já comecei a escrever o oitavo. Assim que terminar eu posto. Só peço paciência... :)

Um beijo a cada uma de vcs!!

Boa leitura,

JTArieiV



Todos os dias eu estava na porta do hospital meridional para ir até o quarto da pessoa que em pouco tempo estava mexendo com todo o meu mundo, mesmo deitado naquela cama, ele havia feito uma revolução com minha confortável e tranquila vida. Não poderia mais negar que ele estava em meus pensamentos oitenta e cinco por cento do tempo.

E os outros quinze? Bem, também estava, pois era como eu tentava arrumar um jeito de tirá-lo da minha vida sem danos. Mas já era tarde demais. Eu via aqueles olhos verdes em toda a parte. Quando eu estava estudando no escritório algum processo importante; quando estava em minha casa descansando deitada em minha cama, fantasiando que ele chegaria a qualquer momento me chamando de "minha Mel", e se deitaria com aquele corpo enorme sobre o meu; me deixando provar seus beijos, suas mãos firmes segurando meus braços e puxando para seu corpo... Gente, eu estou passando mal aqui em minha cama sozinha, não vou negar. Não posso deixar isso se estender ainda mais. E assim que ele não estiver tomando aqueles medicamentos que o apaga e o deixa desorientado, vou derramar toda a verdade, mais para o meu bem, que para o dele.

Às vezes fico pensando e imaginando, em que momento da via crucis que joguei pedra na cruz?

Hoje não é um dia diferente dos outro, depois de um dia irritante com clientes nervosos com seus casos, volto para o hospital e suspiro toda vez que dou um passo para dentro do prédio levando na cara aquele vento frio dos ares condicionados no auge de seu bom trabalho congelando o ambiente e tudo ao seu redor. Caminho até o elevador e logo chego ao andar onde fica o quarto do Álvaro. Já é final de tarde, bem próximo as cinco e ainda tem alguns raios do por do sol entrando pela janela do quarto. E ele está deitado em sua cama, com olhos fechados, seu rosto sereno e tranquilo. Entro e deixo minha bolsa sobre a poltrona no canto oposto da cama. Na televisão está passando algum programa de auditório com o volume bem baixo. Chego bem próximo à cama e fico admirando seu rosto lindo, e para mim perfeito. Seus cabelos longos, caídos de lado, escuros em contraste com sua pele branca e delicada, traços fortes desenhavam seu rosto. A barba comprida completava todo o desenho lindo que era o rosto de Álvaro. Toda vez que eu estava longe deste homem, eu pensava estar com meus sentimentos controlados, que tudo passaria e bastava esperar o tempo resolver tudo, mas estando aqui ao lado dele, só de pensar na possibilidade de suas mãos passeando por minha pele, sentir seu cheiro amadeirado e fresco, meus instintos eram bem maiores e afloravam em meu ser, arrepiando toda a pele de meu braço e pescoço. E vê-lo imóvel e adormecido nesta cama, esse instinto falou mais alto que minha razão.

Então me aproximei e encostei de leve meus lábios nos dele. Um ato impensado e rápido. Mas que ao sentir o toque de sua pele em meus lábios, o desejo de tentar abrir sua boca com minha língua e encontrar a sua foi enorme. Um pequeno barulho vindo da porta me fez voltar à realidade e me afastar dele. Foram segundos que pareceram ser horas, e me fez sentir em casa, onde eu deveria existir sempre. Dei um passo para trás, mas não havia ninguém no quarto. Passei a mão por minha boca e fechei os olhos.

A Irmã Errada (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora