Capítulo 2.

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2 DIAS DE COMA DEPOIS.

-Você, vai fazer boxe, eu não quero mais saber de você dançando! - acordo com meu pai já gritando comigo na sala da UTI, nenhum "você está bem" ou "eu fiquei tão preocupado" vindo dele - Você está me entendendo? Amanhã mesmo vou te matricular nas aulas de boxe!

-Alexandre, não seja tão rígido com ele - disse minha mãe se levantando e vindo a minha direção - Filho você está bem? Eu fiquei tão preocupada.

Minha mãe me abraçou, e fiquei em silêncio, já tinha recebido alta então já poderia ir embora, minha mãe me ajudou a me vestir com minhas roupas, e enfim fomos embora.
Chegando em casa vi meu pai pegando o telefone, acho que estava tentando me matricular no boxe, fui pro meu quarto chorando por ter que largar o Ballet por causa de alguns garotos infantis, algumas partes do meu corpo estavam dolorida ainda, minha irmã estava no meu quarto.

-Olha quem chegou, estava com saudades - Taylor veio me abraçar, me abraçou tão forte.

-Ei, esto dolorido! - disse com lágrimas no rosto ainda.

-Oque foi? - ela olhou para as minhas lágrimas.

-Papai vai me tirar do ballet - falei com uma pausa - E vai me por no boxe, para eu saber me defender.

Ela saiu furiosa do meu quarto batendo a porta, acho que foi tentar convencer meu pai de mudar de ideia, uma coisa que sei que é impossível, quando meu pai bota algo na cabeça ninguém tira nem mesmo minha mãe, na cabeceira do meu quarto tinha uma foto minha mais jovem dançando, sentei na cama e a apreciei, oque nunca mais iria acontecer, eu dançar e se fosse retornar não seria tão cedo, acabei pegando no sono com o quadro no meu colo.

SEGUNDA-FEIRA

Como de costume, acordei com gritos da minha mãe, aquele dia seria totalmente estranho pra mim, meu pai tinha me colocado mesmo na aula de boxe, com o professor Liam Salmão, o nome dele me lembra peixe, não fazia ideia de quem era.

Depois de ter feito tudo que tinha que fazer, estava esperando minha mãe no carro com o vidro aberto olhando pela janela, o mesmo cara com luvas de boxe que tinha visto no dia que apanhei, estava na minha rua, sem camisa e correndo como se quisesse chegar ao corpo perfeito, confesso que ele é muito atraente.

-Ei, Está pensando no que? - pergunta minha mãe entrando no carro e me assustando - vê se não pensa sobre oque houve com você sexta-feira, temos que esquecer as coisas ruins da vida.
-Verdade, to bem, estava só lembrando que hoje tenho prova - Disse a primeira coisa que veio na cabeça.

Ela dirigiu alguns quilômetros até minha escola, assim que chegamos a faixada da escola, lá estavam Samantha e Chloé, minhas melhores amigas, Chloé era ruiva e tinha olhos azuis ela era o projeto da perfeição, e Samantha não ficava para trás, Morena escura com cabelos cacheados e olhos verdes, estavam esperando eu chegar para me fazerem mil e uma perguntas sobre oque tinha acontecido, me despedi da minha mãe e fui para o covil de duas curiosas sem limites.

O dia se passou com muitas pessoas olhando com cara de dó para mim, professores, alunos, até mesmo as meninas que me odiavam, me senti mal com isso, mas estou me sentido mais mal com o que viria logo após a última aula: minha primeira aula de Boxe com o professor Peixe.

Meu Boxeador (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora