Olho para o lindo garoto à minha frente, por que ele tem que ser mais alto que eu? Não gosto disso! Bom talvez um pouco.
Se me dissessem a uma semana que eu ficaria excitado olhando para meu melhor amigo, com certeza riria do maluco.
Ah, eu era muito ingênuo, como pude não notar estes lindos olhos verdes, estes que aparecem saber o que eu penso, que leem cada ação minha. Esses cabelos arrepiados e meio longos, tão lindos! Tenho que impedi-lo de cortar-los novamente!
Continuo sonhando acordado até me dar conta de que estava na biblioteca, e com a mão nos cabelos de Jimi! Que merda!
- Estão compridos né? Me pergunta - vou cortar essa semana.
- Não! Respondo num impulso. Ele me olha curioso.
- Eu gosto deles deste tamanho. Está bonito! Coro de vergonha.
- Você fala isso poque gosta de cabelo comprido. Suas mãos vão até meu ombro onde meus cabelos estão.
- Você acha feio meu cabelo longo? Pergunto inseguro.
Quero uma coisa clara: não sou aqueles caras que tem o cabelo até nas costas e tals, o meu desce até o ombro só, e eu gosto dele assim.
- Claro que gosto dos seus cabelos. São lindos e combinam com você. Não te imagino com o cabelo curto. Diz rindo, sua mão subindo até minha nuca, massageando a mesma.
- Ei Jimi para com isso, deveriamos estar estudando. É estranho dizer isso, se na verdade quero que continue me tocando.
- Se você me der um beijinho, deixarei meu cabelo como está. Um sorriso malicioso surge em seus lábios.
- Agora? Pergunto olhando as poucas pessoas que estão espalhadas pela sala - acho melhor não Jimi, depois eu dou, prometo.
- Mais eu quero agora. Diz fazendo bico.
- Tá maluco! O repreendo.
- Então vamos no banheiro?
Não foi uma proposta pois já estáva em pé dirigindo-se ao banheiro.
- Mais que idiota mandão. Vou resmungando atrás dele.
Abro a porta e entro, por ser no prédio da biblioteca, praticamente ninguém vem aqui, principalmente neste horário da tarde. Sinto seus braços me enlaçarem e me viro encarando-o.
- Seu idiota. Rio e o beijo.
Porque seu beijo é tão bom? Porque sinto saudades, se nos beijamos na hora do almoço, pouco tempo atrás?
Sua língua passeia por minha boca, explorando-a minuciosamente, me fazendo embriagar com seu gosto, seu cheiro está tão ligado a mim que o reconheceria a quilômetros.
- Nill vamos entrar num banheiro, alguém pode nos ver.
- Mais e o nosso material?
- Não vamos demorar. Diz me empurando para a porta mais próxima.
O beijo se tornou mais intenso, estar apenas abraçados já não éra mais suficiente para ambos. Sinto Jimi erguer minha camiseta, suas mãos frias me fazem arrepiar.
- Nill, eu quero tanto você de novo.
Suas palavras me incendiaram, eu quero ele, seu corpo todo, eu preciso senti-lo novamente.
- Eu também te quero Jimi, quero muito! Digo arfando com as mão enlaçadas em seu pescoço e as pernas em sua cintura, minha cabeça pende de lado permitindo maior acesso ao meu pescoço, que está sendo atacado por beijos, mordidas e lambidas.
Sinto suas mão em minha bunda, apertando-a me levando a loucura. Isso é bom, o prazer proporcionado pelo que estamos fazendo somado pelo medo de sermos pegos, a adrenalina corre nas nossas veias, o desejo nubla a razão, nada mais importa agora, apenas ele. Sinto minha calça ser aberta e sua mão explorar-me.
- Ei amor, fica em pé. Jimi me pede com aquela voz manhosa que só ele faz.
Soltei mi.has pernas da sua cintura e fiquei em pé, minha calças caíram, Jimi se ajoelhou na minha frente, beijando meu abdômen e puxando a cueca para ter acesso o meu membro. Sua boca iniciou uma deliciosa tortura. Senti aquela língua em mim, subindo e descendo, me deixando com as pernas sem forças, consumindo o que restava da minha sanidade.
- Jimi não posso te sujar. Disse num fio de voz, perigosamente perto do orgasmo.
- Goza na minha boca, amor, não vai me sujar. Me encara e seu sorriso malicioso foi o gatilho para mim gozar naquela boca gostoza e quente. Aqueles olhos me faziam enlouquecer. Minhas pernas amoleceram e seus braços me impediram de cair.
- Você vai acabar me matando. Disse sem fôlego. Olhando-o nos olhos e dando-lhe um beijo, sentindo meu gosto em sua boca.
- Sua vez. Digo agarrando suas calças e me agachando em sua frente.
Não sei da onde vem a coragem, mais eu estava muito a fim de lhe mostrar como eu queria sentir-lo gozar na minha boca. Lambi toda sua extensão, era bom ouvi-lo gemer, aquilo me exitava além do meu limite.
- Se prepare meu anjo. O olhei, intensificando os movimentos e senti ele despejar-se na minha boca, seu corpo amolecer e cair.
Ficamos ambos sentados no chão do banheiro, esperando a nossa respiração normalizar.
- Você é maluco. Digo rindo.
- Nós somos. Jimi me corrigiu e me beijou de leve.
Levantamos e vestimos as calças. Saimos de fininho do banheiro esperando que ninguém nos visse.
- Adri! Gritamos em uníssono.
Adri entrou no banheiro e nos viu. Que porra!
- Oi pessoal, o que faziam os dois no banheiro? Corados? Suados? Hmmm. Seu sorriso indicava que já tinha a conclusão óbvia.
- N-não e-é nada disso. Digo gaguejando.
- Ei eu sei Nill, sei o quanto é difícil resistir ao Jimi. Seu sorriso malicioso aumentou, acenou um tchau e saiu do banheiro.
Fiquei mudo, toda aquela sensação boa desapareceu, no lugar dela um ácido gelado apoderou-se do meu estômago. O que ele quiz dizer com aquilo? O que eu não sei sobre o ''meu'' Jimi. Sim, ele é apenas meu.
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Amor De Amigo
RomanceQuando fiz aquela aposta não imaginei o que poderia acontecer, quer dizer eu e o Jimi somos melhores amigos e tals, mas por que não me arrependo? Oque eu estou começando a sentir por ele?