capítulo I : a ilha cosmo

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Catarina Valença...
Ao entramos no restaurante um garçom veio ao nosso encontro e disse:

-Sr. Galino? Sra. Valença? Pensei que fossem mais velhos. Santíssimo Zeus, nos estamos em perigo.

Eu olhei para Júlio ele olhou para mim, nos não estávamos entendendo nada, Mesmo assim Júlio respondeu ao garçom dizendo:

-Sim.

O garçom deu um sorriso sarcástico e disse:

-Por gentileza me sigam.

Júlio e eu seguimos o garçom até uma mesa, que estava lotada por sinal. Naquela mesa havia nove adolescentes e um homem que estava ponta da mesa usava um Bicórneo, e roupas que condizia com a dos militares franceses na era napoleônica, todos estavam se alimentando em silêncio até que o garçom disse:

-Sire, eles chegaram.

O homem se levantou da mesa, se aproximou de nós e disse:

-Enfim todos reunidos!

Eu fiquei paralisada por alguns segundos enquanto o baixinho, gordinho de uniforme francês, que deveria estar bem morto. Disse:

-Eu sou Napoleão Bonaparte, Imperador de Cosmo e sim, não estou morto.

Tudo que o meu medo me deixou responder foi:

-O cara que fez o bloqueio continental, que consolidou a revolução franc...

Antes que eu terminasse de lembrar tudo que Napoleão fez ele disse:

-Sim! Sim! Sou o homem que fez tudo isso que esta nos livros de história. Agora vocês sentem, temos muito a conversar. O restaurante estava vazio parecia que ele esperava apenas nossa chegada.
Sentamo-nos a mesa, eu tentava refletir sobre todos os acontecimentos daquele dia. Napoleão contínuo em pé, por alguns instantes todos ficaram calados até que ele disse:

- Júlio, você está bem garoto?
Olhei para Júlio e ele estava
pálido, mesmo assim respondeu:

-Perdão Bonaparte, mas não é todo dia que encontramos um cadáver francês, em um restaurante vazio.

Bonaparte tentou não se incomodar com a ofensa de Júlio, mais sua expressão facial o desmentia facilmente, em um tom de ira ele disse:

-Garçom? Um café celestial, por favor?

O Garçom que estava sentando em uma mesa ao lado da nossa respondeu:

-Sim, Sire. Trarei o melhor da região! Melhor que este só se fosse feito pelo próprio Dionísio!

Naquele momento eu estava tentando decidir o era mais estranho, o tal "Café celestial'' ou a frase do garçom? Sempre me disseram que os deuses gregos nunca existiram, mais as pessoas daquele local pareciam acredita que eles existiam sim. Minha reflexão não foi finalizada já que Napoleão quebrou o silêncio dizendo:

-Sejam bem-vindos! Os problemas de vocês começam agora!

O garçom se aproximou de todos com um cálice de vinho, eu estranhei um pouco, pois o comum e que as pessoas bebam café em xícaras, estranhei mais ainda a cor da bebida era dourada como ouro, ela percebeu que eu havia estranhado e disse:

-Não tenha medo, nada para nós é comum, logo você entendera. Napoleão e um ótimo imperador e lhe dirá tudo.

Tomei uma dose de coragem e outra de café. Sim! Sim! Aquela foi à melhor coisa que já bebi na vida. Eu tinha que descobrir do que era feito, aquele não era um café comum, logo perguntei a garota:

-Qual é a receita? Do que ele é feito?

Bonaparte deu risada e disse:

-Este é um segredo da casa de Dionísio.

A Era Da Destruição: Revolta Dos Esquecidos Onde histórias criam vida. Descubra agora