Capitulo XV: vikings reais.

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Marcia Strife
Quando acordei eu não tinha idéia de onde eu estava. Eu sentia fortes dores em minha cabeça, como se tivesse levado uma forte pancada. Olhei ao redor e vi que eu estava em uma espécie de cela, como as que eu havia visto em prisões de filmes. O lugar pouco iluminado parecia ser num subsolo ou algo do tipo. Não havia ninguém ali. Com exceção de...
-hey, o que aconteceu Meredith?
Perguntei a garota que estava sentada no canto da cela me observando como se estivesse esperando eu acordar. Ela me olhou e respondeu:
-Quando estávamos observando aquele grande barco... Bem... Era uma armadilha. Chegaram vários marinheiros de roupas engraçadas e o primeiro com um golpe te deixou desmaiada sem que você ao menos pudesse reagir. E eu fui capturada. Não consegui te salvar.
Eu então fiz outra pergunta:
-E onde estamos? O que aconteceu com Beatrice?
Ela suspirou e disse:
-Espero que Beatrice esteja bem. Eles queriam a pedra filosofal. Eu disse q não estava com a gente. Eles devem ter ido atrás de Beatrice. E estamos dentro do barco deles. Creio que eles já saíram da baia a mais ou menos uma hora.
Eu pensei um pouco, e cheguei à conclusão de que talvez estivéssemos de reféns para que Beatrice viesse atrás da gente e caísse em uma armadilha. Espero que quando Mark e Oliver encontrarem Beatrice eles sigam a missão e não nos procurem. Olhei Meredith e perguntei:
-Tem alguma forma de fugirmos? Eu sou boa em fugas. E esta cela não me parece difícil de se escapar.
Meredith ficou pensativa por um tempo e disse:
-Tem varias coisas que teríamos que considerar. Por exemplo, estamos totalmente desarmadas.
Ela estava certa. Mas mesmo assim talvez conseguíssemos. Mas Mere continuou a falar e somente me desanimou mais:
-Eles estão em cerca de 30 homens aqui. Todos fortes. E não poderíamos simplesmente sair deste lugar e nos lançarmos no mar. Primeiro não sabemos onde estamos. E segundo eles podem facilmente nos capturar novamente.
Realmente era uma missão difícil. Mas não podíamos simplesmente ficar ali esperando. Tínhamos que pensar em algo. Tinha que ter como. Infelizmente a única idéia que tive foi uma loucura. Mas disse a Mere:
-A única coisa que consigo pensar e em dominar o barco neste caso. Mas com este tanto de inimigos seria difícil. Talvez quase impossível.
Eu podia ver a expressão triste e talvez até meio amedrontada no rosto de Meredith. Parecia que algo mais a incomodava, algo além do problema que estávamos enfrentando. Ela então me disse uma coisa:
-Eu gostaria muito que o Mark viesse nos salvar. Mesmo sabendo que pode haver uma armadilha e...
Ela começou a chorar. E me veio em mente uma idéia, não sobre fugir dali, mas algo sobre Meredith. Beatrice parecia ser boa nisso de entender os amores e outras coisas, mas parecia que Meredith sentia algo por Mark, e estava triste por não poder ajudá-lo e sim precisar da sua ajuda sabendo que pode haver uma armadilha.
Perguntei a ela:
-Faz cerca de quantas horas que os garotos partiram para o mar?
Ela pensou. E disse:
-Creio que fazem umas 3 horas. Três horas que estamos presas por esses idiotas. Isso e muita coisa. Aparentemente eles ficaram esperando os garotos voltarem. Talvez para que os garotos pudessem os seguir.
De repente entraram três homens na sala, descendo por uma escada em um canto da sala. Um era bem gordo e vestia uma capa vermelha. Bem barbudo e de cabelos longos ruivos. Os outros dois seguravam lanças e estavam de armaduras, como preparados para uma batalha. Todos utilizavam chapeis Cônicos de um material estranho. O gordinho disse, com um pouco de dificuldades no domínio do português:
-Sejam bem vindos ao nosso querido navio drakar. Eu ser o grande Knut, o maior de todas as reis vikings
O tal Knut levantou os braços e os seus comparsas fizeram uma pequena reverência a ele.
Tanto eu quanto Meredith não demos muita bola a ele. Isto pareceu o incomodar. Ele então meio indignado disse:
-Estão mesmo a ignorar a grande matador de Olaf, o santo?
Seu sotaque era meio engraçado. Segurei-me para não rir. Eu então lhe perguntei:
-O que são vocês?
Esta pergunta pareceu o incomodar ainda mais. Eu podia ver que ele estava se enfurecendo. Mas ele respirou fundo e disse:
-Nós sermos as grandes Vikings
Ele deu um grito como: ahhhh. E todos no barco pareceram gritar em retorno. Eu tentei lembrar das imagens de Vikings que tinha na cabeça. Então olhei seu chapéu e perguntei:
-Os vikings não deveriam ter chifres em seus chapeis?
Meredith estava muito quieta e arrasada. Eu estava me preocupando muito com ela. O tal Knut se irritou e gritou irado:
-ESSES MALDITAS HUMANOS! SEMPRE CONFUNDEM OS PODEROSOS VIKINGS COM OS FRACOTES DOS CELTAS.
Eu queria irritar aquele homem. Então falei:
-Não faz diferença. Agora tire a gente deste lugar e nos leve de volta a baia.
Ele pareceu achar engraçado o que eu disse. E então falou:
-Suas vidas não fazem diferença. Tivemos ordens para apenas capturas vocês. Mais assim que obtivermos a pedra filosofal e toda a gloria dentre os nossos deuses nórdicos... A vida de vocês não será mais necessária.
Eu queria informações sobre a missão. E este gordo idiota podia ajudar. Mesmo com aqueles guardas intimidadores. Eu então lhe perguntei:
-Para onde estamos indo?
Ele me observou e disse:
-É Obvio que estamos indo para Atlântida deixá-las La.
Ótimo. Se tudo corresse bem encontraríamos os garotos. Meredith então resolveu se manifestar e disse:
-Isto e uma armadilha para os nossos amigos não é mesmo?
Knut pensou e disse:
-Já que vocês duas não vão sair dessa... Bem... Sim. Seus amigos logo estarão aqui. E serão capturados e destruídos. Só precisamos da pedra filosofal.
Intrigava-me o fato dele estar ali falando conosco já que não éramos úteis a ele. A não ser que para o plano dele faltasse alguma informação... Havia algo que ele não sabia... Eu então disse a ele:
-Infelizmente fim de papo. Deve estar na hora de você ir comer seus peixes e nutrir essa sua barriga enorme. Até...
Ele me interrompeu dizendo:
-Chega de apresentações. Diz a mim, quem, estar com a pedra?
Eu sabia. Temos uma chance. Mere lhe disse:
-Você nunca vai saber. Eles vão dar uma surra em seus traseiros obesos antes que vocês possam descobrir.
Gostei disso. Mere era boa em irritar. Mas nós não íamos mesmo dizer.
O rei barbudo idiota deu um sorriso e disse:
-Mim já imaginar isso. Por isso trazer guardas para matá-las. Vocês não ser úteis mais. Seus amigos idiotas já estão atrás de nós uahahahaha.
Aquela tinha sido a risada maligna mais idiota eu já havia visto. Mas aquele cara parecia mesmo falar serio.
Eu não iria dizer absolutamente nada aquele idiota. Eu confiava em Oliver. Eu não queria que ele viesse, mas se ele estava vindo... Eu confio que ele irá nos salvar. Olhei Mere e vi que ela também estava determinada a manter-se firme e calada, saber que eles estavam vindo deixou ela animada. Então o barco deu uma grande chacoalhada. Todos pareceram confusos, e de repente ouve um súbito silencio enquanto os guardas se olhavam. Até que Knut quebrou o silêncio, e disse:
-O que foi isto!?
Não foi necessário que seus guardas lhe dissessem nada, pois chegou outro soldado desesperado pela escada gritando:
-CHEGARAM! OS MALDITOS GREGOS CHEGARAM MUITO ANTES DO PREVISTO!
Isto significava que Mark e Oliver estavam conseguindo se locomover mais rápido na água. Esta era uma boa noticia.
-Armem as defesas! Estes insolentes irão morrer aqui e agora!
O soldado que veio dar o aviso voltou pelo caminho que veio. Espero que os garotos não destruam o barco, eles não seriam burros a este ponto, pensei comigo. Knut então falou:
-Até mais garotas irritantes. Vou receber eu mesmo seus amiguinhos. Guardas fiquem de olho nessas duas.
Knut subiu. Eu e Mere ficamos quietas. Com os guardas nos encarando durante todo o tempo. Passados uns 10 minutos, nós começamos a ouvir sons de metal contra metal acima de nós. Beatrice e os garotos haviam chegado e logo estariam conosco. Rapidamente Mark desceu a escadaria que levava até nossas celas e quando nos viu ele gritou:
-OOOOOOI GAROTAS, A CAVALARIA CHEGOOOOU!
Mark estava diferente, determinado a nos salvar e bem concentrado no que fazia. Ele girava e desviava dos golpes dos vikings facilmente, rapidamente ele tinha acertado a cabeça dos dois (um de cada vez) com o punho da espada e deixado ambos inconscientes.
-As donzelas estão a salvo.
Disse Mark fazendo reverência a nós duas. Rapidamente Mark cortou a fechadura de nossa cela, nos soltando. Mere correu em direção a Mark o abraçou e lhe deu um belo beijo. Mas rapidamente ela o soltou me olhou envergonhada e disse:
-Eh, Márcia... Bem... Você poderia por acaso não ter visto nada?
Eu imaginava aquilo. Então eu disse:
-Havia algo para ser visto?
Vi que Mere deu um sorriso lindo. Considerando como ela ficou quieta e seria nas ultimas horas aquilo era um bom sinal. Até que Mark disse:
-Gente, vamos correr para ajudar o Oliver. Ele pediu para que eu procurasse vocês... Mas ele estava tendo problemas contra um gordo ruivo. O cara e bem rápido considerando aquela barriga enorme.
Eu e Mere ao mesmo tempo exclamamos:
-KNUT!
Então pegamos as lanças dos dois vikings desacordados e saímos em direção ao convés do navio. Iríamos vencer aquele idiota que me seqüestrou e mostrar a ele o poder do descendentes dos deuses gregos.

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