Capitulo XX: Eu ainda estou de pé.

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Oliver torres
Eu acordei cedo naquela manhã, eu estava realmente revigorado e sem dores, o que mostra que a magia utilizada por Kzir era realmente muito boa. Eu fui o primeiro a acordar dentre todos, e pude observar a paisagem o mar estava muito calmo, o céu azul sem nuvens, e o sol batendo no mar. Aquela seria uma bela visão, se eu não estivesse completamente preocupado com o que poderia vir a seguir. Estávamos parados, notei então Kzir, que também estava ali na água, aliás, acho que ele nem dormiu enquanto levava nosso pequeno barquinho na direção correta, resolvi perguntar a ele:
-Estamos em Atlântida?
Ele então me respondeu:
-Estamos sob a entrada, teremos que nadar por algumas horas.
Algumas coisas me incomodavam, e eu precisava tirar algumas dúvidas, então comecei com minha chuva de perguntas:
-As garotas realmente vão conseguir chegar até Atlântida?
Ele respondeu sem nem pensar:
-Tenho quase certeza que sim. E acho também que não seremos atacados até chegar lá, o que aumenta as chances de que elas cheguem bem e a tempo de a magia não se esgotar.
E continuei com minhas dúvidas:
-Como você pode dizer que não seremos atacados?
Ele desta vez ficou um pouco pensativo antes de me responder, mas por fim disse:
-Eu escapei de lá sem ser perseguido e sem ver nenhum tipo de defesa. Creio que Aegir esteja os esperando.
Então eu tentei imaginar como seria após chegarmos a Atlântida, e quis saber um pouco mais sobre a situação, então perguntei a Kzir, torcendo para que ele não se estressasse com tantas perguntas:
-O que faremos após chegar a Atlântida? Quero dizer, como chegar até Aegir. Eu não queria envolver seu povo e...
Ele me interrompeu dizendo:
-Meu povo está sob magia de controle marinho de Aegir, de alguma forma funcionou com meus irmãos. Porém, creio que ele queira que vocês cheguem até ele com a pedra filosofal. Meu irmãos não são bons em batalha, então creio que vocês terão caminho livre.
Isso me deu uma idéia, mas antes eu tinha de saber uma coisa:
-Kzir, você acha que seu povo iria reconhecê-lo como traidor nas condições em que estão?
Ele pareceu confuso e me perguntou:
-Como assim Oliver?
Então expliquei a ele minha idéia:
-Bem, você poderia fingir que nos capturou, deixando-nos de forma que possamos nos libertar, e desta forma nos levar ate Aegir, assim estaríamos frente a ele e sem envolver seu povo.
Ele então me disse:
-Isto é um pouco arriscado, mas podemos tentar. Agora vamos esperar que todos acordem.
Enquanto os outros dormíamos, acabamos conversando um pouco sobre como é Atlântida, parecia ser um lugar calmo e pacífico, com paisagens lindas de algas e corais, a cidade funcionava mais ou menos ao contrário de um aquário, onde era um casulo com ar ao invés de água, no qual a água camuflava o lugar de forma que humanos jamais poderiam encontrar. Enquanto conversávamos, todos acordaram, então explicamos minha idéia a todos, que concordaram. Márcia foi à única que fez perguntas sobre toda a história contada por Kzir:
-Como você se libertou da magia de Aegir? Isso ajudaria a libertar os outros, não é mesmo?
Kzir ficou confuso, e disse em um tom triste:
-Eu realmente não sei o que aconteceu.
Realmente se ele soubesse, seria algo bom, pois libertaríamos todos para que eles nos ajudassem.
Mas após um tempo conversando, comemos um pouco do que havia sobrado do outro dia, todos vestiram roupas de mergulho que Beatrice tinha conseguido enquanto eu e Mark estávamos no Mar, quando seqüestraram Márcia e Mere, ela disse que ajudaria a manter a temperatura de nosso corpo. Todos levavam consigo apenas uma espada presa nas costas, seguradas por algo como uma bainha que Mere havia projetado. Apenas eu levava no pescoço a caos blade, o que era bem mais prático. Kzir levava algumas cordas... Que Beatrice com alquimia criou transformando tudo o que tínhamos e iríamos deixar para trás em cordas. Aqueles círculos de alquimia eram intrigantes, e Beatrice conseguiu aprender tudo muito fácil graças á magia daquele homem pombo. Depois que todos estavam vestidos e prontos, Kzir fez alguns movimentos engraçados, parecendo alguma dança e as garotas começaram a brilhar em um brilho esverdeado, e quando pararam de brilhar Kzir disse:
-Pronto, temos 24 horas para que a magia de respiração pare de funcionar. Então devemos chegar a Atlântida o mais rápido possível. Cada garota vai com um garoto para irmos mais rápido. Garotos vocês me sigam. Nós podemos nos comunicar, porém as garotas estarão fora de comunicação até chegarmos a Atlântida, pois aquele método telepático não funciona com elas.
Todos disseram em uníssono:
-Certo!
Por dentro eu estava muito nervoso e com medo, mas não podia demonstrar isto. Fizemos três pares como o recomendado por Kzir, que ia nadando desta vez. Ele aparentava estar cansado, acho que aquela magia o sugava muito, porém não comentei. Eu levaria Márcia, Mark levaria Mere e Kzir levaria Beatrice. E assim entramos no Oceano. Era obvio que não poderíamos perder tempo, tanto que assim que tocamos a água, Kzir já saiu em disparada para o fundo. Nem mesmo testou com garotas se aquela magia havia dado certo. Porém quando submergi, Márcia fez um sinal de positivo, creio que porque estava tudo certo. Então segui Kzir que já estava bastante avançado, porém logo consegui o alcançar e Mark veio logo atrás.
Eu podia ouvir a voz de Mark em minha mente:
-Cara vocês podiam ter esperado um pouquinho sabia?
Kzir então o respondeu:
-Eu espero... Se você quiser que estas garotas morram...
Mark então rapidamente lhe respondeu:
-É bom aceleramos então. Né Oliver?
Não respondi, porém perguntei a Kzir:
-Kzir como funciona essa magia que usou nas garotas?
Ele respondeu:
-Basicamente estabeleço uma ligação delas com o ambiente lá fora, e elas conseguem absorver oxigênio da superfície mesmo sem estar lá. A magia tem de ser feita na superfície, então se acabar o efeito abaixo d'água... fim de jogo.
Eu então lhe disse:
-Por favor, vamos o mais rápido possível então.
Então aceleramos ao máximo. E fomos assim por horas e realmente não houve distrações. A noção de tempo fica muito afetada quando não se tem noção do dia lá fora. O fundo do mar era bem escuro, por sorte o corpo de Kzir tinha um pequeno brilho esverdeado que facilitava tudo. Seguimos concentrados por um longo tempo, até que após muitas horas de nado chegamos a um lugar luminoso, a água ali era iluminada, porém não havia nada ali e aquilo não fazia o menor sentido. Então em nossas mentes Kzir disse:
-A hora chegou. Estamos na entrada de Atlântida!
Então perguntei:
-E agora, o que faremos?
E Kzir me respondeu:
-Basta atravessarmos a barreira. Olhe aqueles corais, lá fica a única passagem.
Kzir apontava para um enorme conjunto de corais que faziam como se fosse um túnel, algo até um pouco chamativo. Porém eles pareciam levar à lugar algum, mas eu e Mark seguimos Kzir mesmo assim. Chegando próximo aos corais Kzir disse:
-Por favor, amigos, salvem-nos!
Eu sorri e disse:
-Vai dar tudo certo. Vamos todos sair bem dessa, eu prometo.
Kzir tentou dar um sorriso, o que era realmente um pouco assustador, apesar dele ter uma presença acolhedora. Então seguimos rumo aos corais. Entramos naquela passagem... e não havia nada. Quando chegávamos ao fim do coral tive a sensação como de quando se emergi da água, com o ar fresco vindo em meu rosto. Por um tempo fiquei um pouco assustado e atordoado, só após alguns segundos eu pude ver de verdade aquele lugar. Sim, Atlântida estava diante meus olhos, com suas baixas construções feitas aparentemente de plantas marinhas e corais. A cidade era toda iluminada com tochas enormes, fogo no fundo do mar... Tudo bem que aquele lugar era como uma cidade da superfície, porém no fundo do mar e com suas estranhas características. É difícil explicar, até porque eu não entendi muito bem o como este lugar esta aqui, tudo é muito confuso em minha mente, porém, não temos tempo a perder. Disse então a meus amigos, bem baixinho:
-Está na hora. Não podemos perder tempo. Kzir amarre-nos!
Eu não estava vendo ninguém por ali. Era estranho um local como este não ter guardas, mas era até aceitável, nas condições de que humano algum poderia localizar tal lugar. Kzir nos amarrou, porém ficou tudo bem folgado e facilmente eu conseguiria me soltar das amarras. Amarrados, andamos por alguns minutos, guiados por Kzir. Então Meredith perguntou a ele:
-Estamos muito longe de onde provavelmente Aegir esteja?
Kzir apontou uma montanha, não muito longe dali. Sim, havia uma montanha ali, onde antes, não podíamos ver nada. Aquela montanha era o único ponto alto ali naquele lugar. Todas as outras construções eram baixas, com não mais de 3 metros de altura. Mark então disse:
-Estamos tão perto de nosso primeiro objetivo... Agora que as coisas irão ficar sérias e perigosas de verdade.
Beatrice então disse ao irmão:
-Desta vez enfrentaremos um deus que foi forte o suficiente para capturar Poseidon. Não vai ser um simples navio com piratas.
E eu disse:
-Vamos todos ficar bem. Vamos voltar para ilha cosmos, ver nossos companheiros, Familia...
Eu não podia continuar. Nem sei se veria minha mãe novamente, mas Márcia disse:
-Oliver, nós vamos resgatar sua mãe.
E Mere completou:
-Sim Oliver. Vamos tirar sua mãe das mãos desses deuses corrompidos!
Eu tive de sorrir naquele momento. Em meio a tanto medo, pressão, e dificuldade, estavam todos ali, de pé, prontos para lutar uma batalha que foi dada como perdida antes mesmo de começarmos a lutar. Estavam prontos para me ajudar, e eu pronto para lutar por eles, mesmo que nos conhecemos há pouco tempo. Acho que estávamos destinados a nos encontrar desde nosso nascimento, ou talvez somente tivéssemos um pouco de sorte... Ou a mesma quantidade de azar. Mas de toda forma seguíamos em direção à montanha. Em silencio para não levantar suspeitas. Apesar de que todo o local estava em completo silêncio e completamente desértico. Até que em certo momento Kzir disse:
-Tem algo muito errado. Este lugar não é assim. É completamente movimentado. Será que Aegir... Matou a todos?
Eu pensei um pouco e disse:
-Creio que não. Haveria sinais de batalha, creio que vocês tentariam no mínimo fugir, mesmo estando sob seu controle.
Kzir pareceu se acalmar um pouco e disse:
-Talvez você esteja certo.
Eu só consegui pensar em um motivo para estar assim deserto. Eu no lugar de Aegir faria uma única coisa: uma armadilha. Isso é algo que facilmente podia se supor. Mas se eu levasse em consideração o fato de que ele queria que chegássemos até ele... Uma armadilha não seria muito útil. A não ser que...
-Pessoal, assim que chegarmos até Aegir, os atlântianos vão ter nos preparado uma armadilha!
Eu disse muito do nada, falei alto meu raciocínio. Então expliquei minha linha de pensamento a todos. E Kzir nos desamarrou. A idéia de virmos como seus prisioneiros foi desnecessária. O problema é: que tipo de armadilha? Perguntei então a Kzir:
-Kzir, vocês tem alguma armadilha mágica?
Ele fez sinal de negação e disse:
-Não temos nenhuma armadilha que possa ser prejudicial a humanos. Tem uma rede de pesca mágica, mas creio que não seria nenhum incomodo a vocês.
Mark então disse:
-Acho melhor seguirmos adiante então. Ficar aqui parados não irá ajudar em absolutamente nada.
Após caminhar alguns minutos, e subir longas escadarias, chegamos então a um grandioso palácio, no topo da montanha. Feito completamente de bronze, perolas e conchas, ele reluzia muito, era realmente lindo. Tinha um tridente enorme esculpido ao lado de sua gigantesca entrada, o que me fez supor que era um templo para Poseidon, o deus patrono da cidade. Eu então disse:
-Poseidon, estamos chegando!
Entramos no local por sua enorme porta, que estava aberta. O chão tinha uma fina camada de água, de cerca de um cm. E assim que chegamos ao centro da primeira sala, a água ao nosso redor começou a se levantar, e vários atlantianos surgiram de todas as partes, junto á um homem barbudo, de meia idade, cerca de 1,80m com cabelos negros longos. A água nos circulou por completo, menos a Kzir. O Homem então disse:
-Bem vindos, meus queridos garotos, eu sou o grande, lindo, incrível, e poderoso Aegir.
Então Márcia falou:
-Esqueceu de dizer humilde.
Ele a olhou como se ela fosse um inseto. E disse:
-Vou para minha sala. Não tenho que conversar com vocês. Só queria eu mesmo dizer a vocês como sua situação esta.
Eu confuso disse:
-Como assim?
Ele me olhou com ódio e disse:
-Descendente de Poseidon... Queria matá-lo, mas não posso ainda. Voltando a situação... Este é o fim da linha para vocês. Está prisão em que vocês estão é uma magia que ensinei aos atlântianos, o muro de água. Vocês não irão sair daí de forma alguma, esta prisão é espetacularmente forte, ainda mais com a magia de todo um povo. Vou só dizer algo a vocês... Kzir estava sendo controlado por mim o tempo todo, eu o programei para trazê-los aqui, mesmo que nem ele soubesse disto.
Kzir então disse:
-Mentira! Eu não traria meus amigos a uma armadilha!
Kzir começou a bater no muro de água que nos circulava, e eu também comecei a bater tentando quebrá-lo, mas nossos esforços eram inúteis. Então Aegir disse:
-Levem Kzir daqui. Ele já me foi útil, e agora, só será um traidor de seu povo. Quanto a vocês...
Aegir nos olhou e continuou:
- ...Fiquem ai, até porque não terão mesmo como sair. Até mais.
Ele se virou, e foi embora pela sala a nossa frente. Enquanto isto três das outras dezenas de atlantianos que estavam ali levaram Kzir embora. Ele foi sendo arrastado chorando e disse:
-DESCULPEM AMIGOS! POR FAVOR, SALVEM MEUS AMIGOS!
Kzir foi levado, se debatendo muito. A forma como aquele tal Aegir utilizava as pessoas... Ou melhor, os seres, era completamente maligna. Eu estava com ódio de mim por estar ali, preso. E também com ódio daquele deus estúpido. Eu batia com toda minha força contra a parede de água em minha frente, porém não causava efeito alguém. Apesar de ser água, eu não conseguia controlar, a parede era completamente sólida. Eu então gritei aos atlântianos que estavam do lado de fora:
-Por favor, libertem a gente!
Eles não responderam, na verdade eles sequer notaram. Então Márcia disse:
-Oliver, tente se acalmar. Eles devem estar em transe e não vão te dar ouvidos.
Ela estava certa sobre o transe. Mas eu não me acalmaria. Por uns instantes todos bateram e atacaram com suas espadas, porém não surtiu o menor efeito nas paredes. Beatrice fez alguns desenhos e tentou utilizar alquimia, porém, não houve nenhum tipo de reação. Depois de cerca de 15minutos tentando quebrar aquela prisão que nos cercava, todos se desanimaram e sentaram no chão. Eu então os olhei e disse:
-Não podemos desistir!
Mark, com um tom muito triste, disse:
-Oliver, eu acho que não temos como escapar...
Beatrice complementou:
-Eu não consegui compreender a estrutura desta água. A alquimia é inútil.
Eu não poderia aceitar isso. De forma alguma. Então com meus punhos eu comecei a bater na parede transparente de água:
-Eu não vou cair aqui. Tão perto de salvar Poseidon. Não vou desistir de salvar minha mãe!
Márcia pôs a mão sob meu ombro e disse:
-Oliver... Acho que já tentamos tudo o que podíamos. Lutar parece ser inútil...
Eu não me conformava. Eu não queria olhar os olhos de Márcia, pois estava já começando a lacrimejar, e disse, de costas para meus amigos:
-Eu ainda estou vivo. E vocês também. Lutar nunca será inútil.
Voltei a golpear a parede de água, e Márcia fui se sentar junto aos outros. Após uns dez minutos ali batendo, notei que minhas mãos já estavam muito machucadas e sangrando, e minha força aos poucos se esgotando. Olhei minhas mãos destroçadas e disse:
-De que serve ser descendente de um deus? Não posso nem mesmo sair de uma pequena prisão. Não posso salvar minha mãe. Não protegi o Dany, e nem fui capaz de cumprir minha promessa com Márcia...
Márcia que me ouviu disse:
-Oliver, você já me protegeu o bastante e...
Eu a interrompi e dizendo:
-... E minha promessa foi que chegaríamos ao fim da missão bem. Ainda estou de pé, e vou cumprir esta promessa!
Após dizer isto, algo aconteceu em meio as minhas lágrimas que escorriam por meu rosto. Caos blade começou a brilhar muito forte em meio peito. Então a puxei. Assim que a saquei e ela se materializou em minha mão direita, eu pude ouvir algo em minha mente. Era Dany. Tudo que entendi foi a simples frase, que disse em voz alta:
-A pedra filosofal?
Beatrice perguntou:
-O que foi Oliver?
Eu não sabia o que estava acontecendo. Dany queria que eu usasse a pedra? Ou a espada? Ou seriam ambos? Eu não sabia muito sobre a pedra, e nem sabia como utilizá-la por minha vontade. Mas eu iria tentar, eu tentaria qualquer para sair daquela prisão. Então respondi a Beatrice:
-Realmente não sei. Mas me de a pedra filosofal!
Ela então se levantou e pôs a pedra em minha mão esquerda. E eu então disse:
-E agora?... Será que devo fazer o que?
Eu juntei minhas mãos e segurei a espada com as duas mãos, fazendo com que a pedra se encontrasse com a caos blade. E algo incrível aconteceu. A espada adquiriu um brilho avermelhado, como o brilho da pedra. Realmente eu não havia feito nada, e tudo que eu podia pensar era que Dany soubesse como usar a pedra de alguma forma, aliás, ele ficou próximo a ela por um tempo. Eu então olhei meus amigos e disse:
-Amigos, Torçam para que seja isto que nos fará escapar daqui!
E com isso eu utilizei toda minha força para dar aquele golpe na parede de água. Eu cortei a parede de água como se fosse manteiga, e toda a prisão caiu em uma doce chuva. Os atlântianos que ali estavam, ficaram confusos e horrorizados, correndo por toda parte. Por sorte eles não vieram atacar. Provavelmente Kzir estava certo e eles não tinham poderes ofensivos que pudessem ser úteis. Olhei então a sala em que Aegir tinha entrado, apontei-a e disse a meus amigos:
-Vamos, rápido! Enquanto eles estão confusos. Vamos derrotar aquele deus estúpido!
Íamos correndo na direção da entrada. Porém ao chegar perto Márcia parou e disse:
-Precisamos resgatar Kzir.
Mark disse:
-Mas ele estava sendo controlado. E não é realmente nosso amigo.
Meredith brigou com Mark e disse:
-Sem ele não estaríamos aqui. E Aegir disse para tratarem ele como traidor. Talvez o matem, e não podemos deixar que isto aconteça.
Beatrice então se manifestou dizendo:
-Vocês dois são os únicos que podem derrotar Aegir. Naqueles momentos em que estávamos presos, percebi que neste local, nós seriamos apenas pesos. Então acho melhor que nós, as garotas salvemos Kzir. Até porque não deve ser muito perigoso lutar com alguns atlântianos.
Essa conversa em meio aquele caos estava sendo uma droga. Eu não queria me separar das garotas, e muito menos colocá-las em perigo. Mas disse relutante:
-Mark, venha comigo. E garotas, fiquem bem. Salvem nosso amigo, e venham ajudar. E Beatrice, pega a pedra filosofal.
Joguei então a pedra para ela, que me disse:
-Você vai precisar mais que eu Oliver, acho melhor você...
Eu a interrompi dizendo:
-Proteja Márcia e Mere. Eu vou ficar bem. Agora corram!
Ela confirmou com a cabeça, e assim, nos separamos. Mesmo eu tendo dito que não faríamos mais isto. Eu respirei fundo e disse a Mark:
-Mark, é agora.
Ele confirmou com a cabeça e falou:
-Foi uma honra ter te conhecido Oliver. Independente do que aconteça.
Apertamos nossas mãos. Estávamos indo para uma batalha quase impossível, eu no fundo estava morrendo de medo do que poderia acontecer. Mas criei coragem, no fundo de minha alma, e corri em direção à sala onde estava Aegir. Chegando ao fim do corredor, entramos em uma enorme sala circular. Com estátuas de Poseidon, todas quebradas e um enorme trono de bronze e conchas bem no centro da sala. E lá estava sentado Aegir, vestindo um terno negro, com uma capa. Ele ao nos ver disse:
-Bem, é ótimo saber que vocês escaparam. Eu queria mesmo Matar vocês dois, os descendentes do deus que mais odeio, já que eu não pude matá-lo...
Eu não ligava para ele e fui direto ao assunto:
-Cadê poseidon!?
Aegir se levantou de seu trono, abriu os braços e disse:
-Mas quanta pressa! Nem começamos ainda a diversão...
Mark então disse:
-Aqui é onde iremos derrotá-lo! Diga logo, ONDE ESTÁ POSEIDON!?
Aegir segurou um pingente em seu pescoço, deu uma risada e disse:
-Vocês acham que podem me derrotar? Sinceramente. Conheço o ponto fraco de cada um de vocês. E Além do mais, vocês mal treinaram. Essa espada do Oliver até poderia ser um problema, porém nas mãos de vocês isto não será ameaça alguma.
Eu não entendi bem. Eu sabia que minha espada era diferente. Ela havia me escolhido de alguma forma, então com isto em mente perguntei:
-Do que está falando?
Ele colocou a mão sobre o rosto, rindo de minha pergunta, e disse:
-Vocês nem mesmo sabem o poder que têm, vocês são mesmo uma piada. Os deuses com medo nem mesmo contaram a vocês sobre essa espada e a excalibur. Que idiotas.
Mark então disse:
-Diga logo do que está falando!
Ele então disse:
-Sua espada em especial pode matar imortais. Ela é ancestral, e tem um pouco da própria essência e vontade do caos, a criação. O inicio de tudo, e o que pode ser o fim. Isso amedronta seus próprios aliados, mas também e sua maior esperança. Que irônico não?
Essa era uma boa informação. Que inclusive demonstra que os deuses sequer confiam em nós. Minhas mãos doíam muito enquanto eu segurava aquela espada, porém eu não era capaz de compreender o porquê de aquela espada ter me escolhido, escolhido um humano, mortal, e que estava em uma missão destinado a perder. Eu estava ali, frente ao maior inimigo que poderíamos ter no momento, e não tinha idéia do que fazer. Tudo o que eu tinha em mente era a idéia de manter a calma e me controlar, não partir para cima de Aegir abrindo minha guarda. Mark ao meu lado, segurando sua espada comum, disse:
-Deuses morrem? E como assim você sabe nossos pontos fracos?
Aegir o olhou e disse:
-Não é exatamente morrer, como vocês humanos. Nossa existência simplesmente é apagada. Não é algo fácil de compreender ou explicar. E quanto aos pontos fracos...
Eu neste instante ouvi um grito ao meu lado. Algo havia acertado Mark e o jogado na parede, porém não fui capaz de ver o que foi. Quando me virei, vi que algo prendia Mark na parede pelas extremidades do corpo, braços, pernas e pescoço. Parecia algum tipo de alga verde. Mark se debatia, porém sem muito efeito. Mark havia sido derrotado sem que Aegir sequer se movesse. Eu estava muito amedrontado e não sabia o que fazer. Aegir então deu um passo em minha direção, e disse:
-Mark, você se distrai fácil e ao ser aprisionado vira apenas um gatinho sem o que fazer. Você infelizmente já era. Oliver, você é um pouco mais focado no que faz, e pensa rápido. Além do mais, se eu o prendesse sua espada daria um jeito de libertá-lo. Foi isto o que aconteceu com o muro de água, certo?
Ele deduziu bem sobre o muro de água. E aparentemente ele conhecia bem nossos estilos. Ou estaria ele apenas blefando para me por medo? Eu respirei e disse:
-Lute comigo Aegir. Dignamente.
Aegir sorriu e disse:
-Acho que você irá me dar um pouco de diversão. Pelo que sei você lutou bem com Knut, então irei lutar com você. Mas para matá-lo.
Eu então disse:
-Não lutarei com intenções diferentes.
Aegir puxou uma espada que estava ao lado do trono, que até então eu não tinha notado. Ele foi quem veio para cima de mim, dizendo:
-Mostre-me o que um mero mortal pode fazer!
Ele aparentemente não era muito rápido. Eu facilmente previa e defendia seus ataques. Até que ele veio dar um forte golpe por cima, para partir meu crânio ao meio, eu então levantei minha espada, e defendi. Porém, ele continuou fazendo muita força tentando quebrar minha defesa. Eu então disse:
-Eu sinceramente esperava mais de você. Lute com tudo seu poder Aegir. Não subestime os humanos!
Ele então parou de fazer força e se afastou. Depois disse:
-Vou lhe mostrar seu ponto fraco e finalizar isto. Está muito chato lutar com você. Você teve sua chance de me atacar e apenas quis defender. Teria sido legal se você atacasse, mas tudo bem. Se vocês vencerem esta guerra, vocês já estarão condenados mesmo. Nós não somos seus maiores problemas.
Eu fiquei confuso e disse:
-Como ass...
Antes de eu terminar, ele partiu para cima de mim novamente. No inicio me pareceu que simplesmente ele iria me atacar lentamente outra vez, pelo lado direito. Mas no meio do caminho ele acelerou de forma surpreendente e eu não tive reação alguma, sequer fui capaz de ver o golpe. Eu apenas senti uma dor horrível em meu braço direito, eu gritei de dor e não consegui segurar minha espada. Aegir então atrás de mim disse:
-Fim de jogo. Ambos estão mortos.
Eu não conseguia mover meu braço. Ele não respondia a meus comandos. A dor afetava todo meu corpo, eu via muito sangue e a dor estava me deixando tonto. Meus olhos lacrimejavam com a dor quando Aegir disse:
-Não adianta. Meu golpe foi muito preciso Oliver. Cortei o tendão do seu bíceps braquial e você não irá mais conseguir flexionar seu braço direito. E como você não sabe lutar com o braço esquerdo, só posso dizer que acabou.
Eu não acreditava nisso. Eu realmente não tinha controle no braço esquerdo, nunca tinha pensado que haveria uma situação assim. Eu não conseguia falar nada, porém Aegir se sentindo superior continuava seu discurso:
-Vocês podem ficar felizes por terem chegado até aqui. Mesmo com muita ajuda, sou eu quem irá matá-los e isto deve ser uma honra.
Olhei Mark na parede se debatendo, e dizendo com todas as forças:
-Lu...te...Oliver...Lu...te...
Eu estava desesperado e não tinha o que fazer. A caos blade voltou a ser um pingente em meu pescoço, quando Aegir se aproximou e deu um baita chute na boca do meu estômago. Eu me encolhi de dor no chão. Ele então com a espada fez um corte em minha coxa esquerda, e com isso senti mais dor e vi mais de meu sangue jorrando no chão. Eu estava quase que ajoelhado perante Aegir, sem reação alguma. Eu não tinha como reagir, ele então chutou com tudo o meu rosto e me jogou longe. Meu sangue escorria pelo chão, eu estava deitado e quando olhei Mark, vi que ele virava o rosto para não ver o que acontecia. Aegir então veio até onde eu estava e pisou forte sobre minha cabeça, e tudo o que eu fiz foi gritar de dor:
-AAAAARRRRRRRRRHHHHH
Aegir então em algum momento parou, ergueu meu rosto puxando meus cabelos e disse:
-Acho que você já era. Vou lhe causar mais dor matando cada um de seus amigos em sua frente. O que acha?
Eu juntei minhas forças e disse:
-Me mate... E poupe meus amigos...
Eu estava acabado mesmo. Porém, Márcia, Beatrice, Mark e Mere podiam viver muito ainda. Mas o Monstro perante mim disse:
-Certo. Aquele vai ser o primeiro. Mas matarei todos sem que eles tenham sequer tempo de sentir dor. Fazer alguém com sangue de Poseidon sofrer... Como isso é revigorante.
Ele me deixou ali e foi em direção a Mark, lentamente. Para que correr? Não tínhamos muitas chances. Eu não tinha força para muita coisa e só tinha o braço esquerdo, e Mark estava preso. Eu não podia deixar mais ninguém morrer, eu tinha que lutar e salvar minha mãe... Mãe... Minha mãe estava em perigo, e eu tinha de salvá-la. Eu ainda estava vivo e não podia desistir. E eu prometi que protegeria Márcia. Juntei todas minhas forças para tentar ficar de pé e tentei ao máximo ignorar minha dor, minha perna machucada latejava. A caos blade começou a brilhar novamente, e apareceu por vontade própria em minha mão esquerda. Caos, aparentemente queria mudança, queria algum objetivo. O tempo passava devagar ao passo de que minha mente raciocinava. Flamel disse que eu não sabia exatamente o porquê eu lutava talvez o motivo tenha feito com que a espada me escolhesse? Não sei o porquê pensar nisto agora, mas eu consegui retirar um pouco de força da minha alma, talvez eu conseguisse acertar um golpe, seria possível vencer apenas com isto? Eu utilizei toda minha vontade de salvar meus amigos, em palavras que poderiam ser as minhas ultimas, gritando para Aegir:
-EU AINDA ESTOU DE PÉ! E EU SOU SEU ADVERSÁRIO!
Ele me olhou confuso e disse tranquilamente:
-Quer morrer primeiro? Tudo bem. Mas como você consegue ficar de pé? Eu devia ter quebrado seus ossos.
Eu sorri, apesar de toda minha dor e disse:
-Destrua o meu corpo, mas ainda terei fé. Pois minha força de vontade, a vontade de salvar meus amigos e minha mãe, a vontade de trazer a paz, vai sempre me manter de pé!
Aegir não pareceu gostar de ouvir isto, e disse:
-Fique de pé depois disto!
Aquele homem veio com tudo para me matar, veio para uma estocada frontal em meu peito com uma velocidade assustadora e sem esconder sua intenção. Aqueles segundos, instantes, nem sei, só sei que enquanto ele vinha o tempo passava vagarosamente e quando ele chegou muito próximo de mim, eu joguei meu corpo para o lado esquerdo, a espada dele cortou meu abdômen na lateral direita, senti muita dor, porém desviei e girei meu corpo, estocando minha espada com tudo nas costas de Aegir, ouvindo o som de algo se rompendo, e rezando para que com sorte tivesse acertado algum órgão divino vital(se é que isto existe) e ele iria sumir. Eu sentia muita dor, e minha visão estava escurecendo. Vi que o que quer que prendia Mark estava soltando-o, e ouvi uma voz ao meu lado dizendo:
-Parabéns... Humano... Cuide bem deste mundo...
Por ultimo vi as meninas entrando na sala, a entrada estava na direção do meu olhar. Ouvi Márcia gritando meu nome, Fiquei imensamente feliz por vê-la bem, mas logo em seguida perdi minhas forças, então minha visão escureceu de vez e eu apaguei.
Minha mente estava uma confusão quando comecei a abrir meus olhos, minha visão ficou turva e ouvia algumas vozes, mesmo que sem conseguir compreender o que diziam ou mesmo de quem eram. Quando minha visão clareou, vi Márcia ajoelhada ao meu lado e percebi que ela havia chorado muito. Eu ainda me sentia fraco, e quando olhei meu braço direito eu percebi várias coisas: primeiro vi que ele estava todo enfaixado com algas e alguma pasta branca, depois notei três atlântianos ao meu lado, e por ultimo eu percebi que eu não estava sentindo dores. Perguntei a Márcia:
-Márcia... O que aconteceu? Cadê todos?
Ela respirou, com os olhos cheios de lágrimas e começou a me explicar:
-Oliver, muita coisa aconteceu nas ultimas cinco horas. Assim que você desmaiou, Aegir teve sua essência roubada por sua espada e meio que evaporou, e foi realmente bem estranho. Os atlântianos recobraram a consciência logo em seguida, se lembrando de tudo o que ocorreu. Nós resgatamos Kzir sem muitos problemas, pois os atlântianos sequer ofereceram resistência. Após resgatá-lo nós estávamos vindo e encontramos vocês.
Tentei me levantar, porém os três atlântianos a meu lado me impediram, e também não tive forças para levantar, Márcia sorriu para mim e continuou falando:
-Kzir ao vê-lo destruído, correu até seus companheiros e trouxe estes três para tratá-lo. Ele disse que eles são os melhores de Atlântida em relação á magia de cura. Porém eles não têm voz.
Os três fizeram reverência para mim, como se eu fosse alguém importante. Então Mark apareceu por perto e disse:
-Oliver, muito obrigado cara. Você foi incrível!
Eu sorri e disse a ele:
-Eu não tive muita escolha. Todos demos nosso melhor. Mas algo me incomoda... Cadê Poseidon?
Ainda estávamos na sala do trono, Mark olhou ao redor e disse:
-Bem, Poseidon estava no pingente de Aegir, e você o libertou meio que inconscientemente. Ele saiu há pouco tempo.
Conversamos um pouco sobre tudo o que havia acontecido. Mere e Beatrice chegaram também e juntaram se a conversa. Mesmo que eu não conseguisse me mover, era ótimo poder conversar com todos. Sinceramente tive muito medo de nunca mais poder fazer algo deste tipo. Passado algum tempo, os três médicos fizeram mais um tipo de magia em mim, e eu recobrei minha força, porém Kzir me disse:
-Você não vai conseguir mover seu braço enquanto ele não estiver completamente curado. Quando você conseguir movê-lo, significa que ele se curou.
Eu apenas confirmei. Era ótimo poder estar de pé, mesmo sujo de sangue e sabendo que eu precisava de um banho. Poseidon então chegou, Sem camisa, sem barba branca, sem tridente, um homem normal, de talvez uns trinta anos, de cabelo cortado e escuro, com olhos muito verdes e nenhum pouco parecido com o Poseidon que eu tinha em mente, e ao me ver disse, aparentemente envergonhado:
-Muito obrigado, humano, descendente de meu sangue.
Ele não parecia ser mal, durão, nem nada do tipo. Parecia um cara legal, e eu disse:
-Desculpe se eu estiver sendo insolente, lorde Poseidon, Mas não temos tempo a perder! Temos de ajudar os outros, e resgatar os outros deuses e...
Poseidon Fez sinal para que eu parasse então ele disse:
-Acalme-se. Mandarei vocês para ilha cosmos pela manhã. Vocês irão esperar lá por seus companheiros.
Mark que estava ao meu lado disse:
-O que faremos agora?
Esta era uma pergunta que eu também gostaria de ter resposta, mas Poseidon, senhor dos mares, abaixou sua cabeça e disse:
-Eu realmente não sei. E infelizmente, parece que teremos inimigos muitos piores pela frente. Não nórdicos ou egípcios, porém... Vamos lutar uma coisa de cada vez. Não quero mais perguntas no momento.
Eu entendi Poseidon. Ele havia sido duro, porém, ele só estava preocupado e com medo. Sim, o grande Poseidon aparentava estar com medo naquele momento. Nenhum de nós desobedeceu ao deus. Kzir nos arrumou uma pequena casinha onde poderíamos passar a noite e tomar banho, nos deu também comida (a maioria a base de peixes, mas estava maravilhoso). Dormimos, todos muito tranqüilos e no outro dia ao acordar pude ouvir muito barulho do lado de fora da casa em que estávamos, o que me deu medo, porém logo que todos acordamos e saímos do lado de fora, haviam muitos atlântianos a nossa espera ali, fazendo festa, comemorando estarem libertos, todos nos agradecendo. Kzir então veio até nós e disse:
-Todos temos de nos desculpar com vocês, por prende-los e enganá-los, mesmo que contra a vontade e...
Mark o interrompeu e disse:
-Não se desculpem galera. Vamos somente comemorar neste momento.
Todos gritaram felizes e fizeram um grande estardalhaço. Kzir então nós levou até Poseidon, que estava no palácio onde havíamos lutado. Quando estávamos na porta, Kzir disse:
-Garotas, vão à frente. Preciso falar com estes dois...
Elas concordaram e seguiram em frente. Kzir então disse:
-Aqui em Atlântida tem um local especial, um templo de Poseidon, onde apenas descendentes dele podem entrar. Diz à lenda que lá dentro está um tipo de poder inimaginável, porém não há como saber, pois nunca nenhum saiu de lá vivo.
Eu perguntei a ele:
-Porque está nos contando isto agora?
Ele respondeu-me:
-É uma forma em que vocês podem ficar mais fortes. E só vocês ficarem e...
Eu disse, interrompendo-o:
-Nós agora temos que seguir com nossos amigos. Não é Mark?
Mark me respondeu:
-Sim, é claro. Mas quem sabe a gente venha outro dia.
Kzir disse então:
-As portas de Atlântida estarão sempre abertas para vocês. Sobrevivam, e venham fazer uma visita. Ok?
Eu e Mark respondemos em uníssono:
-OK!
Eu então disse a ele:
-Adeus... Meu amigo.
Ele sorriu, porém desta vez não foi tão amedrontador, e disse:
-Até breve, companheiros!
Fomos até o local do trono de Poseidon, e lá estava ele... Com um vaso enorme. Mark não se conteve e disse:
-Isso de novo não!!!
As garotas começaram a rir. Depois de tudo o que passamos até chegar ali, acho que ir pelo vaso seria ótimo. Poseidon esboçou um sorriso, e disse:
-Napoleão já está ciente da situação e está os esperando. Logo irei vê-los novamente, estejam bem até lá.

A Era Da Destruição: Revolta Dos Esquecidos Onde histórias criam vida. Descubra agora