- Bia? – escuto vindo de dentro do quarto, eu reconheço a voz imediatamente, como não haveria de reconhecer a voz de meu irmão, a voz de Diego.
Me viro imediatamente e o vejo, sinto meu coração para por um minuto, não quero acreditar, depois de tanto tempo, ele está ali, parado em minha frente, não sei o que fazer, não sei como reagir, não sei o que falar – Di... Diego – falo gaguejando ainda não acreditando, mas eu sabia que aquilo era real, que era ele, e ele estava tão diferente.
Diego agora estava visivelmente mais velho, seu cabelo estava cortado rente a sua cabeça, ele tinha deixado sua barba crescer, ele também estava com mais corpo, seus músculos estavam mais definidos, mas seus olhos ainda continuavam os mesmo da mesma cor verde que os meus, mas os deles ainda pareciam que tinham uma intensidade e veracidade ainda maior que os meus. Eu o havia pego em um momento inoportuno, ele estava sem camisa, ele devia estar se vestindo, ou se despindo, mas depois de ver cada detalhe dele eu vejo seu olhar em mim, e percebo que estou de toalha.
- Eu, eu não... – tento dizer, as não consigo formar uma frase em meus lábios, me viro e vou para a porta que deixei meio aberta, mas antes de passar por ela vejo que ela se fecha, foi Diego quem as fechou, quando ele havia se aproximado? Depois de encarar a porta me viro e dou de cara com ele, estamos poucos centímetro um do outro, ele tinha se apoiado na porta, seus braços em volta de mim e sua proximidade não me deixaram me mover, não conseguiria sair dali, mas eu não queria sair.
Seu cheiro está diferente, era uma espécie de mistura de café e suor, aquilo fez com que todo o meu corpo tremesse. – Eu... –tento dizer mais Diego se aproxima ainda mais de mim, sinto seus lábio chegarem cada vez mais perto até senti-los, a língua de Diego invade minha boca, era como se ela tivesse um certo domínio sobre minha ela, sinto o gosto de Diego depois de tanto tempo, quero poder sair dali, mas sei que não posso.
As mãos de Diego arrancam minha toalha me deixando pelada em sua gente, sinto suas mãos percorrerem meu corpo, minha respiração aumenta a cada segundo, com todas as forças que não tenho tento desabotoar a calça dele, mas ele a desabotoa quando vê minha dificuldade, a calça dele caí no chão e ele passa as mãos em minhas coxas e sobe com elas para minha cintura, ele me segura e me levanta, sinto a parede com minhas costas, entrelaço minhas pernas nas costas dele, não havíamos trocado nenhuma palavras, era como se todo aquele tempo não tivesse passado, era como se eu tivesse quinze e estivesse fazendo aquilo com meus pais dormindo no outro quarto, toda aquele emoção de aquilo era errado e não podíamos fazer aquilo voltou.
Sinto a ereção de Diego entre minha virilha, nossos beijos ainda continuam constantes, nós não nos saciávamos daquilo, sem nenhum aviso Diego me penetra, apenas senti-lo dentro de mim faz com que eu entre em um extasse completo, sinto que ele não está com paciência de preliminares, ele estava tão excitado quanto eu, Diego não põe limites, ele estoca cada vez com mais força dentro de mim meu corpo todo para de funcionar, apenas sinto as batidas frenéticas do meu coração, Diego não cessa com seus movimentos sequer uma vez, era como se ele estivesse tentando entrar cada vez mais fundo, tudo aquilo combinado me vez ter um orgasmo, não consigo controlar meus gemidos, não me importo com mais nada, quero ter Diego dentro de mim para sempre.
Em meio aos meus gritos sinto a semente de Diego preencher-me, aquela sensação de puro êxtase invade todo meu corpo, Diego ainda me segura contra a parede, mas suas estocadas cada vez diminuem, o êxtase se esvai e meu corpo agora se preenche por consciência pelos meus atos, eu havia feito o que jurei nunca mais fazer, mas por uma estranha razão não me sinto tão culpada, era como se apenas em cinco minutos todos os últimos cinco anos não fizessem diferença. Mesmo sem nenhuma troca precisa de palavras, me sentia conectada a Diego de uma forma totalmente diferente.
Diego finalmente me solta, e eu pego e enrolo a toalha que estava no chão de volta a meu corpo enquanto Diego coloca suas calças e veste sua camiseta. Com certeza aquilo não foi o que eu esperava, mas eu havia fantasiado tantas coisas para um reencontro com ele, mas todas minhas fantasias não se cumpriram.
Sinto o olhar de Diego perante a mim, mas não consigo para de encarar o chão, sei o que fizemos, sei o que isso significava, mas diferente de cinco anos atrás eu sou uma adulta agora. Tenho que enfrentar meus medos
- Bia! Chegamos – escuto a voz de Cassio e depois a porta da frente ser fechada, não sei o que fazer, Diego tenta perguntar algo, mas a única coisa que faço é sair do quarto dele e ir correndo de volta para o meu, quando fecho a porta de meu quarto, coloco a mão em minha boca tentando tampar qualquer coisa que eu fale. Aquilo realmente havia acontecido?
Ainda consigo sentir o cheiro de suor que vinha de Diego, ele não era o mesmo que deixou esse lugar cinco anos atrás, assim como eu ele estava totalmente diferente. Penso em tomar um outro banho para tirar aquele cheiro de mim, mas Cassio bate em minha porta, tento parecer o menos aflita possível em minha voz, não posso deixar transparecer nada, principalmente para ele.
- Bia! – Ele fala – sou eu, tudo bem aí?
- Sim, sim – digo depois de um tempo – tudo sim por quê?
- Por nada, eu comprei algumas coisas com sua mãe, eu vou fazer o jantar hoje a noite – ele ainda está do lado de fora no corredor.
- Tá bom, eu já estou descendo, deixa eu só me arrumar, eu acabei de sair do banho.
- Ok – ele diz e depois disso não escuto mais nada, ele provavelmente deve ter decido.
Não sei o que fazer, para onde ir, ou o que falar, eu apenas me sento em minha cama e penso no que havia acontecido minutos atrás. Depois de um tempo, finalmente me visto e faço o que prometi a Cassio, desço e vou para a cozinha, a cada passo o medo de ver Diego aumenta, não quero encarar ele, não quero encara Cassio, como eu pude fazer uma coisa dessas com ele? Cassio fé a melhor pessoa que eu já conheci, ele não merece ser traído do jeito que foi, eu não quero mentir para ele, mas não posso dizer o que havia acontecido.
Quando chego à cozinha Cassio está na frente do fogão fazendo algo, e minha mãe e Diego estavam na mesa conversando. Minha mãe se levanta quando vê que eu estou ali e fala comigo:
- Querida porque você não contou que o seu irmão já tinha chegado, eu viria correndo para ver ele – ela dá um pequeno abraço em Diego que continua sentado. Não sei o que responder, a única coisa que me vem a cabeça é da respiração de Diego.
- Eu queria fazer surpresa mãe – Diego fala quando percebe que não sei o que responder. Minha mãe ri e me abraça.
- Vocês não sabem o quanto o pai de vocês queria nós todos juntos de novo, que nem antigamente – a voz de minha se enche de emoção, por um minuto o que eu e Diego fizemos sai de minha cabeça e a morte de meu pai volta, o que ele acharia disso?
-Eu sei que ele está em um lugar melhor mãe – Diego diz se levantando, ele vem em nossa direção e dá uma abraço apertado em nós duas, consigo mais uma vez sentir o cheiro dele, eu poderia ficar horas sentindo aquele cheiro sem me enjoar.
- Diego – finalmente digo – vocês já se conheceram – digo me referindo a Cassio
Já – escuto Cassio dizer atrás de mim, depois sinto o abraço dele, o abraço dele faz com que todo o meu corpo se acalme, o cheiro dele assim com ele era totalmente diferente de Diego, mas tão penetrante quanto.
Durante nosso jantar eu permaneço quieta, enquanto todos se divertem minha consciência fica cada vez mais pesada, tento conversar, mas não tenho animo para isso, apenas observo eles. Minha mãe apesar de abatida está feliz, acho que ter eu e Diego juntos depois de tanto tempo realmente a animou, Cassio como sempre esbanja um sorriso de dar inveja, já Diego ri também, mas o que mais me preocupa são seus olhares para mim, sinto desejo neles, não quero que alguém perceba, mas não posso apenas o mandar parar com isso, porque querendo ou não eu gosto deles.
{AUTOR}
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Recall (Cruel Destino #2)
RomanceAo 21 anos Beatriz finalmente conseguiu a tão desejada independência, ela agora morava longe de sua cidade natal, longe de seus pais controladores, e longe de um passado que sempre a perturbava, mas Beatriz não se vê feliz, não como deveria estar. ...