08. Rehab

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Saltei em cima de Dylan enquanto ele corria insanamente pela a academia vazia.

_Me devolva! Você não tem esse direito! - esbravejei autoritária ainda em cima de sua costa.

Dylan começou a rir desesperadamente — o mais parecia uma crise asmática.

_Saí, Meg! - pediu ele ainda rindo tentando se livrar de mim.

_Não. É meu! - resmungo irritada e travo as pernas em volta do seu quadril deixando ele sem ter como me derrubar.

Nós estávamos brigando havia quase dez minutos por uma causa banal: o pote de Nutella.

Não, eu não estava disposta a desistir tão cedo!

Continuamos a brigar, até que Dylan achou uma forma de me derrubar e acabou escapando.

Ele saiu correndo, frustrada eu levantei do chão rapidamente e fui atrás dele.

Uma perseguição impressionante, coisa de profissional.

Até que Dylan deu um jeito de escapar novamente e se trancou no escritório da academia.

_Abra essa porta, Dylan! - gritei batendo fortemente nela que estava trancada por dentro.

_Não, você não merece. - gritou de volta.

_É sério, eu vou arrombar essa porra! - ameaço disposta a cumprir com o que disse.

_Vai, tenta a sorte - ele ri.

_Isso não é justo! Não é justo mesmo! - eu digo quase chorando batendo com a cabeça na porta.

_Hum... Delícia...

_Eu vou corta a sua língua quando você sair daí, Dylan.

Eu estava irada, ele não tinha o direito de me provocar.

Então de repente ouvi a porta sendo destravada, Dylan a puxou e eu que estava encostada nela caí em seus braços.

_Então corta agora. - ele sorriu segurando forte a minha cintura contra o seu corpo.

Seus olhos escuros invadiram a minha alma, tão próximo de mim eu iria me derreter como um sorvete rente ao sol se ele não fosse o meu irmão.

_Idiota! - rolei os olhos.

_Eu te amo. - ele diz com seriedade me olhando nos olhos.

_Eu também.

_Mesmo?

Dylan sorri e mostra as suas covinhas.

Ele era lindo e ao sorrir ficava ainda mais.

Quando eu ainda era criança, tinha mania de achar que ele era um príncipe e que um dia ele me salvaria de toda aquela merda.

Bom, nós crescemos e continuamos na mesma merda. Porém juntos.

_Mesmo. Muitão na verdade! - respondo o abraçando forte.

_Toma. - ele coloca alguma coisa entre nós, eu me afasto e vejo nada menos que o meu pote de Nutella.

_Você comeu a metade. - eu retruco, pegando sem mais cerimônias o que restara no pote.

Dylan deu os ombros.

_Eu poderia ter comido tudo, mas como sou um cara bom deixei um pouco para você, sua má agradecida.

_Dylan, quem comprou essa porra foi eu. - olhei para ele como quem quer dizer bem mais do que um simples palavrão.

NOCAUTE (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora