Pedi para que Lion fosse embora quando chegamos no portão da faculdade. Eu não queria que a Beck entendesse as coisas de maneira errada e seria bem mais fácil explicar tudo a ela sem ter a presença intimidante de Lion.
Passei pelo o campus e fui em direção ao meu prédio.
Quando cheguei no dormitório me deparei com a sala vazia e com o barulho do chuveiro ligado.
Entrei no meu quarto e coloquei o celular para carregar. Como uma adolescente rebelde que acabou de fazer merda eu me conduzi até a sala e me sentei no sofá esperando ansiosamente por Beck.
Preparei o meu estado mental para aguentar toda aquela avalanche que estava por vir, e quando Beck saiu do banheiro, eu tive certeza de que não teria mesmo como escapar.
(...)
Encarei o motor do possante que me entregaram. Depois de algumas horas me dedicando apenas a ele eu finalmente consegui resolver o problema na parte elétrica.
Beck e eu tínhamos tido uma conversa séria, e isso não me saía da cabeça.
Ela me contou sobre os perigos representados por Lion, isso era fato, mas ninguém nunca foi tão clara comigo como ela foi.
E isso me assustava muito, afinal de contas eu começava a criar vínculos com Lion; A nossa amizade... Eu não conseguiria deixar isso para trás e por mais que eu tentasse parar e refletir, tudo o que eu via era a imagem dele.
E no fundo eu sabia que era ele que não saía de mim.
_Precisando de ajuda, gatinha? - alguém perguntou.
Olhei para o lado e me deparei com um homem alto e de cabelos grisalhos. Os seus olhos eram azuis e ele tinha um sorriso estranhamente malicioso no rosto.
_Não. - respondi rispidamente fechando o capô do carro.
_Uma moça tão bonita como você não deveria trabalhar em uma espelunca como essa. - comentou ele, e eu franzi as sobrancelhas intrigada com tudo aquilo.
_Essa oficina não é uma espelunca, senhor. E fique sabendo que é daqui que eu me sustento.
_Admiro muito isso em garotas como você, mas há outras formas de ganhar mais sem ralar tanto. - ele se aproximou de mim e ainda sorrindo ele completou: - Se é que me entende.
Aquele cara me encarava de uma forma invasiva, tinha malícia, desejo, ganância tudo isso ao memo tempo em seu olhar.
E eu sinceramente não gostava daquilo, pois do jeito em que ele me olhava mais parecia que eu era um pedaço de carne.
E não, eu não estava a venda!
_Desculpa, mas eu não te entendo e se me der licença...
Tentei passar por ele, porém com agressividade o mesmo segurou-me pelo o braço.
Olhei em seus olhos, sua mão forte e áspera machucava a minha carne.
Antes que eu pudesse pedir para que me soltasse ou qualquer outra coisa, sem nenhuma repressão ele disse:
_Ah, o que é isso gostosa? Todas tem um preço. Me diga então qual é o seu.
Arqueei as sobrancelhas surpresa com a audácia daquele crápula e ao mesmo tempo ofendida.
_Todas menos eu, seu velho nojento. Agora me solta! - falei entre os dentes, e ele apenas riu.
_Olha aqui, vadia. Você sabe quem eu sou? Se eu quiser em apenas um telefonema acabo com o seu emprego e você terá que dar essa sua bundinha para comprar comida.
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NOCAUTE (DEGUSTAÇÃO)
Teen FictionLIVRO COMPLETO NO HINOVEL, DISPONÍVEL PARA ANDROID E IOS. Megan era viciada em perigo. Porém, ao presenciar um suposto homicídio e começar a conviver com o boxeador Lion Bennet, a garota pela primeira vez temeu por sua própria vida. Aquele deus gr...