Selfishness

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|Vão ver o capítulo anterior amores 😘|
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Intervalo, doce intervalo.

A aula de álgebra sem dúvida que puxa demais pelo meu cérebro numa manhã.

Sinto-me meio deslocada sem a Crystal comigo. Temo-nos tornado bastante próximas nos últimos tempos, posso até dizer que se tornou a minha melhor amiga.

Canto um pouco uma melodia qualquer enquanto arrumo umas coisas no meu cacifo.

"Boo." Uma voz rouca ao pé do meu ouvido faz os meus pêlos do pescoço arrepiar.

Dou um pequeno salto e viro-me para o rapaz, de agora cabelo roxo, com a mão no peito.

"Luke, que susto." Ele faz isto demasiadas vezes.

Ele ri e encosta-se aos cacifos ao lado do meu. Os seus braços tonificados cruzados ao redor do seu peito.

"Então, hoje vais lá a casa?" Ele pergunta mexendo no telemóvel e eu nego.

"Hoje acho que não dá mas talvez amanhã, não sei. O período está a acabar." Relembro.

"Sim eu sei. Também não nos podiam dar um tema mais estúpido. Merda de filosofia." Ele refila.

"Oh, não é assim tãooo mau." É sim.

"Nem tu acreditas nisso." Ele ri pelo nariz como normalmente. "Amor, o que raio é isso?"

"Oh não gozes." Reviro os olhos mas ele levanta as sobrancelhas. Olho para ele chocada. "Nunca sentiste amor por ninguém?"

"Não." Ele é curto. "Não tenho motivos para isso."

"Mas-" sou cortada por ele.

"Oh, por favor. O amor não existe, é apenas uma palavra que fica sempre bem na boca das pessoas. 'Um amo-te está tão banalizado que até um fode-te é mais sincero'" ele atira.

Ele parece tão revoltado. Dá-me uma certa pena.

"E aliás, há coisas melhores para se fazer do que amar alguém." Ele diz e nesse momento passam duas raparigas por nós. Uma ruiva e outra loira. Ambas olham para o Luke e sorriem maliciosamente, ele retribui o ato fazendo-me revirar os olhos.

Fecho o meu cacifo com força e ele parece 'acordar do transe'. Começo a andar pelo corredor mas sinto-o atrás de mim.

"Alguém ficou chateada." Ele brinca.

"Eu? Porque haveria?"

"Não sei, diz-me tu. Ficaste com ciúmes foi?" Eu paro de andar e ele aproxima-se se mim.

"Desculpa?"

"Isso mesmo que ouviste. Não precisas de ter ciúmes bebé." A sua cara a centímetro da minha.

"Por favor." Reviro-lhe os olhos e viro costas continuando o meu caminho.

Ouço-o a rir mas a sua gargalhada está cada vez mais longe e baixa. Tudo começa a andar à roda e a minha cabeça está pesada, bastante pesada. De repente tudo está escuro.

"Rose!" Ouço como se estivesse num túnel e apago completamente.

Luke's Pov

"Rose!" Grito e corro para o corpo no chão. Ela está pálida mas vejo o seu pulso e verifico que está a bater. Suspiro aliviado e pego-lhe ao colo.

"Saiam da frente porra!" Grito à multidão que se formou à nossa volta. Vejo algumas pessoas a encolherem-se e a fazerem o que mando.

Corro com ela até à enfermaria e assim que lá chego deito-a na cama.

The way you got meWhere stories live. Discover now