Capítulo 27

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- Disse para secar os cabelos. - Lhe entregando um chá, junto a um comprimido.

- Não comece. - Espirra. - Terá que buscar Thiago, pra mim.

- Está bem. - Se senta ao lado dela, na cama.- Devíamos conversar. - Suspira.

- Não temos mais nada a conversa, tudo o que tinha para dizer nos dissemos, um ao outro, ontem. - Tosse.

- Não. Você sabe que não foi assim, até mesmo porque só falamos do passado, esquecendo que estamos no presente. - A olhando.

- Como acha que posso confiar em você? Você machucou a minha filha.

- Isso foi passado. Foco no presente, porra. - Se levanta.

- Como acha que poderei confiar em você? - O olha. - Melhorou? - Se aconchega mais na cama, ficando encolhida.

- Não sei, acho que terá que arriscar. - Pega uma manta, e põe sobre ela. - Se acha que temos uma chance, o que eu sei que você acha que temos uma chance, ou não teria se casado comigo. Terá que confiar em mim, entender que aquele idiota do passado, morreu. Eu amadureci, e estou tentando lhe provar isso. Não vê?

- As coisas estão muito confusas, pra mim. - Tosse. - Não sei o que pensar.

- Uma dica? Pensa em nós daqui para frente, porque ficar remoendo passado não nos serve de nada.

- Eu te odeio... Ainda mais quando tem razão.

- Eu sei. - Sorri, e beija a mão dela. - Odeia estar errada, e sabe que sempre que estiver, estarei aqui ao sei lado para fazer com que perceba isso.

- O que viu em mim? - O olhando.

- Além de uma mulher forte, bonita, inteligente, sexy, gostosa, sincera, delicada, sensível, maravilhosa? Acho que nada. - A olhando.

- Porque nunca me disse que me amava? - Espirra. Pega um lençol, e limpa o nariz.

- Como diria, que amava minha sogra?

- Antes de sermos da mesma família, cabeção. - Revira os olhos.

- Você já era casada, se casou cedo demais, custava me esperar? - Sorri.

- Eu acho que posso estar apaixonada por você, e isso dói.

- Isso é o que acontece, quando se ama. E quando a pessoa amada, nos decepciona. Eu não quis causar esta dor, em você, me perdoe.

- É algo tão recente. - Seu celular começa a tocar. - Pega meu celular, por gentileza?

- Vai por seu trabalho a nossa frente? - A olha incrédulo.

- E será que ainda existe a gente? - Suspira. - Eu pego. - Faz menção de sair da cama, mais Estevão a detém, e pega seu celular.- Obrigada. - Atende. - Alô Geraldo.

- Maria, é impossível de se trabalhar contigo, assim. Toda semana esta faltando. Como posso confiar em você a frente, desse jeito? - Rude.

- Geraldo, sei que tenho faltado demais. - Tosse. - Porém, se faltei foi por motivos sérios.

- Você está bem? - Suspira. - Parece estar rouca. Já foi ao médico.

- Devia ter me perguntado isso antes de ter sido, grosso. - Tenta falar de forma formal. - Amanhã pela manhã, estarei de volta ao escritório, sem falta. Não se preocupe. - Desliga. E espirra. - Me alcança os lenços?

- Claro. - A entrega.

- Se não melhorar, melhor ir ao médico, onde pegará os remédios adequados.

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