- Disse para secar os cabelos. - Lhe entregando um chá, junto a um comprimido.
- Não comece. - Espirra. - Terá que buscar Thiago, pra mim.
- Está bem. - Se senta ao lado dela, na cama.- Devíamos conversar. - Suspira.
- Não temos mais nada a conversa, tudo o que tinha para dizer nos dissemos, um ao outro, ontem. - Tosse.
- Não. Você sabe que não foi assim, até mesmo porque só falamos do passado, esquecendo que estamos no presente. - A olhando.
- Como acha que posso confiar em você? Você machucou a minha filha.
- Isso foi passado. Foco no presente, porra. - Se levanta.
- Como acha que poderei confiar em você? - O olha. - Melhorou? - Se aconchega mais na cama, ficando encolhida.
- Não sei, acho que terá que arriscar. - Pega uma manta, e põe sobre ela. - Se acha que temos uma chance, o que eu sei que você acha que temos uma chance, ou não teria se casado comigo. Terá que confiar em mim, entender que aquele idiota do passado, morreu. Eu amadureci, e estou tentando lhe provar isso. Não vê?
- As coisas estão muito confusas, pra mim. - Tosse. - Não sei o que pensar.
- Uma dica? Pensa em nós daqui para frente, porque ficar remoendo passado não nos serve de nada.
- Eu te odeio... Ainda mais quando tem razão.
- Eu sei. - Sorri, e beija a mão dela. - Odeia estar errada, e sabe que sempre que estiver, estarei aqui ao sei lado para fazer com que perceba isso.
- O que viu em mim? - O olhando.
- Além de uma mulher forte, bonita, inteligente, sexy, gostosa, sincera, delicada, sensível, maravilhosa? Acho que nada. - A olhando.
- Porque nunca me disse que me amava? - Espirra. Pega um lençol, e limpa o nariz.
- Como diria, que amava minha sogra?
- Antes de sermos da mesma família, cabeção. - Revira os olhos.
- Você já era casada, se casou cedo demais, custava me esperar? - Sorri.
- Eu acho que posso estar apaixonada por você, e isso dói.
- Isso é o que acontece, quando se ama. E quando a pessoa amada, nos decepciona. Eu não quis causar esta dor, em você, me perdoe.
- É algo tão recente. - Seu celular começa a tocar. - Pega meu celular, por gentileza?
- Vai por seu trabalho a nossa frente? - A olha incrédulo.
- E será que ainda existe a gente? - Suspira. - Eu pego. - Faz menção de sair da cama, mais Estevão a detém, e pega seu celular.- Obrigada. - Atende. - Alô Geraldo.
- Maria, é impossível de se trabalhar contigo, assim. Toda semana esta faltando. Como posso confiar em você a frente, desse jeito? - Rude.
- Geraldo, sei que tenho faltado demais. - Tosse. - Porém, se faltei foi por motivos sérios.
- Você está bem? - Suspira. - Parece estar rouca. Já foi ao médico.
- Devia ter me perguntado isso antes de ter sido, grosso. - Tenta falar de forma formal. - Amanhã pela manhã, estarei de volta ao escritório, sem falta. Não se preocupe. - Desliga. E espirra. - Me alcança os lenços?
- Claro. - A entrega.
- Se não melhorar, melhor ir ao médico, onde pegará os remédios adequados.
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A Sogra
RandomEstevão perdeu sua família. Seu filho em um atropelamento é morto. Sua esposa, na mesma noite se matou, enquanto ele bebia para tentar esquecer a dor. Se isola de todos, se tornando um grande escritor. Que tenta superar sua dor Maria sofria com a pe...