CAPÍTULO 7

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Perdida era pouco, com a personificação da virilidade, beleza e masculinidade diante de mim. Gente, aquilo não era homem, era um tentado ao pudor ambulante. Com certeza ele chamava a atenção mesmo não querendo. Mas eu precisa aguentar firme, afinal fui lá para trabalhar.

E depois de um tempo acabei relaxando e o Greg — isso mesmo já estava o chamando pelo apelido — também voltou sua concentração para o trabalho. E se tornou uma grande surpresa.

A festa estava a todo vapor, bombando mesmo. Perdi as contas de quantas vezes precisei repor a cascata de chocolate, os morangos, e as outras frutas.
Rico come pacas, acho que eles ficam esperando essas festas para encher a barriga, chega a ser cômico, acho que nunca ouviram falar em arroz e feijão.

— Esse povo não come em casa não? — pergunto para Greg.

— Sabe aquela conversa de que estão de dieta e não comem isso, não comem aquilo? Pois é! Quando chega nesse eventos eles chutam o balde mesmo. — olhamos um para o outro e começamos a rir.

E quando me viro com a calda de chocolate bato de frente com uma parede humana. E puf! A calda cai toda em cima do homem e depois no chão. Entro em pânico na mesma hora.

— Meu deus! Senhor me perd... — Não termino a frase quando vejo quem era o homem. — Cacete! Mas o que você está fazendo aqui Hugo?

Isso mesmo, depois de alguns dias sem saber dele, como um ninja que taca fumaça ele apareceu na minha frente.

Esla, eu não sabia que você estava trabalhando aqui...

E na mesma hora aparece uma mulher linda e loira estilo Gisele Bündchen e corta a nossa conversa.

— Mas o que aconteceu com você amor? Foi essa empregadinha? Vou falar com o François agora mesmo para demitir você sua incompetente. Está me ouvindo? Como vou voltar pra a festa o com meu noivo agora?

Opa! Será que ouvi bem? NOIVO?! Não poderia ficar melhor essa noite, ou poderia?

— Noivo? Você tem uma noiva?

Ela me olha como se eu fosse o E.T. de Varginha.

— Garota! Você vive onde? Ele é meu noivo a mais de um ano. Tá louca?! Hugo você a conhece?

Sou obrigada a manter a pose e pedir desculpas pela minha falha.

— Senhora me desculpa! Foi sem quer...— e ela me interrompe de novo.

— Desculpa?! Esse terno é um Armani legítimo! Você conhece? Já ouviu falar? Aposto que nem com o seu salário de um ano paga esse terno. É feito sob medida garota! — nessa hora perco a paciência e começo a responder aquela megera.

— Em primeiro lugar eu sei o que é um Giorgio Armani, e em segundo lugar esse terno é da coleção passada, não deve passar de uns cinco mil reais. O problema é esse? Manda a conta que eu pago senhora. Ah! Já ia me esquecendo o quanto eu ganho não é da sua conta, sua sem educação!

E para piorar a situação meu professor escuta tudo, e quando percebo todos estão de olhos arregalados me olhando.

— Está acontecendo alguma coisa aqui?

—Essa desastrada derrubou chocolate no meu noivo François, quero que demita ela agora!

Meu professor respira fundo nos olha e começa a falar.

— Carol, não vou mandar ninguém embora, até porque a Esla é a melhor doceira que existe na cidade, e se ofereceu para estar aqui, a essa hora da noite eu não tenho quem a possa substituir, e depois seu noivo e você estão no espaço reservado para os funcionários do buffet, então nada posso fazer se não lamentar e pedir desculpas pelo incidente e transtorno.

Se essa Carol pudesse colocar fogo em mim apenas com os olhos acho que teria morrido carbonizada.

— François não a mande embora, a culpa foi realmente minha. Eu quem deveria me desculpar pela bagunça. Eu apenas vim dá os parabéns a seus funcionários pelos doces. — e a megera interrompe de novo.

—Parabéns! Para essas coisas que engordam? Você nem comeu os doces apenas estava olhando para cá como se conhecesse essazinha aí... — eu perco a paciência de vez.

— Você acha que está falando com algum empregado seu sua maluca? — E quando dou por mim o Gregório está me segurando. E meu professor se mete novamente.

— Greg! Leve Esla para tomar um ar, por favor, sim?

— Claro Cheff!! — Greg me leva a força, minha vontade é dar na cara daquela esnobe sem educação.

E enquanto o Gregório me leva para fora da confusão eu ouço meu professor se desculpar com aquela louca. E aí a ficha cai. Ele pode me mandar embora e eu nunca mais se convidada para outro evento como esse. Por que eu fui perder a cabeça? Mas foi por causa dele. Que raiva! Finalmente Gregório me solta e eu já estou mais calma e lembro que aqueles braços fortes me seguraram e bem firme. Nossa imagina na cama?! Meu deus!

— Está mais calma? — ele pergunta

— Sim, obrigada por perguntar. Mas aquela mulher me tirou do sério. — ele me olha e olha. — Que foi? — então ele responde.

— Olha eu não sei o quê rola entre você e aquele riquinho babaca, mas ele estava te secando a bom tempo e a noiva dele percebeu assim como eu. E ela aproveitou a situação para te prejudicar. Eu vi quando ele veio em nossa direção e ela também. Pensei que você havia visto. Mas percebi logo pela sua reação que não. — estou sem palavras, como eu não o vi? — Você não o viu porque estava muito concentrada no trabalho que estávamos executando e eu te distraí. — além de lindo e gostoso, lê pensamentos.

— Você acha que o professor me mandará embora? Eu ouvi o que ele disse mas ela é importante também. — o medo se instala dentro de mim. Em termos de esporro o professor François é pior do quê tudo!

— Você não irá embora Esla. — levo um susto com o professor atrás de mim. — Mas controla o seu gênio da próxima vez, sim?! Me deu um trabalho contornar a situação.

Fico aliviada, mas lembro do terno. Eu disse que pagaria por ele.

— E o terno professor? Eu disse que pagaria. Ele me olha.

Esla o senhor Hugo não faz questão do pagamento, eu mesmo insisti. Mas ele foi bem categórico em recusar. E não quer reembolso.

Esla! Se ele não quer esquece, está bem?! Vamos voltar. — eu volto já apreensiva de encontrar o casal.

Passo o restante da festa com medo da riquinha megera fazer um novo escândalo. E fico assim até o fim da festa que acabou as 3h da manhã, mas para a gente termina às 5h. E quando estou voltando do banheiro levo um baita susto com o que vejo.

— Mas que merda! Que susto você me deu! Isso não se faz, sabia?

Entre Sonhos & DocesOnde histórias criam vida. Descubra agora