"E você sorriu enquanto girava a faca em meu estômago, até que tudo se foi."
Lillian — Plus 44><>< LILLIAN
Departamento de Polícia de Gotham City. Quarta-feira, 18:47.
Eu estava com fortes dores nas costas. Não era nada fácil dormir numa cela pequena como essa... Ainda mais com esse monte de policiais aqui. Passar o dia aqui era ainda pior. Às vezes, um ou outro olhavam para cá e murmuravam alguma coisa entre eles. Alguns já me conheciam, é claro; Porém, essa era a primeira vez em que eu estava desse lado das grades. Isso era uma droga! Eu tinha que dar um jeito de... Espera, mas que merda é essa?
— O que? O que você está fazendo? — perguntei, meio atônita. — Você não deveria ser o bom policial?
— Detetive — corrigiu-me. — E chega de perguntas. Vai sair ou quer ficar trancada nessa cela para o resto da vida?
— Tudo bem — ergui as mãos em sinal de rendição e saí da cela; Parei e segurei seu braço, puxando-o para perto e baixando a voz. — Você nunca gostou de mim, Jim. Tudo o que você queria era me ver atrás das grades —o lembrei. — Vai dizer por que diabos está me deixando ir?
— Pergunte ao Pinguim.
— Oswald te fez me tirar daqui? — eu não conseguia acreditar naquilo. — Eu vou matar aquele filho da puta!
— Sem ameaças de morte ou eu prendo você de novo — ameaçou-me. — Vai embora!
E eu fui. Caminhei sozinha pelas ruas de Gotham pensando no acontecido. Pinguim... Por que Oswald insistia em continuar pedindo favores àquele cara. Ele tinha que parar de se meter com a polícia. Eu estava preocupada, de certa forma; Não queria que ele acabasse se dando mal. Isso estava tudo errado. Cobblepot não deveria ter feito isso. Eu poderia ter saído de lá sozinha! Sei me virar quando preciso. E ele sabia disso.
Mansão do Pinguim. Quarta-feira, 19:06.
Cheguei naquela casa enorme e entrei, sem ousar parar até chegar na bendita sala. Sabia que ele estaria lá. Ele adorava ficar lá, principalmente se fosse para tratar de negócios. Alguns estavam surpresos por me verem ali, outros nem tanto. De qualquer modo, ninguém sequer tentou me parar no caminho, afinal, não era a primeira vez que eu estava ali e, obviamente, não seria a última.
— Precisamos conversar — encostei-me na soleira da porta. — Sozinhos.
— Saiam! — Cobblepot fez sinal para Butch e Victor Zsasz saírem; Eles o obedeceram sem hesitar. A garota mais nova continuou ali, sentada, me observando. — Oh, esta é Selina Kyle.
— Eu conheço ela — falei sem tirar os olhos dela — Olá, Selina.
— Lillian — cumprimentou-me de volta, mas não saiu do lugar.
— Dá para sair da droga da sala, Gata? — bufei. — Não tenho tempo para isso. Selina, por favor?
Ela saiu, mas não sem antes curtir com a minha cara. Ela sempre fazia isso, incrível. Eu gostava dela, mas agora eu não estava em um dos meus melhores momentos. Como já estava acostumada com isso, apenas a ignorei.
— Olá, velha amiga — Oswald abriu um sorriso enorme. Um que eu não podia retribuir, infelizmente.
— Velha amiga, Oswald? Sério? — estapeei seu braço. — Que merda você tem na cabeça?
— Não sei do que você está falando — segurou meus ombros para que eu parasse com aquilo.
— Não se faça de sonso. Não comigo — pedi, cerrando os olhos. — Você pediu para James Gordon me soltar. Está enlouquecendo?
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Gotham Streets
Short StoryA Garota da Balaclava. A Dama de Preto. O Pinguim. Edward Nygma. Você provavelmente já deve ter escutado esses nomes em algum canto sombrio das ruas de Gotham. O garoto do guarda-chuva que se torna o rei do submundo de Gotham; A garota que é o braço...