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First love?
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— Irene, está escrito nas estrelas que você me pertence, não precisa disfarçar.

— Não acredito nessas estrelas.

— Pensando bem, esqueça as estrelas.— Sorriu.— O universo escreve mais verdades.— Piscou para mim. 

Taehyung sabia bem como usar as palavras. Fitei o prato que estava em minha frente e de repente começaram a aparecer lembranças da noite passada.

" Eu queria te dizer Irene, que você é a única aqui que me ensina a viver de verdade."

Como um flash essa frase com a voz de Taehyung passou pela minha cabeça. Suspirei e o encarei novamente, porque eu não conseguia pelo menos uma vez ser grata a ele? Eu queria lhe dizer, mas eu não conseguia. Alguém já havia roubado minha confiança.

— Acho interessante quando me olha.— Recitou tirando-me de meus pensamentos.

— Do que está falando?— Disse surpresa, eu tinha um péssimo ato de encarar as pessoas de forma despercebida.— Não importa, termine de tomar café e vá.— Voltei o olhar para a mesa.

Taehyung colocou uma de suas mãos em cima da mesa e a ergueu em direção ao meu pescoço. Eu não tive tempo de reagir apenas fiquei ali parada. Foi então que ele tocou no pingente do colar que eu carregava.

— Você está usando.— Sorriu.

Eu o usava desde o dia em que ele havia me dado, mas sempre escondia o pingente dentro da camisa. Taehyung virou o pingente e leu o que eu relia varias vezes ao dia.

— " Minha amada sorte."— Me encarou.  Aquelas palavras ditas por Taehyung me causavam um efeito diferente.— Você sabe qual é a história desse pingente Irene?- Indagou.

—Não...— Respondi timidamente.

— Vou lhe contar.— Apoiou sua cabeça em uma de suas mãos.

— Há alguns anos atrás, o pequeno Taehyung acreditava em algo chamado sorte. Ele todos os dias dava bom dia a sua sorte...

Eu me sentia melancólica ao ouvir Taehyung falar assim.

—...Sua sorte cuidava muito bem do pequeno Taehyung. Então no dia do aniversário dela, ele resolveu lhe presentear, ele fez este pingente...— O tocou com a ponta do dedo indicador.—...E lhe deu de presente a ela que estava na cama do hospital, a sorte sorriu quando o pequeno Taehyung o colocou em seu pescoço...- Suspirou.—... Taehyung achou que se lhe desse esse pingente com as palavras " minha sorte " cravadas nele, ele conseguiria protege-la.

Eu conseguia sentir Taehyung.

— Mas...Não foi o bastante, aquela sorte foi para um lugar melhor, ela sua mãe.

Eu sentia meus olhos começarem a ficarem meio embaçados, porque ele havia me dado algo que era tão importante para ele, porque ele se importava comigo? Senti uma lágrima descer timidamente sobre a face gelada.

— Ei, ei, não chore Irene.— Sorriu passando sua mão sobre aquela lágrima.— Você não pode chorar o.k?

Levei minha mão sobre a sua, parece que todos os sentimentos que eu havia guardados durante aqueles anos voltaram com aquele " você não pode chorar ".

— Não posso ver minha irene assim.— Aproximou sua face da minha e apoiou minha testa na sua. Eu fechei meus olhos e deixei as lágrimas rolarem.

IM CALLING ➶ kthOnde histórias criam vida. Descubra agora