12º Capítulo

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- Emily? Porque é que não nos avisaste que ias sair? – Questionou o meu pai depois entrar dentro de casa.

- Porque, porque pensei que não iria demorar muito tempo. Peço imensa desculpa. – Disse tentando esquivar-me.

- Minha menina, da próxima vez já sabes! Avisas antes de saíres. – Retorqui a minha mãe com um sorriso escondido por detrás da cara de séria que ele estava a tentar manter. Seguidamente, sussurrou-me "ele é bem bonito" ao qual respondi "eu sei". Ambos rimos e o meu pai sem perceber saiu da sala e fechou-se no escritório.

- O que é que lhe deu? – Perguntei após estremecer quando a porta bateu atrás de nós.

- Não ligues querida. Deve estar com ciúmes. Pensa que vai perder a sua princesinha. – Às vezes penso que a minha mãe é da minha idade. Acho que estás mais entusiasmada que eu.

- Ele não me vai perder, pois... - A minha mãe interrompeu-me.

- Pois nada, olha que o Harry não parece ser daqueles que desiste assim tão facilmente.

- Mãe! – Disse envergonhadamente. Não consigo perceber como é que ela tem assim um tão à vontade a falar dos namorados da filha. – Eu vou deitar-me. O dia já deu o que tinha a dar. Até amanhã.

Despedi-me dela com um beijo na bochecha e subi para o meu quarto. Continuava a sentir um certo desconforto de cada vez que entrava lá. A minha respiração acelerava e consequentemente o meu coração bobeava muito mais sangue. Ainda receava que, de cada vez que entrasse no meu quarto, iria ver tudo desarrumado e uma figura perto da janela. Os meus pais já sabiam da suposta invasão e posteriormente instalaram um sistema de segurança em todos os cantos da casa. Mas, mesmo assim, sentia-me insegura.

Depois de instalada em cima da cama, tirei a pequena ponte da minha bolsa e determinei-me a analisá-la. Rodei-a em todos os sentidos. Em baixo, descobri uma pequena frase. "The best proof of love is trust" e a data "25 de Setembro de 2013". É verdade! Já se passou um mês desde o início da escola. Dei por mim a sorrir para a lua com a pequena ponte embrulhada pelas minhas mãos junto ao coração. Apercebendo-me da história logo levantei-me e dirigi-me à casa de banho mas sem antes pousando o meu presente na mesa-de-cabeceira.

Eu segui para a casa de banho a cantar. Eu nunca cantei, bem mas também não me lembro de estar assim tão feliz, então continuei a cantarolar.

Acordei com o som do meu telemóvel a tocar. Urgh! Annie! Certamente para saber como é que correu o encontro.

- Sim?! – Perguntei ainda sonolenta.

- Emily? Conta como foi? Houve beijo? Finalmente? Já posso festejar? Não? Emily?

- Não foi nada demais. E não, não houve beijo.

- Então conta! O que é que vocês fizeram? – Disse ela entre pequenos gemidos de alegria.

- Nós jogamos bilhar.

- Mas tu detestas bilhar. Lembras-te daquela vez que o Ian levou-te para jogar? Tu disseste que nunca mais ias jogar bilhar na tua vida. Mas não é ai que eu quero chegar. Tu jogaste mesmo bilhar. Ele deu-te a volta completa.

- Annie, bilhar não é assim tão mau. Ele ajudou-me, depois de saber jogar não é assim tão difícil.

- Se ele te ajudasse em outros assuntos, todos ficávamos a ganhar.

- Annie! – Normalmente estes tipo de comentários por parte dela deixar-me-ia irritada, mas não. Um pequeno rubor apoderou-se da minha cara. Alarguei o sorriso que estava a nascer por entre os meus lábios. – Eu tenho que desligar. Tenho muito que fazer. Ate amanhã.

Because Of You |H:S|Where stories live. Discover now