24º Capítulo

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"Se alguma vez te proibirem de seres feliz, dá-lhe um pontapé nas bolas." Este pensamento irá ser o meu lema de vida se ao menos soubesse de quem se tratava. Após uma longa conversa com Harry acerca da nossa falsa separação, a vontade de encontrar o bastardo que me está a impedir há bastante tempo de ser feliz apenas aumentou para um nível que eu nunca considerei que existisse.

"Espera só até ter aquele cabrão ajoelhado à minha frente e implorar para não o matar." As palavras de Harry ainda estavam bem vivas na minha memória. Por momentos vi a sua fúria nos seus olhos. Por vezes tenho receio do que possa acontecer assim que Harry o encontrar.

-"Como é que vou sobreviver se não estás ao meu lado?" – Questionei Harry de manhã, quando ele me acordou com uma chamada.

-"Vais ter que conseguir." – Respondeu rígido. –"Eu vou estar sempre ao teu lado."

-"Mesmo assim." – Suspirei ainda chateada com a decisão repentina de nos termos que separar. –"Eu não quero ficar sem se te poder beijar. Só para que saibas, eu vou sentir saudades tuas."

-"Eu sei, também vou sentir muitas saudades tuas." – Harry respondeu e segundos depois de respirações pesadas, ele desligou a chamada.

Pela primeira vez em quase um período de aulas, eu não queria sair de casa para a escola sem o Harry. Seria muito pedir que nada disto tivesse acontecido? Que talvez eu e o Harry estávamos juntos por termos amigos em comum que acharam que ficaríamos juntos? Que eu pudesse ter uma vida normal?

Uma batida na porta do meu quarto acordou-me dos meus pensamentos. – Emily, querida, já estás pronta para a escola? – Minha mãe parecia preocupada. Provavelmente denunciei a minha situação mais que estranha devido às constantes olheiras e cabelos emaranhados.

- Sim, eu desço num segundo. – Ainda não tinha falado com o meu pai acerca de toda a informação que descobri sobre a minha verdadeira identidade. Acredito que hoje à noite, o jantar vai ser mais que estranho.

O toque das 8:20 fez com que todos os estudantes seguissem para as suas respectivas sala. Fiquei apenas eu no imenso corredor quase sem luminosidade causado pela falta de luz natural. As minhas costas bateram contra os cacifos duros. Tudo tinha que correr como planeado, faltava apenas o Harry. Seja quem for a pessoa que me estava a ameaçar, era necessário para a minha segurança que a minha relação com Harry acabasse de uma forma pública para não restarem quaisquer dúvidas.

As minhas aulas, assim como as do Harry, só começavam às 9:05 e eu podia apostar que o sujeito estava a vigiar-me.

- Harry, eu quero falar contigo. – Quando reparei que o Harry tinha acabado de dobrar a esquina, corri até ele.

- Emily, eu acho que já dissemos tudo o que queríamos dizer. – Eu queria parecer magoada, mas olhar nos olhos dele não ajudava muito. – Por favor, ainda vais acabar por sair mais magoada.

- Mas eu amo-te. – Eu senti a surpresa nos seus olhos. Ambos sabíamos o que sentíamos um pelo outro, mas nunca o dissemos mais alto que o nosso pensamento.

- Eu também te amei, mas já é tarde. – Ele suspirou. – E eu não posso fazer nada para puder mudar o facto que aquilo que nós tínhamos já deixou de existir há muito tempo.

- Então ficamos assim? – Eu perguntei. O som de uma porta a fechar-se no fundo do corredor denunciou que alguém que nos estava a ouvir já tinha desaparecido.

- Sim, ficamos assim. – Harry disse e caminhou na direcção ao refeitório.

Segundos depois uma mensagem caiu na minha caixa de entrada. "As minhas suspeitas acabaram de se confirmar. Por favor tem cuidado. Eu vou estar sempre a vigiar-te mas ambos sabemos que ele é perigoso. Eu também te amo." Uma mensagem, presumo do Harry, de um número desconhecido.

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⏰ Last updated: Sep 07, 2016 ⏰

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