Sabe, meu caro leitor. Acho que não posso lhe dar essa informação, porém vou me arriscar a dar ela a você.
Todos que morrem são forçados a ver seu próprio interro. Bem... não é meio que forçado. Você vê e pronto. Não sei explicar. Mais o ponto meu leitor, é que quando eu fui no meu, foi quando a ficha "caiu". Ver meu corpo com um fino vestido azul, minhas mãos entrelaçadas em cima de minha barriga, meus cabelos penteados e soltos pelo caixão que tinha o estofado branco, meu rosto estava sereno, como se estivesse em um sono profundo, foi literalmente um choque da minha "nova" realidade. Lágrimas estavam por todo canto e então um estrondo. Meu pai chegou e cambaleou até o caixão. Ele não estava bêbado, estava acabado. Em volta de seus olhos grande, olheiras escuras já tinham se formado. Seus olhos estava vermelhos de tanto chorar e ele tinha um olhar cansado, triste, angústia e de pura dor.
Passou a mão em minha bochecha com delicadeza e balançou a cabeça.-Ontem eu fui no seu quarto... - ele sussurrou. -E eu me lembrei de quando você tinha pesadelos e pedia para mim contar historias a você. -ele deu uma risada sem humor. -Você gostava das historias de unicórnios. -se aproximou de meu rosto e sussurrou em meu ouvido como se tivesse me contando um segredo. -Eu nunca vou contar a ninguém esse detalhe Borboletinha.
Sorri ao ouvir ele me chamar pelo apelido que ele me deu na infância.
-Mais agora me diga uma coisa, -ele começou a fazer cafuné em meus cabelos. -As nuvens são feitas de algodão? -ele perguntou e esperou.Como se eu fosse responde-lo realmente. E depois de alguns minutos, ele simplesmente fechou os olhos e caiu em lágrimas.
-Me desculpe... -disse entre soluços. -Desculpe por não estar lá meu amor. Por favor me desculpe... -e chorou em cima de meu corpo.
Sabe meu caro leitor, essa cena foi muito dolorosa. Ele conversou comigo como se eu estivesse viva, como se fosse sua última tentativa, como se ele ainda tivesse esperança de que eu estivesse viva...
Eu abri a boca, mesmo sabendo que ele não iria ouvir, para poder lhe dizer palavras de conforto, para lhe confortar sobre a minha própria morte. Mais então senti a atmosfera ficar pesada e sombria. Me virei bruscamente para trás e o vi entrando. Ele estava com um terno branco e andava analisando todas as pessoas no recinto ate encontrar minha mãe, se aproximou dela e a abraçou.-Não a toque! - gritei e inutilmente tentei empurra-lo para longe mas como você já deve saber, minhas mãos o atravessaram.
Olhei ao redor e vi todos chorando, meu pai em cima de meu corpo chorando, mamãe no mesmo estado, todos se encontravam assim por causa da minha morte. Foi ai que eu aceitei
Eu estava morta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Última Estrela { Em Revisão}
Short Story"Meu nome e Hazel Blaise e eu me lembro que no dia em que tudo aconteceu o céu estava estrelado e também me lembro de ter visto uma estrela cadente , lembro que Fechei os olhos com muita forÇa e desejei que tudo fosse perfeito , lembro também que...