Balas de menta

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Eu tinha que partir... Aquela casa me sufocava a cada vez que eu passava da porta para dentro. A casa da minha mãe, a qual eu vive minha adolescência, minha juventude... Agora com 23 anos, aquela mesma rotina já me sufocava, aquele terrível hábito da minha mãe de querer me controlar me enlouquecia. Era sábado à noite, e eu ali mofando em casa, até que surtei. Coloquei um vestido colado, passei umbatom vermelho, rímel, blush bem levemente, deliniador estilo gatinho, prendi meu cabelo em um coque, coloquei meus saltos pretos e fui pegar um táxi. Aproveitei que minha mãe tinha caído no sono enquanto via novela. Peguei o primeiro táxi, com sorte pois mal havia descido. Quando entrei me dei conta que ainda não tinha um destino. Então perguntei ao taxista qual a boate mais próxima e então ele me disse que era a Beat and Fast me parecia perfeito já que tudo o que eu precisava era de algo novo.

Então fomos para a boate, ao chegar, paguei uns 100,00 R$, suados, do meu emprego como secretária. Entrei, e logo me deparei com aquele monte de pessoas bebendo e dançando. O lugar era enorme embora de fora não parecesse, mal podia andar, então passei com os braços reprimidos e colados em meu corpo. Cheguei ilesa até o balcão, que ficava lá no fundo. Puxei uma das enormes cadeiras, e sentei ali para pedir uma bebida. Queria beber para ficar mais solta e menos nervosa. Já que nunca havia vindo em um lugar como esse. Chamei o garçom e pedi uma tequila, beber não era problema, eu já estava acostumada sempre bebia sozinha em casa. Eu estava curtindo a música, estava tocando Work da Rihanna com o Drake, eu amo essa música o que já me fez me sentir mais a vontade.Quando alguém cutucou meu ombro, virei bruscamente e lá estava aquele branquelo, de olhos verdes. Um cara de tirar o fôlego, fiquei sem graça, então somente sorri.

Ele É Pior Que CrackOnde histórias criam vida. Descubra agora