Eu Sou Lexa

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Desculpem a demora, eu estava com esse capitulo até a metade pronto, mas minha criatividade barrou depois desses últimos episódios de the 100... CRYING A LOT!!! A música ali em cima vai ajudar numa parte do capítulo, se quiserem ouvir :) Boa leitura! Obrigada pelos likes e pelos reviews, obrigada mesmo!

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A matéria ridícula do Pike foi boicotada pela primeira página da maioria das revistas de NY: Grounders Girls abrem vagas para a seleção de uma guitarrista. Quem será a escolhida? Por incrível que pareça, estou aterrorizada. Não é como se já não existissem holofotes em cima de nossas cabeças, mas é a primeira vez que isso estoura de uma forma absurda parando em todos os canais que escolho na TV. Isso já me deixa zangada, por isso jogo o controle para cima da mesa.

- Qual a da cara de enterro? - Octavia aparece saltitando de um lado a outro com aquele bendito salto alto tinindo no piso. Estou a um passo de arremessa-la janela a fora.

- Por que é que você é a única que está feliz com isso? - Raven rebate.

- Ora, estamos em todos os canais, e além disso, ser jurada de uma seleção, poder ver várias garotas se matando pra entrar... É fascinante.

- É doentio.

- Tanto faz, Clarke. - ela dá de ombros. - Já faz quase uma semana e recebemos quase mil candidatas, a primeira audição é esta tarde.

- Por que você está estão informada? - de repente, a indagação de Raven abre um parêntese que por muito tempo esteve aberto somente em nossas cabeças.

- Hm, - Octavia cutuca as extremidades da unha. - devo ter conversado com Lincoln no almoço, não sei.

- Oh, meu Deus! - Raven lhe tasca uma almofada na fuça. - Você está transando com ele.

Pela primeira vez, vejo Octavia corar. Estou adorando o espetáculo.

- Até parece que vocês nunca notaram, me poupem. - ela trota até um fofão e se esparrama ali mesmo. - Lincoln é profissional, ele não mistura as coisas.

- Ah, isso é verdade. - ergo o dedo. Ambas de repente me olham com um ar de indignação, embora O. pareça um pouco furiosa. - Ei, eu não transei com ele, só estou concordando.

- Okay, - Raven revira os olhos e da de ombros. - conte-nos os detalhes sórdidos.

- Eca! - faço uma careta. - Eu não quero ouvir isso.

- E eu não vou contar isso para vocês.

- Ah, - Raven esparrama os braços em volta do corpo, decepcionada. - vocês nem sabem brincar! Até parece que nunca deram nota, mediram o tamanho da coisa, se já fingiram orgasmos, essas coisas que amigas contam.

Octavia e eu trocamos olhares esbugalhados, no menor dos adjetivos, assustadas.

- Voltei para o colégio de freiras e não sabia. - ela resmunga, fechando a cara.

Não consigo segurar, solto uma gargalhada debochada seguida por Octavia. Rimos por tanto tempo que Raven acaba se juntando a nós. Esse, por enquanto, é a melhor parte do meu dia.

Como Octavia havia nos informado, esta tarde seria o dia das audições, então dá-se essa explicação pela movimentação no teatro que foi escolhido para televisionar. É tudo questão de imagem. O teto alto, as luzes amarelas e vermelhas, o palco de madeira, as cadeiras marrons de veludo que seguem uma sequência. Este lugar me trás uma sensação de claustrofobia, porque me lembra muito as minhas primeiras audições, o meu medo do público, as mãos suando, a gritaria, a probabilidade de reprovação. Mas aqui estou eu, caminhando de um lado a outro com um ponto na orelha e um aparelho de audição preso na minha cintura. Estou repassando um roteiro... É, todas temos um roteiro com palavras que nos ajudarão a julgar um membro. O quão estranho isso pode soar? Não temos direito e nem controle sobre o que falamos, como alguém pode suportar tantos anos no mundo da música? Ah, esta vida tanto quanto é bela, é asfixiante.

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