Faltava precisamente trinta minutos para a próxima consulta com o Armstrong. E estranhamente, sentia-me nervosa e até um pouco ansiosa. Não conseguia entender ao certo o porquê de sentir isso. Mas o facto é que até as palmas das mãos estavam a suar.
Respirei profundamente uma dúzia de vezes. Na tentativa de me acalmar. Procurei manter a mente ocupada, organizando tudo. Tudo estava nos conformes. Como era previsto. Porque a verdade é que Molly se encarrega disso.
Umas pancadinhas suaves vindas da porta captaram a minha atenção. Cinco minutos. Ainda não estava na hora.
- Sim? - Falei incomodada.
Molly espreitou imediatamente com um sorriso educado no rosto. - Doutora. Tomei a liberdade de lhe trazer um café. - Fiz sinal para que entrasse.
- Obrigada Molly. - Falei recolhendo a chávena quente. - Mais alguma coisa?
- Sim. A senhora Gilford desmarcou a consulta das dezassete e remarcou para quarta. E o senhor Ferguntton agendou para quinta às treze horas. - Assento com a cabeça indicando que se poderia retirar. Ela parou por um segundo. - Doutora?
-Sim Molly? - Perguntei sem paciência.
- O Sr.Armstrong já se encontra na sala de espera. Mando entrar?
Ponderei o que responder. Se ele fosse uma pessoa normal, com certeza não haveria problema. Mas sendo ele uma celebridade metida a besta deveria esperar.
- Molly... Ainda não está na hora ele que esper...
- Anna! - A figura exuberante e carismática encontrava-se na porta. - Espero que não te importes. A verdade é que estava farto daquela sala de espera monótona.
A chávena tremeu na minha mão, e eu esforcei-me para não lha atirar sobre aquele sorriso encantadoramente estúpido.
Molly permanecia estática enquanto Billie passava sentando-se no divã que lhe correspondia. Retirando-se de seguida ela balbuciou algo, que pude perceber como sendo desculpa.
Assim, que a porta fechou volteia minha atenção para Billie. Este encontrava-se com o gravador na mão. Carregando no play ele inspirou.
- Segunda feira, 22 de fevereiro de 2016. Billie Joe Armstrong, 44 anos de pura sensualidade. 16:25pm. Terceira sessão. - Ele falava com voz anasalada visivelmente divertido com a situação. Frustrada Pousei a chávena com força e aproximei-me rapidamente dele. A tentativa de lhe retirar o gravador da mão era em vão. Bufei irritada. - Estive bem não estive, Anna?
Agitando o gravador na minha frente, Estiquei a mão para o agarrar no mesmo instante que ele o afastou. Cambaleei acabado por cair sobre ele. As suas mãos estavam sobre a minha cintura, rodeando-me num aperto agradável. Demasiado agradável. A minha respiração formou-se pesada, estávamos tão próximos. Tão colados, o seu perfume invadiu as minhas narinas. Uma mistura tóxica de colónia, tabaco e amaciador de roupa. Deus aquele era o odor mais sedutor do mundo. Assim que os meus olhos percorreram o seu tronco, focaram-se nos seus lábios.
As suas mãos deslizaram pelo tecido fino da minha saia travada, enquanto a sua língua humedeceu os seus lábios. Aquele simples acto prendeu-me num transe de plena luxúria. Puxando-me mais para ele, eu pude sentir mais o seu corpo colado ao meu. O desejo era evidente, e preenchia todo o espaço no escritório.
Perdida no momento, deixei-me levar. Ele aproximou os seus lábios dos meus juntando-os num beijo calmo, curioso, sedutor. A sua mão direita deslizou sobre o tecido da saia explorando, percorrendo o material fino da minha meia de liga do joelho até ao meu rabo despido por baixo da saia. Apertando suavemente mas com alguma firmeza. Eu gemi, mordendo o lábio.E foi então, que como um clique eu percebi o que estava prestes a fazer. Afastei-me num impulso, cambaleando para trás tentando manter a compostura.
Meu Deus!! O que estava prestes a fazer? Com o peito a arfar e uma erecção visível Billie olhava para mim sem entender.
- Billie... - A minha voz saiu fraca, e aguda demais. Limpei a garganta e tentei de novo. - Acho que as nossas sessões terminam hoje. Isto que aconteceu, foi...
- Incrível?
- Não. Foi...
- Extremamente sexy?
- NÃO! - Guinchei. - Foi...
- Definitivamente maravilhoso, e acho que não deveríamos parar assim. Não comigo assim querida. - Os seus dedos apontaram para a sua erecção presa nos seus jeans apertados.
Por momentos os meus olhos ficaram presos sobre aquela evidência, mas assim que ele caminhou até mim. Esforcei-me por raciocinar claramente, sem pensamentos menos próprios.
- Tu és casado! - Exclamei pausadamente. Ele não falou nada apenas deu mais um passo. Coloquei as mãos no seu peito e forcei-o a parar.
- Anna... - Ele gemeu. A forma como o meu nome soava da sua boca para fora era fascinante. - Eu só ainda estou casado por conveniência. - E dito isto os seus lábios estavam de novo sobre os meus. Desta vez num beijo selvagem que me arrastava para um precipício profundo.
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ANAMNESE CLINICAL PSYCHOLOGY (Em Pausa)
Fiksi Penggemar- Dr.Sanders? - Sim? - O paciente chegou. Isto é apenas uma fanfic, nada do que está descrito é real! :D