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"Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir [...]" - Lulu Santos.

O tempo passou depressa, o que ajudou Tainá a superar suas decepções amorosas, contava sempre com seus velhos amigos e vivia fazendo novas amizades. Pessoas do passado surgiram algumas vezes querendo fazer parte do presente dela, mas a mesma não queria ficar "repetindo figurinha", pois é como diz o ditado popular: figurinha repetida, não completa álbum.

Felipe estava querendo tornar a sua amizade com Tainá, numa "amizade colorida", ele estava triste por alguns motivos e ela havia ajudado a ficar melhor, por isso ele queria está cada vez mais próximo. Tainá, não sabia se isso daria certo, pois tinha medo de perder sua amizade caso algo acontecesse de errado.

Os pais de Tainá resolveram se mudar para outra cidade e ela iria junto com eles, ela aproveitou chamou uns amigos mais próximos para se despedir. Felipe implorou para que ela não fosse embora, mas não tinha jeito, ela teria que partir. Eles estavam na "amizade colorida" que Felipe havia proposto, Tainá estava com medo, pois o sentimento dela havia mudado em relação à ele e ela não sabia se àquilo daria certo. Então, ir embora da cidade, por mais triste que fosse, a distanciaria dele e ela poderia pensar com mais clareza.

Semanas depois que ela se mudou, Felipe deu a notícia à ela, que ele havia começado a namorar com uma menina da rua dele. Ela não conhecia, mas deveria estar feliz por seu amigo ter encontrado alguém que gostasse dele e o sentimento fosse recíproco, porém no mesmo instante pensou: "talvez se eu não tivesse ido embora, a namorada seria eu. Ele é tão legal, merece alguém que o faça feliz e possa estar mais perto que eu, porque eu sou apenas a AMIGA". Esta última palavra ela repetia milhões de vezes, como se quisesse convencer a si mesma.

Apesar de não demonstrar ela tinha ficado abalada com aquela notícia, sabia que não deveria ter se envolvido até aquele ponto, mas não dava para voltar atrás. Agora era olhar para frente e continuar... O pior de tudo, era que Felipe era mulherengo e apesar de estar namorando ele queria continuar com Tainá, mas ela não aceitava aquilo e acabou com a amizade colorida deles.

Tainá foi morar num condomínio, onde fez amizades com o pessoal jovem, o problema dela é que quando ela estava com a vida amorosa conturbada, ela ficava vulnerável e os caras quando viam isso se aproveitavam e um dos seus novos colegas percebeu isso. Mas, ela estava abalada demais com o último acontecimento, que não percebeu que João apenas queria se aproveitar dela.

Ele se aproximou como quem não quer nada, foi conquistando-a, envolvendo-a e ela deixou tudo acontecer naturalmente, quando percebeu eles já estavam juntos, ele tentou ensinar Tainá a tocar violão, mas ela preferia vê-lo tocar, vivia convidando ela para tomar banho de piscina... Estava tudo bem entre eles dois, até que ele quis avançar na relação.

Tainá, estava um pouco receosa na parte do "avançar", pois seu sonho era se envolver mais à fundo com alguém que ela realmente amasse e quisesse casar, mas esse "alguém" não queria nada com ela, por outro lado ela tinha medo de ficar velha e não adquirido experiência suficiente, por este motivo resolveu se deixar levar pelo calor do momento.

Certa noite, ela estava só, ele se ofereceu para levar um filme para ambos assistirem. Eles até tentaram se concentrar um pouco no filme, mas o clima entre os dois estava melhor do que à televisão. Tainá sabia que não queria se envolver a ponto de se apaixonar, até porque ele não fazia o "tipo" dela, ele tinha cabelos pretos, olhos escuros, magro e branco. Tainá estava tentando se recuperar do trauma que ficou por se apaixonar por homens brancos, então esse ela não iria se apaixonar e repetia isso para si mesmo, como se fosse um mantra. Eles começaram a se beijar, ali mesmo no sofá, João explorava as costas de Tainá com as mãos, ao ver que ela não demonstrava resistência, foi descendo a mão.

Ela não era nenhuma menina inocente como demonstrava ser, já tinha tido certas experiências, porém nenhuma saiu das "preliminares". Como ele estava sendo gentil e carinhoso, ela deixou para ver até onde ia, afastou todos os pensamentos e aproveitou o momento... O beijo foi ficando intenso, um calor começou a tomar o corpo dos dois, um ajudou o outro a se livrar de suas camisas, mas sem afastar os lábios por muito tempo. Tainá rapidamente pensou: ainda bem que meu sutiã hoje é bonito.
O sofá estava pequeno para eles, então João sugeriu de irem para o quarto, Tainá concordou. Quando eles entraram ele resolveu se livrar logo da bermuda, ajudou Tainá a retirar o short e foram para cama. Eles foram para as preliminares, ela não considerou como "a pior da sua vida", mas com certeza não tinha sido "a melhor". Ao perceber que ele queria "avançar", Tainá interrompeu para fazer uma pergunta, super importante.

- Ei, João. Espera um pouco, você trouxe proteção?
- Poxa, esqueci. Mas, podemos fazer sem.
- Nem em sonho! - Disse Tainá se recompondo e acabando com o clima.
- Hum... Então, está bem. Vamos terminar de ver o filme. - Disse João chateado com a reação de Tainá.

Tainá estava certa em querer proteção, principalmente porque seria a primeira vez dela. Além disso, ela estava nervosa porque não tinha noção de como seria. Será que eles tentariam novamente?

Na Contra Mão Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora