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Twitter: @giovanasibille
Snapchat: gi_sibilleO barulho de passos no corredor me fez acordar. Já fazia dois dias que estava acordada, mas precisava continuar de cama, pois de acordo com o médico, "Anne não está forte o suficiente."
Mais uma vez o barulho de passos me chamou a atenção. Depois do que aconteceu comigo, qualquer barulho me assustava.
Mordi o lábio inferior prestando atenção nos barulhos fora do quarto. Depois de um tempo eles se afastaram e eu respirei aliviada. Alarme falso.
Ainda tinha medo que Peter voltasse a fizesse algo comigo, por mais que Justin estivesse ali comigo para me proteger, era inevitável ficar medo.
- Anne, não consegue dormir?- sorri para Justin, que levantou-se do sofá cama em que estava deitado.
- Estou bem, estou só sem sono- suspirei me sentindo dando espaço para ele se sentar ao meu lado na cama.
- Não precisa ficar com medo, eu estou aqui com você- sorri assentindo e repousando minha cabeça em seu ombro. Seu toque me acalmava.
As lembranças ainda estava vividas em minha cabeça. Tudo que passei até conseguir acordar, e a lembrança da minha mãe estava cada vez mais forte em minha cabeça.
Eu gostava de pensar que tudo que passei foi um teste, algo como para ver se eu merecia acordar e continuar minha vida. Por mais que provavelmente tenha sido tudo coisa e minha cabeça.
- Quer que eu cante para dormir?- Justin sussurrou no meu ouvido enquanto abraçava meus ombros me apertava contra si.
Assenti fechando os olhos e inalando seu cheiro inebriante, que fazia minha cabeça girar e meus sentidos desaparecerem.
Sua voz suave soou pelo quarto em uma suave música que eu havia o ensinado. A foi com sua voz que mais uma vez adormeci aquela noite.
●●●A água quente caía em meu corpo enquanto eu tirava o shampoo do meu cabelo. Eu iria receber alta e estava no banho para finalmente ir embora. Justin estava com meus pais na recepção cuidando de todos os papéis para poderem me liberar, então eu estava sozinha no quarto.
Durante esse tempo em que estive internada não tiveram notícias de Peter, o que particulamente era estranho. Ele não iria desistir tão fácil, eu tinha quase certeza de que ele iria tentar algo.
- Anne, já está pronta?- Justin perguntou entrando no quarto quando eu estava terminando de trocar de roupa.
- Já estou pronta- sorri para ele enquanto terminava de fechar meu casaco.
Ele sorriu para mim enquanto pegava minha pequena mapa sobre a cadeira ao lado da cama e estendia a mão para mim.
Sorri de volta segurando sua mão enquanto caminhávamos para a porta.
Um barulho algo foi ouvido e nós dois fomos lançados para o outro lado do quarto. Minha cabeça latejou pelo impacto enquanto um zumbido em meu ouvido me impedia de ouvir Justin a minha frente falando comigo.
- Anne, você está bem?- sua voz foi tomando forma enquanto o zumbido ia desaparecendo.
- O que aconteceu?- perguntei me levantando com a ajuda dele.
- Foi uma explosão, temos que sair daqui, o prédio vai desabar.
- Meus pais Justin- fiquei desesperada por um momento sem saber o que fazer.
- Não se preocupe, eles já tinham saído, iriam esperar a gente no carro- assenti tentando manter mente focada no agora.
Uma saída, era isso que eu precisava. Minha cabeça começou a trabalhar procurando uma rota de fuga.
- Vem- Justin segurou minha mão me puxando em direção a janela, ja que a porta estava bloqueada por pedaços de concreto.
- Justin, estamos no quinto andar, nao dá para pular- protestei vendo ele abrir a janela e olhar ao redor.
- Nunca disse em pular. Vamos para o outro quarto. O parapeito é o suficiente para podermos andar até a próxima janela.
Assenti sentindo minhas mãos começarem a soar em nervosismo- não se preocupe, vou estar atrás de você.
Mordi o lábio subindo no parapeito da janela sem olhar para baixo. Sabia que se eu olhasse iria me desequilibrar.
Arrastei meu pé para o lado seguido do outro, enquanto olhava para o céu e tateava a parede com os braços estendidos.
- Só mais um pouco Anne- ouvi a voz de Justin e assenti sem olhar para baixo.
Assim que senti a janela sob meus dedos suspirei aliviada, empurrei a mesma e pulei para dentro do quarto vazio enquanto respirava fundo. Eu havia conseguido. A porta estava intacta então a gente iria conseguir sair.
- Vamos, precisamos sair rápido daqui- Justin puxou minha mão e começamos a correr pelo corredor vendo muitos corpos pelo mesmo. Foi muita sorte estarmos vivos.
A escada de emergência estava vazia e as luzes piscavam vez ou outra.
- É impressionante ainda estarem vivos- aquela voz me fez parar junto com Justin.
Peter estava a alguns degraus abaixo de nós, logo após a curva da escada.
- Foi você que explodiu esse hospital- sussurrei arregalando os olhos.
- Você acha mesmo que passei esses dias sem fazer nada? Pensei que disse mais esperta Anne.
Engoli em seco enquanto apertava a mão de Justin na minha. Pelo canto do olhos conseguia ver a porta do segundo andar.
- Vamos recuar Justin- sussurrei em seu ouvido- estamos no segundo andar.
Ele assentiu segurando minha mão com mais firmeza.
- Sem sussurros Anne- Peter alertou enquanto observava a arma em sua mão. Seu olhar vidrado no objeto em suas mãos era assustador. Ele estava louco.
Puxei Justin para a porta e assim que passamos por ela ouvimos um tiro e um xingamento.
- Corre Anne, não olha pra trás- Justin alertou e eu não fiz nada além de obedecer.
Ele me empurrou para um quarto ao nosso lado me fazendo cair no chão. Os tiros contínuos me asustaram a ponto de só conseguir levantar com a ajuda de Justin. Ele abriu outra porta que dava para o outro corredor e me puxou pelo mesmo.
- Não adianta fugir Anne, você acabou de entrar em um jogo de sobrevivência. Ninguém entra ou sai daqui até que um de nós dois morra.
Se ele queria um jogo, eu iria jogar, e iria ganhar.Oii gente. Não demorei tanto quanto da outra vez. Espero que vcs tenham gostado deste capítulo, nao esqueçam de votar e comentar, ajuda muito a dar um incentivo a escrever.
Até o próximo, bjuus.
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My Dear Dream
Rastgele"Tudo que eu queria era ela aqui comigo. Seria egoísmo meu querer Anne apenas para mim?" "Acordar. Era isso que eu queria. Abraçar Justin e ter seus beijos." "Ela tinha que voltar" "Era como um sonho, e eu estava desesperada para acordar." Plágio é...