Revirei os olhos pela décima vez naquela lembrança. Era meu primeiro encontro, e até hoje eu não tinha ideia de como eu saí com aquele cara. Justin tinha me avisado naquela época que não valia a pena.
- Então Anne- ele estacionou o carro na porta da pequena casa branca com um jardim bem cuidado na frente. A primeira casa de Justin.
- Eu tenho que ir Josh, foi ótimo, tchau- abri a porta e desci correndo até a porta de entrada e passando por ela.
Me vi no meu quarto aconchegante da mesma casa branca. Sem móveis, com caixas empilhadas umas sobre as outras e minhas malas feitas em um canto.
- Pronta Anne?- Justin apareceu atrás de mim e eu assenti já sabendo que estávamos nos mudando para a mansão.
- Claro- respondi sorrindo.
Certamente, essa era uma memória boa, eu me sentia bem nela, era como se eu quisesse ficar aqui para sempre, mas não podia, eu tinha que acordar e voltar para a vida real. Eu penso as vezes, que isso é um sonho, que enquanto estou em coma, revivo o passado para ficar pronta para o futuro.
Assim que passei pela porta, percebi que a memória era a mesma. As malas em minhas mãos demonstravam isso, e eu estava bem feliz por poder estar em um lugar que eu gostava.
Era bom estar revivendo uma das melhores épocas daqueles dois anos, quando Justin ainda era um iniciante no trafico e morava em uma pequena casa. Antes de toda as coisas de se ter inimigos, invasões a mansão e uma vida agitada.
- Vamos logo Anne, quero ver o que você vai achar da casa nova- Justin dizia animado enquanto me esperava no batente da porta.
Já era uma época que ele falava comigo, era meu melhor amigo, havia acontecido um pouco antes de nos mudarmos para a casa nova.
- Tenho certeza de que vou gostar Justin- sorri e passei depois de pela porta.
Eu ainda estava tentando me acostumar as mudanças repentinas de ambiente assim que passava pelas portas, era como uma filmagem, se eu quisesse era só apertar um botão e ir para a próxima, neste caso, era só atravessar uma porta.
A sala luxuosa da mansão me fez congelar. O sofá branco tinha respingos de sangue, assim como na parede próximo a cozinha. Dois ou três corpos estavam deitados no chão me fazendo sentir náuseas. O cheiro de sangue naquele ambiente era profundo e me fazia quer desmaiar pela grande quantidade espalhada.
Senti mãos em minha nuca e um metal frio se encostar contra minha cintura enquanto me virava para a porta de entrada, me fazendo ver Justin parado, apontando a arma para onde eu estava.
- O carregamento ou ela morre- senti o metal se afundar em minha cintura fazendo um rasgo por onde o sangue escorria. Grunhi de dor tentando não me remexer. Essa seria uma de minhas cicatrizes.
O homem atrás de mim, que queria a carga de drogas do Justin, puxou a faca de minha cintura e a postou em frente ao meu pescoço, fazendo a lâmina se encostar a minha garganta. Qualquer mínimo movimento fazia a lâmina se afundar na minha pele, até mesmo engolir em seco, que foi o que eu fiz me arrependendo por isso. Podia ser uma lembrança ou uma memória, mas a dor, eu sentia como se estivesse realmente acontecendo.
- Solta ela- Justin não baixou a arma, mas isso não me deixava melhor. Se ele atirasse, acertaria em mim.
Eu ficaria nessa situação por um tempo. Um longo tempo. E no fim, eu ganharia mais uma cicatriz de bala.Pov Justin.
Seu rosto estava sem expressão. Ela parecia que estava dormindo e de logo iria acordar, mas essa não era a realidade. Desde a dois dias, quando ela veio para o hospital, ela parecia que estava sonhando.
Me apoiei na sua cama, ainda olhando em seu rosto, enquanto brincava com os dedos de sua mão. Beijei cada um deles acariciando sua palma, com a esperança de que ela sentisse, soubesse que eu estava aqui, esperando ela acordar.
Os pais de Anne, vieram visita-la, mas eles diziam que não conseguiam ver a filha numa situação tão ruim quanto essa.
Peter simplesmente desapareceu; Marco começou com as buscas sem mim, para me ajudar.
Meus pais não haviam chegado do Canadá e não sabiam de Sarah até agora e eu sabia que isso iria dar problemas, e muitos.
Fechei meus olhos apoiando minha testa na cama e fiquei ouvindo o som dos aparelhos presos a Anne.
O medidor de batimentos cardíacos começou a acelerar de repente me fazendo encarar a máquina enquanto o barulho ia acelerando. Seu coração estava batendo muito rápido, e isso estava me assustando.
- Anne- toquei seu rosto, aproximando minha boca de seu ouvido- calma, eu estou aqui. Calma- encostei minha testa na sua, sussurrando- eu estou aqui.
Os batimentos começaram a voltar ao normal, até que o ritmo estava mais lento.
Ela devia estar tendo um pesadelo. Por um lado, ela estava mesmo dormindo, mas por outro, ela não iria acordar só porque eu quero. Ela iria acordar no momento que ela quisesse, isso era com ela.Geeeente, eu demorei, mas foi por culpa do natal e do ano novo (feliz ano novo gente kkkk) eu fui passar na chácara do meu tio e não tinha sinal. ZERO DE SINAL. Fiquei sem celular também, ai não consegui postar.
Sei que está só com 800 e poucas palavras e geralmente faço com 1000 e poucos, mas eu realmente não consegui escrever mais. Eu publiquei para não ficar em divida com vocês.
Por hoje é só, bjuus.

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My Dear Dream
Random"Tudo que eu queria era ela aqui comigo. Seria egoísmo meu querer Anne apenas para mim?" "Acordar. Era isso que eu queria. Abraçar Justin e ter seus beijos." "Ela tinha que voltar" "Era como um sonho, e eu estava desesperada para acordar." Plágio é...