o nosso para sempre começa agora

Capítulo 18

Capítulo 18
A noite, virando de um lado pro outro, Atena não conseguia dormir. A cama era enorme e ela sentia falta daquele abraço quente e forte envolvendo ela, tornando seu sono seguro. Ficou por muitas horas pensando na briga, tentava entender o lado de Romero, mas também queria que ele entendesse que só mais alguns meses roubando seria o suficiente, e que nada de mal aconteceria. Ou será que aconteceria? Estava cansada, queria conseguir parar de pensar, mas não conseguia. Decidiu ir até a cozinha tomar uma água, quem sabe ajudava o sono vir. Foi até lá, passando pela sala, observando Romero ainda acordado. Ela não disse nada, passou ali como se estivesse sozinha. Ele percebendo sua presença, inclinou a cabeça no sofá, mas como ela não dava o braço a torcer, ele preferiu permanecer frio. Atena tomou sua água, e quando virou-se para voltar deu de cara com Romero ali.
A: Que susto Romero! Quer me matar do coração? - Ela diz tentando pegar ar.
R: Até quando você vai me tratar desse jeito? - Ele disse segurando fortemente seus braços desde o momento do susto.
A: Até a hora que tu perceber a burrice que tu ta fazendo. - Ela sai, puxando seus próprios braços das mãos dele.
R: Atena, volta aqui, Atenaaaa. - Ele diz quase gritando, mas não adianta, ela segue pro quarto trancando a porta.
R: Que droga! Sempre tem alguma coisa pra atrapalhar. - Nervoso ele segue pro sofá da sala, e fica ali horas e horas até conseguir dormir.
No dia seguinte, Atena desperta primeiro que ele. Depois de se trocar ela segue até a cozinha, onde o velho já preparava o café da manhã.
Asc: Bom dia Ateninha! - O velho diz humorado e feliz.
A: Bom dia pra quem ô velho?! - Mau humorada, Atena reponde.
Asc: Parece que a noite dos pombinhos não foi muito boa em. Ainda aquela história dos golpes?
A: O Romero é uma anta né velho? Um bundao! Ta com medinho de dar uns golpezinhos, eu não tenho paciência.
Asc: Olha Ateninha, eu sei que a gente fez isso a vida toda, mas acho que dessa vez ele tem razão.
A: Até tu contra mim agora?
Asc: Não to contra ninguém, mas acho que agora é hora da gente viver diferente, dar uma boa vida pra esse gurizinho que ta vindo aí.
A: E como é que os dois gênios pretendem arrumar grana? Trabalhando?
Asc: E por que não? Eu já to velho, mas o Romero ainda é novo, ele pode arrumar alguma coisa mais fácil que nós dois.
A: Romero é doente velho, além de que ele não sabe fazer nada!
Asc: Será que não sabe mesmo? A gente sempre sabe fazer alguma coisa Atena. Pensa nisso.
A: Tu ta falando demais, prepara logo aí esse café que teu neto ou tua neta ta morrendo de fome. - Ela alisa a própria barriga e seus olhos se perdem ali perto, na sala, onde Romero dormia. Silenciosamente ela caminha até lá. Vê ele dormindo desajeitado no sofá, e se arrepende de o ter expulsado do quarto.
A: Tão bonitinho esse rosto, essa cara de carente, mas é tão burro de vez em quando. - Sussurrando ela diz e deposita um beijo no rosto dele depois de ajeitar sua cabeça no travesseiro.
Romero estava acordado, mas fingia dormir e aproveita o carinho da esposa. Logo ela segue pra cozinha. Ele se levanta rápido, se ajeita e corre até a cozinha pra tomar café com os dois.

Será que agora eles fazem as pazes? Não sei não em! Um mais cabeça dura que o outro!
-Lívia