Contagem regressiva: 1 mês

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Newt olhou ao redor e se sentiu totalmente comprimido entre as copas gigantescas das árvores que cercavam o parque a sua frente e os diversos arranha céus que circundavam sua vista

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Newt olhou ao redor e se sentiu totalmente comprimido entre as copas gigantescas das árvores que cercavam o parque a sua frente e os diversos arranha céus que circundavam sua vista.

- Você mora na boca do Central Park? – perguntou assustado, afinal, sabia que ali se encontrava o metro quadrado mais caro de Nova Iorque.

- Sim, moro nessa cobertura aqui – falou apontando para o prédio a sua frente ao estacionar o carro na faixa para o manobrista – Vem, vamos descer. Quero te mostrar tudo! – disse animado saltando da pick up e jogando a chave para Clark.

Thomas, como um perfeito cavalheiro, fez as honras e abriu a porta do hall para o amigo entrar. O salão de pé direito duplo roubou o ar dos pulmões de Newt. Era diferente de tudo que já tinha visto antes: piso de mármore mesclado, com tapetes brancos gigantescos, um lustre cheio de pedras brancas lindas onde imaginou facilmente a cantora Sia agarrada nele cantando "Chandelier", sofás pretos no estilo Luís XV e espelhos. Muitos espelhos espalhados por todos os cantos. Lembrou de quando era um menininho e havia se perdido na sala de espelhos de um parque de diversões quando ainda morava em Londres e sua mãe fazia parte do clã Sangster.

Bem impaciente, Thomas aguardava o elevador que não descia nunca. Já era a quarta vez que socava a porta dourada a sua frente, quando o zelador o advertiu que ele estava com problemas e que os garotos infelizmente teriam de subir pela escada. O maior então deu meia volta e puxou Newt pela mão, levando o loiro para o lado oposto da escadaria.

- .... Mas foca retardada, a escada fica para aquele lado... – Newt disse encarando a porta ao lado do elevador, enquanto era arrastado para fora do prédio.

- Se vamos subir a pé 35 andares, que seja da maneira mais decente e excitante – deixou escapar um sorriso mal-intencionado, que fez o loiro gelar a espinha.

Thomas deu a volta no prédio e passou a subir pela escada secundária de incêndio, que se encontrava na viela lateral que separava uma construção da outra. Estendeu a mão ao menor, que agarrou desconfiado.

- Acho que não faço isso desde que tinha 9 anos! – o moreno comentou empolgado, subindo os degraus de dois em dois.

- Acho que não vou chegar aos 18 para contar alguma vantagem sobre isso! – brincou Newt, que já estava suando frio a medida que eles se afastavam do solo.

- Calma loirinho! Faltam só mais 30 andares e a vista só começa a ficar boa a partir do vigésimo terceiro! – se gabou pegando mais folego e dando um gás nos lances seguintes.

Newt nem se atreveu a contar os andares e muito menos a olhar para baixo. Tinha acabado de descobrir uma nova fobia: medo de altura. Lembrava que essa era a terceira da lista. Na primeira estava aracnofobia, adquirida desde que se conhecera por gente. A segunda era automatonofobia. Nome chatinho de se guardar, mas sabia pronunciar aquilo com precisão. Para quem desconhece, é medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrônicas, estátuas de cera ou qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível. Isso surgiu por volta dos seus dois anos de idade quando visitou o Madame Trussauds ainda na Inglaterra. Desde então tinha verdadeiro pavor a estas coisas e agora Thomas estava proporcionando a terceira – que delícia!

WallFlowers - Newtmas FicOnde histórias criam vida. Descubra agora