12 capitulo: uma jornada pelas estrelas

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Hoje fazia uma semana, uma semana desde que Gary nos deixou. Tony ainda prescisava de tempo, e nós, apesar de que o homem era um bom amigo, aprendemos a seguir em frente. Passamos os últimos dias dirigindo pela estrada e ao entardecer acampando em lugares aleatórios.
Paramos ao lado de um planalto infestado de árvores. O fogo do sol queimava o céu deixando o colorido com cores quentes, haviam poucas faíscas de azul rodeadas de nuvens de tamanhos e formatos diferentes.
-quer dar uma volta enquanto Judy dorme?
-sim - digo entrando no bosque junto à Carl.
Ficamos ziguezagueando por dentre as árvores por aproximadamente vinte minutos andando até acharmos um rio cortando o bosque.
-quer dar um pulo?
-pode ser.
-espere ai, vou ver o quão profundo é.
Fico parada de braços cruzados esperando ele se agachar à beira do rio e afundando a mão.
-o que é isso?
-o que?
-eu não sei, vou tentar alcançar - ele diz afundando até o ombro dentro da água.
-Carl, deixe quieto.
-parece uma... - ele é puxado para dentro da água soltando algumas ultimas bolhas do ar, podia se ouvir apenas o som da correnteza forte.
-CARL? - corro para a beira onde ele afundou -CARL?! - grito novamente desesperada, me aproximo.
Vejo uma mão sair da água.
-Carl? - pergunto tentando me afastar, porém sem sucesso.
Tropeço e caio de bunda na areia molhada. A mão se aproxima e com força me puxa para dentro do rio. Tenho tempo apenas de dar um último grito agudo antes de afundar completamente.
É agora, acabou.
Soltando minhas últimas bolhas de ar, a mão me solta e me pega pelo braço me levando até a superfície.
Carl ria loucamente me segurando.
-tinha de ver sua cara!
-Babaca! - digo ainda tossindo um pouco de água suja.
Ele se aproxima, porém eu o empurro para longe.
-Idiota - saio da água rindo.
-vá me dizer que não foi engraçado - se senta ao meu lado na areia.
Eu rio.
-não sei por que ainda te namoro - brinco. Ele me puxa para perto de si com um abraço.
-vo... - Carl é interrompido por passos vindos por trás de nós, ele se põe na minha frente e pega a arma no meio da areia mirando a na origem do som.
Avistamos duas pessoas saindo da mata, que logo depois de nos verem levantam as mãos ao alto assustados.
(N/A): são personagens do jogo e do livro).
Era um homem negro, alto, robusto e extremamente forte, junto à uma moça delicada de cabelos castanhos presos num rabo de cavalo caidos em cachos, com sardas respingadas no rosto.
-se acalmem amigos, meu nome é Josh Lee, e esta é... - ele à aponta com a cabeça.
-Lilly Caul - a garota abaixa as mãos e estende uma à mim - pode apertar, eu não mordo - então aperto em sua mão.
-Melanie.
Dou um aceno com a cabeça para Carl indicando segurança, ele abaixa a arma e cumprimenta ambos.
-estávamos hospedados em uma cidade próxima, saímos para buscar suprimentos, já que eles não são muito bons negociadores.
-uma cidade? Tipo... uma cidade inteira?
-é... uma cidade, querem que os levemos lá?
-seria ótimo - digo.
-vocês tem algum automóvel?
-venha - carl responde o homem entrando no bosque e seguindo para o carro.
-tem certeza de que é seguro? - murmuro.
Chegando lá todos dão passagem para o homem, cansados e tristes demais para se interessar.
Durmo a meia hora que levamos para chegar com a cabeça apoiada no peitoral de Carl encolhida ao seu lado enquanto um de seus braços me cercava.
Uma nova história estava para começar, pude sentir isso em minha própria pele ao nos ver atravessando o alto muro feito de retalhos e ouvindo as palavras de Josh ao virar seu rosto para trás com um sorriso melancólico:
-Bem vindos a Woodbury!
****
-nós moramos acima de uma lavanderia, podem dormir lá conosco.
-seria ótimo, obrigada - agradeço Josh.
O lugar era abafado e mal iluminado, mas era a única coisa que tinhamos.
Carl, eu e Judith nos juntamos em um canto.
Eu era a única acordada na lavanderia, quando no meio da noite a garotinha ao meu lado abre seus olhos.
-Mel?
-sim, querida?
-o que aconteceu com o tio Gary? - esfregou os olhos se sentando.
-ele... ele partiu
-mas... para onde?
-para as estrelas - digo quase que para mim mesma.
-e nós o veremos de novo? Quando ele vai voltar?
-nós o veremos, sim, porém vai demorar um pouco.
-será que tio Gary está gostando de lá? - deita a cabeça em meu colo.
-sim, com certeza, querida - digo agora acariciando seus cabelos loiros olhando para uma estrela brilhante que nos observava através de uma brecha na madeira colocada sobre os vidros quebrados.
Sou interrompida por gritos no andar de cima, para falar a verdade eram quase imperceptíveis, porém claros.
-então está dizendo que este tempo inteiro me usou? Quero dizer... apenas para se proteger? - grita o homem, Lilly tenta dizer algo, porém ignorada - e onde ficam seus sentimentos?
-Josh eu... - ela implora ficando sem palavras.
Então ele sai do quarto decepcionado com a mulher em que tanto acreditou.
A luz das escadas libera um feixe alaranjado na lavanderia, junto à sombra do brutamontes cabisbaixo descendo.
Ninguém havia acordado.
Avisto o homem saindo para a rua e vou atrás deixando Judith sobre o colo de Carl.
-Josh? - chego ao seu lado e passo a acompanhar seu ritmo de passos pesados.
-oi, Melanie - diz friamente com um perceptível nó na garganta.
-sei que não é de minha conta... mas está bem?
-é... se importa se eu... - a voz dele falha com certo medo da chegada de uma onda de lágrimas em seus olhos, porém é tarde demais, não consegue impedir.
Josh se senta no meio fio enterrando a cabeça nas grandes mãos cujos cotovelos apoiados nos joelhos.
-eu acreditei nela, me apaixonei e... ela nunca sentira nada por mim, estava apenas estava me usando por segurança e brincando comigo. Não acredito nisso - as lágrimas escorrem por seu rosto caindo dos pulsos para o asfalto gelado.
A este ponto estou sentada ao seu lado abraçando lhe e dizendo palavras de consolo. 
Não fazia ideia do que estava fazendo, eu mal o conhecia, porém minha intuição me obrigava.
Depois de muito chorar, Josh decide se levantar e ir dar uma volta comigo, ziguezagueavamos pelas ruas desertas e nubladas.
Ao passarmos por um grande armazém, com um homem na porta usando um avental sujo de sangue.
-Olá Josh - ele diz em um tom sarcástico - o que trouxe para mim hoje?
Ambos paramos e olhamos para trás, mas josh com certo rancor.
-você já se cansou daquela sua "amiguinha"? A lilly? Por que se não quiser mais poderia ganhar uma boa quantidade de suprimentos por noite, se esta ai também estiver disponível - ele caminha até mim me olhando de cima baixo.
Arregalo os olhos sem reação. O homem se aproxima mais e estica sua mão em direção à minha cintura até que Josh segura seu pulso com força e o arremessa no chão.
-já mandei parar com isso, Sam! - ele grita fora de si.
-você tem dívidas comigo, Josh! Uma noite com uma mulher dessas pagaria todas as suas dividas e lhe daria ainda mais - se levanta e caminha lentamente até mim.
-Eu.. Não... Tenho... dívidas!! - ele grita mais alto e mais estressado, ele empurra o outro para o chão com força fazendo o se revoltar também.
Josh me pega pelo ombro e começa a caminhar. Continuo encarando o homem jogado no chão até que o suposto "Sam" retira a arma do bolso e mira em Josh. Até que... Bang!
Continua...

Morram de curiosidade hahah ♥
Até mais Lindos&Lindas ●♡●
Bia

O Recomeço // Carl Grimes #2 TWD Onde histórias criam vida. Descubra agora