21 capitulo: queremos guerra, então guerra faremos

140 5 0
                                    

Acordo em mais um dia naquele lugar horrível, porém com a sorte de estar entre os braços acolhedores de carl.
Não queria me levantar, mas era presciso. Sento me.
Carl abre os olhos sonolento.
-bom dia bela adormecida - digo rindo.
Sabe... momentos como esse me lembram de um trecho de uma música, se encaixa perfeitamente na nossa situação, estamos presos em um quarto apertado, sendo escravizados em um APZ, e ainda consigo rir por coisas bobas.
"Não tente mudar o mundo
Ache algo que você ame
Faça-o todo os dias
Faça-o para o resto de sua vida
E eventualmente o mundo mudará".
-Olá meus queridos - Vanie abre a porta do local com um sorriso irônico - vamos levantar!
Quando sai da sala, podem se ouvir os baixos sussurros, tais como "vadia" ou "vaca".
Saímos da casa com as mãos grudadas em cordas.
Cerramos os olhos nos acostumando com a claridade. Parecíamos presos saindo das celas para um banho de sol, ah como seria bom se fosse apenas um banho de sol.
-andem! - um homem com um rifle atrás de nós grita nos apressando.
Paramos no campo onde estávamos trabalhado já há cinco dias.
O frio congelava nossos rostos. Começo o dia pegando em um martelo e lançando o repetidas vezes contra troncos de árvores caídos fazendo lenha.
Faço o mesmo movimento de segundo em segundo com uma desmotivação cada vez maior.
Após passar mais um dia entediante de trabalho eu dava minhas últimas marteladas na madeira.
Sinto duas grandes mãos em minha barriga, vão para a minha cintura e seguem descendo.
Chuto quem quer que esteja por trás de mim, as mãos me soltam.
Olho para trás, era um dos brutamontes. Jogo meu machado com força para trás fazendo o passar de raspão no nariz do homem e fincar na madeira. Era a terceira vez que este idiota fazia isso.
Saio pisando fundo em direção à fileira que meu grupo formava para ir de volta para o quarto.
Quando todos estão dentro do quarto decido desabafar.
-já estou de saco cheio deste lugar - grito - nós temos que dar um jeito nisso, eles só vão fazer coisas cada vez piores conosco, se nos acostumarmos com o que fazem agora, nos acostumaremos também com cada vez coisas mais doentias. Temos que arrumar um plano, só sei que amanhã não estarei dormindo neste chão frio! - grito indo para um canto.
Carl se senta ao meu lado.
-eu vou te tirar daqui, de uma forma ou outra - ele me dá um beijo na bochecha.
Colo meus lábios no dele procurando me remediar, as mãos dele me abraçam forte me fazendo pensar que estou segura, e dentro delas...eu realmente estava segura.
******
No dia seguinte todos estavam acordados e enérgicos, prontos para o grande dia.
-Vamos ter um ótimo dia hoje - Vanie abre a porta com um de sua coleção de sorrisos falsos.
Ela sai do local.
-com certeza teremos - sussuro maliciosa saindo do quarto.
Trabalhávamos há pelo menos meia hora quando sinto as mesmas mãos podres me envolverem.
Olho para Carl e ele simplesmente assente para mim.
-você não se cansa?
-não, nunca me cansarei de você doçura.
-pois devia - digo empurrando o com meu corpo.
-ora ora, temos uma lutadora valente entre nós.
-já te contei sobre minha habilidade com machados? - pego o meu cabo e giro acertando a cabeça de meu machado em sua jugular.
-Agora! - grito para todos do meu grupo no campo.
É possível assistir à uma verdadeira guerra. Todos correm de um lado para o outro, ouvem se gritos, tiros, urros de guerra... Pessoas de outros grupos também sequestrados se revoltam da mesma forma. Cada um lutando com um dos homens de Vanie.
Éramos aproximadamente 50 presos de quatro grupos diferentes, e 50 brutamontes em campo.
Ao final da primeira luta perdemos três de nossos cinquenta e todos os homens locais estavam mortos.
Carl se aproximava de mim quando o som de um tiro é ouvido e uma bala passa quase raspando em seu rosto.
-Carl! - grito aterrorizada.
-fique ai - ele grita ao avistar mais cem homens se aproximando - eu te amo - grita atônito.
Todos nós haviamos roubado os rifles dos homens mortos e ajeitado os em nossos braços.
Os homens marcham em nossa direção -cliché- apontando armas como verdadeiros membros de um exercício em uma guerra civil.
Aponto minha arma.
-e que o tiroteio comece! - sussurro para mim mesma dando o primeiro tiro na lateral do crânio de um homem.
Os tiros começam a soar como sirenes, um após o outro e depois em um uníssono, fazíamos um coral espetacular de gritos e berros. O sangue era derramado dos dois lados, eu mantinha um olho em mim e outro em Carl.
Homens de todos os tamanhos -maioria grotescamente gigante- se aproximavam de mim fazendo me gastar uma bala por vez, sempre acertava no peito ou na testa, queria garantir minha vitória. E a cada estrondo vindo de meus braços, eu ficava mais assustada e com a mente mais deformada. Sinto algo me atingir na cabeça, não era uma bala, parecia feito de metal, cambaleio um pouco para frente com a visão lenta e avermelhada, caio no chão, pontos pretos se alastravam em minha visão me deixando cega. Os estrondos de urros, tiros e corpos ensanguentados caindo no chão, agora apenas ecoavam em minha cabeça como uma palavra solta em um cômodo vazio.
Continua...

Adoro fazer vocês ficarem curiosos ♥ kkkk aguardeem o próximo cap.
Até mais Lindos&Lindas.
Bia °■°

O Recomeço // Carl Grimes #2 TWD Onde histórias criam vida. Descubra agora