Azul

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Azul era profundo, aquele azul era um mundo. Um mundo estranho e sem sentido, que ninguem ainda tinha visto. Por enquanto, em um momento, te pegaria desatento, um sorriso deprevenido, fazia cocégas em seu lábio, e como se fosse contagioso, contagiava aquela multidão. Como se fosse uma rebelião, o mundo dos teus olhos se abriu, vendo nesse mundo tão vil, uma simples comunhão. Seu modo indecente de nos amar, sua insolência nos uniu, e teu mundo me partiu, em mil partes de amor.
Nesses pedaços de encanto, me perdi naquele canto, tão doce do seu falar. Como penas pequenas, parecia um poema, seu dócil modo de sonhar. No desenho de flores, vi ganhar tantas cores, que estava a esperar. Pois de modo pequeno, nesse clima ameno eu queria aumentar. Aumentar a doçura dessa amarga loucura que era ainda te amar.

Crônicas De Uma Bela EstranhezaOnde histórias criam vida. Descubra agora