Acontecimentos da vida

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"Para os que buscam um relacionamento

que ultrapasse o mero estar juntos,

que vise realizar todas as suas potencialidades e sonhos,

que não se torne uma mera cadeia,

mas um momento de criação e invenção

do in-medido prazer!"[1]

Era semana de carnaval. COMO DE COSTUME O TEMPO ESTAVA NUBLADO E FRIO, sugerindo que iria chover. Eu e uma turma de amigos estávamos em círculo, uns dançavam enquanto eu e outros apenas fingíamos ou simplesmente ficávamos parados a observar. Cumprimentávamos pessoas e mais pessoas. Afinal, eu e MATHOS éramos bem conhecidos na cidade. Tínhamos uma vida bem ativa nas causas sociais e éramos muitos comunicativos, de modo que logo tínhamos amigos e mais amigos. Foi então que chegou uma linda moça chamada MEIRI. Ela tinha a pele mais para o amarelo que para o branco, magra e muito atraente, cabelos longos e cacheados e uma bela boca.

Quando ela chegou mudou todo o ambiente, se antes estava num tom desinteressante, agora estava como num arco-íris de excitação. E o mais legal de tudo, parecia está dançando especialmente para mim e VALMIR. Ao som do samba, axé, forró e calipson, MEIRI girava e rebolava e mexia os braços, tudo de forma demasiadamente sensual e provocador. Nós lançamos um desafia indireto – sem combinação – para ver de quem ela estava afim, a gente homem tem desse tipo de competitividade, ainda mais quando somos jovens. No final VALMIR levou a melhor. E eu me via deixado de escanteio, posto que as outras meninas da roda não me despertavam interesse. Repentinamente chega um grupo de meninas amigas de MEIRI. Entre elas uma morena de aproximadamente 1,80 metros, de pernas relativamente grossas e cabelos castanhos. Ela possuía, em sua face magra, olhos castanhos grandes e uma boca enorme e sexy. Vestia uma blusa curta, que destacava seus enormes duros seios, e uma minissaia de fazer suspirar. Era impossível não desejá-la, mas como se dar para notar por eu ser bem mais baixo que ela fiquei intimidado e isso fez com que eu "ficasse na minha" – como dizem.

- Cara tu me espera aqui, pois a MEIRI quer dar uma volta comigo!

- Isso significa que eu perdi... rsrsrsr... vai lá que eu te aguardo aqui irmão!

- Ok! Já vou indo! Enquanto falava me esforçava para não parecer alegre demais pela vitória, afinal, meu oponente era meu melhor amigo e sabia que derrota não anima ninguém. Somente poderia esperar que ele fosse forte e que isso não tirasse o brilho daquela noite. Dentro de mim, entretanto, estava estampado a cara da felicidade. MEIRI era tudo que eu queria numa noite de carnaval. Peguei-a pela mão, ela se despediu do MATHOS com um beijo no rosto, o que me provocou certo ciúme, e fomos para um lugar só nosso. Foram beijos e caricias e mais beijos. O seu abraço era inesquecível e seu perfume marcava para sempre, como uma tatuagem.

Fiquei crente que a noite acabara para mim. Um carnaval derrotado, triste e solitário não era bem o que eu tinha programado naquele dia. Quando ouço aquela voz feminina me falando: - os dois nos deixaram sozinhos em! E seguido a isso vi um esboço angelical de um lindo riso. Eu respondi que sim... E ela me disse que deveríamos então fazer companhia um ou outro. Meu coração disparou. Ela dançava de uma forma magica, enquanto eu, que não era bom nisso, fazia de conta. Foi aí que ela virou para mim disse que iria dar uma volta e logo depois retornaria, não era para eu sair dali. Pensei comigo que fora apenas desculpas e que iria ficar sem minha nova companhia, NELIA, e nem a chance de ariscar algo com ela havia aproveitado, tudo bem que provavelmente seria um fora certo, todavia, o que eu tinha a perder. A chuva que a muito já se anunciara para logo, chegou por fim, e eu ali perdido. Era uma chuva fina. Sinto algo no meu ouvindo e ao me virar era minha deusa de morena. Pediu-me uma bebida. A chuva estava fina e gostosa. Acalmava aquele lugar escaldante onde estava acontecendo a festa de carnaval.

Egos em ExpansãoOnde histórias criam vida. Descubra agora