desamparo part. 1

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CAPÍTULO 6 - HELPLESSNESS

Afrodite e Maia chegavam ao Décimo Terceiro Templo, andando e conversando calmamente sobre o fatídico treino no qual o mestre da Amazona de Plêiades lhe tirara todos os sentidos. No caminho, passaram pela Sexta Casa e Afrodite quase fizera menção de entrar, mas Maia se recusara. O Cavaleiro de Peixes começou a questioná-la sobre o assunto, e ela afirmou não ter nenhum rancor do mestre.

- Então, por que não fala com Shaka? Ele é uma pessoa difícil, mas quem sabe não precisa apenas de um pouco mais de compreensão? – disse ele.

- Sim, é possível. Mas como se aproximar de alguém que se defende tanto? – ela suspirou.

- Bem, vocês são mestre e discípula, devem ter pelo menos uma relação amigável. E acho que ele gosta de você, apenas é cabeça-dura demais para admitir que você é uma boa amazona.

- Eu não sei. De qualquer modo, por ora estou sob a tutela do mestre Saga. – ela disse, meio triste com a situação.

- Parece que ele está a esperando. – sorriu Afrodite, ao cumprimentar o Cavaleiro de Gêmeos, que se aproximava. – Está entregue, depois conversamos mais.

- Até mais, senhor Afrodite! – a amazona despediu-se, para depois saudar Saga.

- Tudo bem? Encontrou-se com Shaka no caminho? – ele foi direto.

- Não, parece que ele não sai da Casa de Virgem para nada. Estou preocupada, mestre Saga, não quero esse tipo de constrangimento entre eu e meu mestre.

Ele colocou a mão no ombro dela, compreendendo a situação. Estava prestes a dizer algo, quando percebeu a figura de Camus em frente à Décima Primeira Casa, observando os dois. Chamou Maia para dentro do Salão do Grande Mestre:

- Bem, hoje vamos treinar estratégia. O portador da Armadura de Gêmeos deve dominar ilusões com perfeição, mas também deve saber como usá-las... é aí que meu amigo Aster entra.

Na sala, além das mesas em que os Grandes Mestres trabalhavam, havia uma mesa com um tabuleiro de xadrez, e Aster de Altar estava em pé, parado junto da mesa. Ao ver que Maia chegara, cumprimentou-a e indicou uma das cadeiras para ela, que se sentou, cheia de expectativas.

- Maia, você e Aster vão jogar xadrez até eu achar que está bom. Quero que tentem as mais diversas estratégias, não é para facilitar um com o outro. Tudo bem? Qualquer coisa eu estarei ali, trabalhando com o Aiolos, mas de olho. – o geminiano riu, e deixou os dois jogando.

Enquanto isso...

Yuuki de Grou acabava de deixar a Casa de Libra, onde falara brevemente com Dohko - o qual estava ocupado montando um aposento para sua filha adotiva - e estava prestes a descer as escadarias, quando uma ideia formou-se em sua mente; graciosamente, e ocultando seu cosmo, passou pelo Templo de Escorpião, sabendo que seu dono deveria estar na área privativa do mesmo.

Não precisou se preocupar ao passar pela Nona Casa, pois ela sabia que seu proprietário estava no Salão do Grande Mestre substituindo o Cavaleiro de Libra em suas funções; assim sendo, arrumou seu rabo de cavalo alto, que fazia os longos cabelos rosados e ondulados balançarem ao vento.

A amazona caminhou confiante até a Casa de Capricórnio. Assim como sua antecessora, Yuzuriha, Yuuki tinha um belo corpo, sinuoso e voluptuoso. Além da Armadura de Grou, trajava uma curta saia-calça vermelha, um top rosado sem mangas por baixo da armadura, deixando sua barriga à mostra, e um leve e curto colete branco por cima.

Subiu as escadarias que levavam ao Décimo Templo, tomando cuidado para que seu cosmo não fosse percebido. Olhou o símbolo do signo de Capricórnio na fachada do local, juntamente com a figura da cabra Amaltéia, e sorriu por baixo da máscara. Redobrou sua atenção ao entrar, e rodeou a estátua que retratava Athena entregando a Excalibur ao primeiro Cavaleiro de Capricórnio; seus dedos finos tatearam a figura do homem trajado com sua armadura, a mesma que ele usava todos os dias...

A saga das Amazonas de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora