renascimento part. 2

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( ... ) Hora do almoço. Cinco jovens reuniam-se no salão onde as refeições dos cavaleiros eram feitas, após sua rotina de treinos da manhã. Um deles estava particularmente satisfeito, pois a presença do irmão estava cada vez mais constante, e ele passava a fazer parte de seu dia a dia, assim como o de seus amigos.

- Ótimo treino hoje, Ikki! Acho que estou dominando cada vez a força de meu cosmo, aliado às habilidades com a corrente de Andrômeda! - dizia Shun, animado.

- Pois sim! Hoje tivemos bastante liberdade e espaço para treinar, já que os cavaleiros de Ouro não estavam por perto... - observava Ikki.

- Realmente - disse Hyoga, servindo-se de seu almoço, trazido por uma das servas do Santuário - o que será que houve para que eles parassem de treinar tão cedo? Eles são incansáveis!

- Não sei! Por que não pergunta ao seu mestre Camus? - zombou Seiya.

- Ele é mestre de meu mestre, e me ajudou a realizar o Execução Aurora. Além disso, em uma de nossas lutas, a armadura de Aquário me escolheu. Isso não tem nada a ver com o fato de eu ter permissão para perguntar qualquer coisa a ele... Mestre Camus tem aquele jeito, mas é uma boa pessoa.

- Quando não está mal-influenciado, você quer dizer, né? - riu Shiryu, provocando o amigo.

- Se for assim, eu seria a pior pessoa do mundo, ou se esqueceram que Hades dominou o meu corpo? - retrucou Shun, sério.

- Verdade. Desculpa aí, Shun. Athena deu uma nova chance a todos nós, e devemos nos lembrar disso sempre. - Seiya ficou pensativo.

- O que foi, cara? Pensando na chance que você está perdendo com a Saori? Se liga, Seiya, a gente pode morrer feio em uma dessas batalhas e você nunca terá se declarado para ela. E aí, meu caro, como será? - Hyoga cutucou o amigo.

Ikki apenas sorriu, sarcástico. Desde que se juntara definitivamente aos amigos, sentia a obrigação de manter o foco do grupo para seus treinos, mas todos ali tinham assuntos emocionais mal resolvidos. Começando por seu próprio irmão, Shun, que abandonara uma amazona ao deixar seu antigo local de treinamento, a Ilha de Andrômeda.

- Você fala isso porque nunca teve que encarar a situação que eu estou passando! - dizia Seiya - Eu devo segui-la, protegê-la e garantir seu bem-estar, como um bom cavaleiro. Isso não inclui amor incondicional.

- Não? Pensei que tudo isso que você disse englobasse esse tal amor aí. - observou Shiryu.

- E você, Dragão, não se intrometa! Você já tem compromisso sério, não conta nessa conversa!

- Calma lá, Pegasus, olha o respeito com meu relacionamento com a Shunrei! Várias coisas aconteceram até eu perceber o quanto a amava... e pensar que quase a perdi uma vez! Ela sempre esteve lá para mim, e por isso que resolvi, com a reconstrução do Santuário, reconstruir minha vida com ela também!

Seiya continuava pensativo. Shun se manifestou:

- Acompanhando tudo até aqui, é fácil perceber que a senhorita Kido quer que retomemos nossas vidas, pelo menos ela está trabalhando muito para isso. Talvez você deva deixar seus sentimentos falarem mais alto pelo menos uma vez, Seiya.

- Olha quem fala! - rebateu o Pegasus.

- Pois saiba que se eu reencontrasse a June, faria tudo diferente. Sinto falta dela até hoje. E ainda por cima, ela me mostrou o rosto dela... - sussurrou Andrômeda.

- Isso você nunca me contou! - disse Ikki, surpreso - Isso é grave, Shun! Você nem sabe como retomar contato com ela?

- Não, Ikki. Mas tenho certeza que ainda vamos nos reencontrar! - o garoto de cabelos esverdeados sorria.

A saga das Amazonas de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora