Chapter 16

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Com seu endereço em mãos, estarei com ele em breve. Volto ao computador e compro passagem para o próximo vôo. Tomo um banho rápido, arrumo uma mochila e saio em disparada até o aeroporto. Felizmente dá tudo certo e em pouco menos de duas horas já estou em frente ao seu prédio, há algumas quadras do Central Park. Olho pra cima e quase não é possível enxergar o último andar, de tão alto. Sinto o coração gelar. Estou a poucos metros dele. Espero que esteja em casa e queira me receber. Fui muito cruel com ele. No caminho até aqui pensei muito sobre o nosso futuro juntos e cheguei a uma decisão. Espero não vacilar ao vê-lo em minha frente. Saco o celular e, depois de tanto ignorá-lo, disco seu número. No segundo toque ele atende. Sinto as pernas amolecerem ao ouvir sua voz grave do outro lado da linha.

- Leena?

Aperto os olhos e respiro fundo.

- Oi! - Digo baixinho com a voz trêmula.

- Oi. - Ele diz do outro lado. - Você... Está bem?

- Mais ou menos! E você?

- Na mesma. Sinto muito pelo que aconteceu Leena. Aubrey sabe ser terrível quando quer. Fiquei tão frustrado e irritado! - Ele suspira pesado.

Não parece estar zangado comigo.

- Eu sei, ela me explicou tudo! Por isso te liguei... Precisamos conversar! - Respiro tão pesado que sinto o peito doer.

- Ela me contou também. Achei que nunca mais falaria comigo... - Sua voz soa triste.

Me parto em duas a ouvi-lo assim. No fim das contas foi você quem o machucou, Leena. Eu e minha mania de tirar conclusões precipitadas...

- Preciso ver você! - Será que ele ao menos está em casa? E se vim até aqui à toa?

- Claro! Mas... Estou atolado com trabalho essa semana. Podemos marcar semana que vem?

-Que pena... Você está em casa agora? -Espero que ele fique contente ao saber que estou aqui!

- Estou... Por quê? - Pelo tom de voz e o pequeno sorriso no final de frase, sei que sua sobrancelha arqueou com curiosidade.

- Vem aqui embaixo e descubra você mesmo!

- Não acredito! Você veio aqui? - Falou surpreso e sorri. Ele parece tão feliz que me sinto a pior pessoa do mundo por tê-lo ferido. - Caramba! Estou descendo. - Ele desliga.

Posso jurar que ele desceu voando quando o vejo correr de dentro do prédio. Observo ele me procurar até que seu olhar cruza o meu. Meus batimentos chegam a cento e cinquenta por hora fácil. Vendo que não consigo tirar minhas pernas do lugar, ele começa a caminhar até mim e congelo mais ainda. Como você é lindo, meu amor!

- Leena... - Ele diz meu nome como uma canção. Termina o espaço entre nós devagar. Pega minhas mãos e aperta. Seu toque me tira do chão. Deus, por que tudo tem que ser tão difícil? - Senti tanto a sua falta.

Esqueço o que vim fazer aqui e o abraço com toda a força que resta em mim. Vê-lo de novo me faz chorar em seu peito e pensar que não vou conseguir dizer a ele a decisão que tomei. Não sei mais viver sem você, Benjamin.

- Me perdoa, Ben. Me perdoa por ter desconfiado de você!

- Tudo bem, meu amor. Tudo bem.. - Ele me afaga as costas. - Você não tinha como saber. O importante é que estamos aqui, juntos, hum. - Ele beija minha cabeça com carinho.

As porteiras se abrem mais ainda. Pode parecer que agora vai ficar tudo bem, mas não. Não podemos, Ben. Sinto seu cheiro inebriante e desejo que o mundo todo se exploda para que nada nos impeça de ser felizes. Levanto a cabeça e, ficando na ponta dos pés, não resisto e o beijo. Preciso sentir sua boca na minha antes da nossa conversa acontecer e tudo ir abaixo. Entrelaço os dedos em seu cabelo macio e o aperto desesperadamente contra mim. Nos perdemos assim por algum tempo. Quando o ar se faz necessário, nos afastamos e volto a abraça-lo. Ele ainda permanece alheio a minha batalha interna. Só preciso que saiba que não quero soltá-lo.

Adorável PsiqueOnde histórias criam vida. Descubra agora