15 - Eu sei o que você faz!

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— Eu poderia estar dormindo. — falei colocando o óculos de sol.
— Mas não está. — ele segurava um notebook no colo. — Não devia reclamar que te trouxe para passear mesmo de castigo.
— É a piscina da minha própria casa, Justin! — falei incrédula. — Sua generosidade chega a ser comovente.
— Eu sei. — ele me olhou sorrindo ironicamente.
— Eu te odeio.
— É recíproco.

    Apesar de não gostar de estar presa ali, ter a companhia, mesmo que insuportável, de Justin era bom. O que aconteceu quando acordei ainda passava na minha mente com um borrão, ou algo que não tivesse acontecido. Apesar de saber que havia realmente acontecido. Estávamos agindo como se não significasse nada e eu não ia ficar morrendo de amores por ele, já que ele aparentava não estar morrendo de amores por mim. Era mais viável manter aquilo em sigilo por que eu também não queria que soubessem, principalmente meu pai, que tiraria o Justin de lá e quem sabe seria meu novo segurança se isso acontecesse.
      Repousei o livro que estava lendo e o observei. Ele estava concentrado no que estava fazendo, seu rosto um pouco avermelhado por causa do sol e seus lábios formavam uma linha fina. Talvez estivesse trabalhando, ou simplesmente usando a internet. O ponto era que o fato dele não estar prestando atenção em mim me incomodava. Retirei a saída de banho que estava vestindo e entrei na piscina, ele continuava olhando para o computador.
— Achei que fôssemos nós divertir, já que essa é a única opção que temos. — falei entediada.
— Eu estou trabalhando, Cathy. — ele continuava olhando para a tela do computador.
— Que saco.

    O telefone dele tocou e ele tentou ignorar as chamadas, mas continuava tocando insistentemente.
— Alô. — ele respirou  fundo. — O que você quer? Eu estou ocupado agora. — me encarou por alguns instantes. — Não, não posso falar. Ta.... Ta bom, espera um pouco. — ele levantou me olhando. — Cathy, eu vou sair mas volto daqui a pouco, não toca fogo na casa por favor.
— Vou tentar. — sorri.

    Justin voltou a falar no telefone e saiu praguejando, deixou o notebook em cima da cadeira em que estava. Eu juro que não queria fazer aquilo, mas deveria. Descobrir quem era Justin Bieber nunca havia saído dos meus planos, aquela seria uma boa chance. Sai da piscina vagarosamente, olhei em volta para ter certeza de que ninguém estava olhando e corri para a cadeira. Respirei fundo e pedi que não fosse nada que me deixasse triste.
— Uma planta de um prédio?! — falei ao olhar para a tela. — Não esperava isso...

    Era a planta de um prédio, também haviam arquivos com mapas de Nova York. Observei a sigla "JPMC" próximo a planta do prédio. O que aquilo significava? Tentei abrir outros arquivos mas todas pastas tinha senhas.

— Senhoritaaaaaa. — ouvi a voz de Helena surgir e fechei o notebook rapidamente.
— O que é, Helena?
— Hora do almoço. — ela sorriu.
— Vou esperar o Justin.
— Acho melhor não, senhorita. O senhor Bieber acabou de sair e me disse que voltaria somente a noite.
— Por que? Pra onde ele foi? — deixei a voz desapontada escapar sem querer.
— Não se apegue tanto, senhorita Catherine. Justin Bieber é uma alma solitária como de um lobo sem alcatéia.
— Quem disse que eu estou me apegando a ele... — murmurei aborrecida. — Vamos, Helena. Vou tomar banho, me trocar e comer.

     Deixei o notebook onde estava para que Justin não desconfiasse da minha pequena olhadela e segui Helena que falava sem parar sobre o quanto tinha caprichado para o almoço de hoje.
     Olhei-me no espelho e vi as olheiras azuis que rodeavam meus olhos. Que deplorável você está. — pensei tentando esconder aquilo com maquiagem. Desci para o almoço e lá estava o meu pai conversando alegremente com a Alanis e o Kenny, parecia tão feliz... Pena que eu não compartilhava de suas alegrias.
— Olá, querida. — disse ele sorridente.
— Oi, papai. — respondi da forma mais desdenhosa possível.
— Oi, Catherine. — disse Alanis esboçando um sorriso alegre.
— Olá, senhorita. — Kenny acenou com a cabeça.
— Oi.

Born To YouOnde histórias criam vida. Descubra agora