Odiava o sitio onde estava agora, o manicômio, o cheiro, as pessoas, a comida, tudo.
Ele tinha tantas doenças que o tinham tornado no que era hoje. A bipolaridade, a esquizofrenia e ate mesmo a psicopatia.
Estava naquele manicômio faziam 4 anos, ele...
Acordei mais uma vez com os barulhos do Namjoon mas desta vez nem fiquei muito chateada, quando pensei em comida desci a correr e fui para a beira dele.
Eu: Bom dia -disse e pus-me em bicos de pés e ele baixou-se um bocado para eu lhe conseguir dar um beijo na bochecha-
Nam: Bom dia pequenota. Porque tanta felicidade? -perguntou com um sorriso, eu amo o sorriso dele, ele ao sorrir faz com que sorria tambem-
Eu: Porque tu estas a fazer comida e eu amo comida e estou com fome e tu vais-me dar comidinha -disse e abracei-o enquanto ele cozinhava-
Nam: -pôs a comida na mesa e ambos começamos a comer e quando ele estava a pôr os pratos na banca virou-se para mim- Não queres ir lá fora ver a tua surpresa? -perguntou a sorrir, ele parecia ter a certeza absoluta de que eu iria gostar o que me deixou curiosa, sou mulher, sou curiosa-
Eu: Claro que quero -disse aos saltinhos- Anda -disse e peguei nele pelo braço e levei-o comigo até a porta-
Nam: -põe-se à minha frente tapando-me a visão- Tens a certeza que queres ver? -preguntou-me e sorriu-
Eu: Quero, sai da frente -disse tentando ver mas ele tinha-se posto à minha frente, odiava quando ele fazia isto, aproveitava a minha animação para me deixar nervosa e com uma pequena vontade de o esganar-
Ele acaba por sair dali e eu vejo um Range Rovermesmo lindo parado à porta da nossa casa, ok isto soou a cena de casal, damn nossa casa. Bem continuando vi o Range Rover azul, era o meu carro favorito com a minha cor favorita. Se isto era a minha surpresa eu passo-me juro-vos. Virei-me para o Namjoon e ele estava a sorrir com as mãos nos bolsos das calças
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu: De quem é o carro? -perguntei ansiosa, se ele não me respondia ou se gozasse comigo eu era capaz de o esganar-
Nam: É teu -diz com a maior calma do mundo-
Eu: Tas a gozar comigo não estas? -perguntei chocada, eu não consigo acreditar nisto, é hoje que eu morro feliz-
Nam: Não, porque? Não gostaste foi? -perguntou a sorrir, ele sabia melhor do que ninguém que eu tinha amado o carro-
Eu: -corri para a beira dele e abracei-o e ele pegou em mim e pôs as minha pernas à volta da cintura dele-
Nam: Isso parece-me que gostaste -disse e eu parei de o abraçar e olhei para ele, wow estava cara a cara com ele pela primeira vez na minha, os nossos 30 cm de diferença de altura eram algo dificil de imaginar como seria ser tão alto e agora que sei o sentimento prefiro ser pequena, quando notei já estávamos a olhar um para o outro há uns 2 minutos e ele continuava a segurar-me-
Eu: -olhei para ele mais uns segundos e beijei-o e ele ficou a segurar-me apenas com um braço e correspondeu ao beijo-
Pela primeira vez tinha sido eu a começar o beijo e pela primeira vez sentia que era um beijo mais calmo e sem pressa. Não sabia o porquê de o ter beijado mas sabia que eu queria aquele beijo, quanto a ele, é dificil saber o que ele quer ou o que ele sente. Ele é o tipo de pessoa que nasceu sem grandes sentimentos e à medida do tempo aprendeu a guardar tudo para si, ele era uma pessoa que dificilmente mostrava o que sentia e eu percebia-o. Talvez algum dia ele consiga amar alguém. Até lá aqui estou eu. A beijar o meu melhor amigo. À frente da nossa casa. Isto estava a ficar estranho mas parece que eu tenho uma queda para coisas estranhas e fora do normal afinal de contas eu estava a beijar o meu melhor amigo, à frente da casa que partilhava com ele, depois de termos fugido da Coreia porque ele estava num manicómio, para além disso o meu melhor amigo é um psicopata assassino em série. Parece que eu vou mesmo para o lado das coisas esquisitas fora do normal.
Quando o beijo acabou ele pousou-me no chão e sorriu para mim e depois olhou para o carro.
Ali: Obrigada por tudo, és o melhor -disse sincera e fui até o carro-
Nam: Vai dar uma volta com o carro, aproveita e trás algo para almoçar -disse e eu fiz o que ele pediu-
Depois de andar a dar várias voltas por Los Angeles fui buscar o almoço a uma casa de sushi e fui para casa, quando entrei em casa estava tudo em silêncio, pus a comida na cozinha e depois troquei de roupa para o pijama e chamei-o. Algo se passava, ele não falava, estava muito calado mesmo, simplesmente agradeceu e sentou-se a comer sem falar mais nada. Eu fiz o mesmo porque não sabia o que se passava. Quando acabou de comer levantou-se e foi para o quarto e trancou-se lá dentro.
A tarde passou e ele continuava ali dentro, tentei falar com ele um par de vezes mas a porta estava fechada à chave e ele ignorava quando eu chamava, fiz o jantar e chamei-o, era o nosso segundo dia ali e tudo tinha ficado esquisito do nada. Se calhar ele não queria que o beijasse, se calhar não gostou ou se calhar notou o erro que fez ao vir para aqui, ainda por cima comigo. Só sei que algo se passava e ele não me contava, quando acabamos de jantar ele voltou a ir para o quarto, mas antes desejou-me uma boa noite e deu-me um beijo na testa. Arrumei tudo, lavei a louça, depois desliguei as luzes e fui para cima.
Não conseguia dormir porque estava preocupada com ele, boa. Parece que vou ter de resolver o problema agora ou passo a noite em branco, e isso era algo que me deixava fodida portanto decidi que vou resolver o problema agora mesmo.
