Alison Smith On
Nam: O que é que eu tenho haver com isso querida? -perguntou calmo e percebi que a situação estava mais controlada do que o que eu pensava-
Kat: Se houver algo mais entre vocês como será pensar que outros já andaram aí? E tu que só andaste aos beijos e ela ultrapassou isso com vários? -perguntou e aí sim fiquei com medo do que ele poderia dizer, esta conversa estava um pouco fora do contexto mas ok-
Nam: Eu sei que ela já teve uns quantos, eu não quero saber quem ela fudeu antes porque quando ela foder comigo vai perceber que nem fudeu tanto -disse e eu fiquei chocada, ele não tinha acabado de dizer aquilo, que vergonha ai meu deus, nesse momento comecei a corar e fiquei sem saber o que dizer e pude perceber que ela também porque por uns momentos não se ouviu nada, quando voltei a encará-lo ele parecia normal como se nada se tivesse passado-
Kat: És um estúpido -ela disse do nada-
Nam: Porquê? Só te respondi de uma maneira direta -disse calmo e eu fiquei apenas a ouvir-
Kat: Antes dela chegar aquela escola não querias saber de ninguém, eras frio com todos e com todas, depois ela chegou e foi a única rapariga que viste à frente, parece que não há mais ninguém para ti sem ser ela -disse e eu sorri ao saber disso e ele continuou com o mesmo sorriso de antes e ao olhar para mim sorriu ainda mais-
Nam: Mas isso é porque para mim não há mais ninguém importante neste mundo para mim sem ser ela. Simples, ela é a única mulher para a qual eu tenho olhos, é a única que me faz sorrir e rir, é a mulher que me faz querer viver um pouco mais, é a que me faz querer mudar e ser o que ela merece, é a única pela qual eu daria a minha vida ou qualquer coisa. Se te atreves a tentar algo contra ela, já sabes que é comigo que tens de lidar e acho que isso não é a tua melhor opção. Também acho que a policia não precisa de saber que ela está comigo, percebido Katherine? -disse e eu fiquei chocada com tudo o que ele tinha dito, nunca pensei ouvir isto vindo dele, muito menos dirigido a mim-
Kat: Tudo bem, eu não digo nada à policia -disse e pude pressentir o choro e o medo na voz dela-
Nam: Ah e não te tentes meter mais entre nós, esse tipo de pessoas são uma pedra no meu sapato e eu não quero ter de me livrar de ti percebes? Tenta controlar-te um bocado -disse calmamente-
Kat: Ok, adeus -disse e desligou no momento e eu continuei calada-
Nam: Não devia ter dito aquelas coisas pois não? Eu sei que foi demais mas foi a realidade, desculpa -disse e abaixou a cabeça e eu sorri ao ver isso-
Eu: Não foi nada disso, eu adorei que tenhas dito aquilo, principalmente agora que sei que era verdade. Só fiquei surpreendida porque nunca pensei que significasse assim tanto para ti -disse levantando a cara dele e encarando-o nos olhos-
Nam: Desculpa se pus muita pressão em ti -disse sorrindo para mim e não pude evitar e acabei por o beijar e ele correspondeu-
O que havia assim de tão mal em querer ser feliz? Ambos somos pessoas com direito a amar e a ser amados, ambos temos os nossos sentimentos, só que com intensidades diferentes. Ele é uma pessoa que nunca sentiu amor por ninguém mas também nunca ninguém lhe tinha demonstrado o que isso era, o significado dessa palavra, desse sentimento. Tal como muitos outros sentimentos que foram ensinados por mim, ele nasceu sem sentimentos, os únicos sentimentos com que ele nasceu foi a tristeza, raiva, ódio e fúria. Ele não tinha qualquer sentimento como empatia, preocupação, amizade, amor, nada disso e aos poucos foram aparecendo mas era cada vez mais dificil. Talvez ele nunca alcançasse o amor mas estava próximo e podíamos ser felizes, bastava querermos.
Quando o beijo acabou ele deitou-se e deitou-me em cima dele. Ainda era de manhã mas estar assim com ele sabia tão bem.
Nam: Vamos dormir e eu prometo que quando acordares estarei aqui ao teu lado para depois irmos fazer a comida os dois juntos. Pode ser? -disse com animação, o que fez com que ficasse feliz com o pequeno facto de ele tentar fazer coisas que eu sabia que ele nunca tinha feito-
Eu: Claro que pode. Mas será que ainda vais conseguir dormir? -perguntei duvidosa-
Nam: Nós os dois dormimos sempre que temos hipótese, acho que não é um problema muito grande para nós -ele disse e ambos nos rimos, dois preguiçosos juntos havia alturas em que até calhava bem, mas em outras nem tanto-
Eu: Dorme bem grandalhão -disse deitando confortável com a minha cabeça no peito dele-
Nam: Dorme bem pequenina -disse e deu-me um beijo na testa logo a seguir e ambos sorrimos e depois adormecemos, talvez dormir não fosse o problema, acordar e depois sair da cama é que era o nosso verdadeiro problema-
Alison Smith Off

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You're my sanity
FanfictieOdiava o sitio onde estava agora, o manicômio, o cheiro, as pessoas, a comida, tudo. Ele tinha tantas doenças que o tinham tornado no que era hoje. A bipolaridade, a esquizofrenia e ate mesmo a psicopatia. Estava naquele manicômio faziam 4 anos, ele...