ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PROBLEMAS

Caramba três meses passaram voando,eu ainda estava tomando remédios,parecia que as minhas plaquetas andavam muito rebeldes ultimamente,mas nada que não pudesse ser resolvido.
Thomás e eu continuavamos feito dois apaixonados de primeira viagem,quando não estávamos um pela casa do outro,estávamos fazendo piqueniques no parque,passando finais de semana na praia ou em qualquer outro lugar com nossos amigos.
Como o Thomás iria chegar mais tarde a escola hoje,por conta de uns exames,ele está cada vez melhor e contente com os resultados,resolvi ir caminhando para a escola,isso faz muito bem,bom para sedentários,ou seja,bom para mim.
Coloquei meus fones de ouvido no máximo em uma mùsica bem animada e sai feliz pela rua,hoje o dia simplesmente estava perfeito.
Quase!
Chegando nas proximidades do colégio,pude presenciar uma cena deplorável e ao mesmo tempo agoniante.
Brandon tinha sido espancado por uns caras estranhos e agora estava se contorcendo na calçada,corri até lá para ver o que era e tentar ajuda-lo.

-Ah meu Deus,Brandon o que houve?

-May você finalmente apareceu-falou ele tentando se reerguer-Te mandei uma mensagem meses atrás.

A mensagem,pois é,uma que recebi no dia em que fui conhecer a Lucia e o Robert.

-Brandon,quem eram aqueles?

-May...

Ele nem terminou de falar,caiu duro no chão a minha frente,fiquei desesperada,chamei uma ambulância e fui com ele até o hospital.
Liguei para o pai dele,o Seu Nicolau e avisei que estava acompanhando o Brandon até o hospital.

-May,muito obrigada por me avisar.

-Não foi nada seu Nicolau.

Resolvi ficar até ter notícias,foi quando um médico chegou.

-Seu Nicolau?

-Sou eu,como está o meu filho?

-Eu lamento informar,mas seu filho entrou em coma.

-Como assim?isso não é verdade.-ele agora parevia incrédulo-Por favor diga que é mentira.

-Sinto muito,mas seu filho teve uma overdose de drogas.

-O que?-agora foi minha vez de ficar surpresa.