Capítulo 2

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-Seu pai entrou em contato e quer te ver querida. Já posso ver a capa do mês que vem, da revista forever pink em minha mente.

-Como? O John vem me ver?
John era meu pai, ele tem descendência inglesa, minha mãe  brasileira e se encontraram lá, nasci e passei até meus dois anos e voltei para o Brasil.

Depois que me descobri cantando, achei minha vocação para a música  aos meus cinco anos, ela tratou de me sugar até meu último pingo de suor. E teria que cantar sempre em inglês essa sempre foi uma de suas exigências.

Não fiquei muito tempo ao seu lado fui para o outro banco. É muito exagero, mas a Elenor trouxe a limousine.
-Não fale isso de seu pai.

-Ele te abandonou e a mim também.
Aliás, eu sei que ninguém consegue ficar perto de você por muito tempo, mas o John me abandonou para morrer nos braços de uma mulher que não tem ao menos carinho por sua filha.

Eu não pude evitar lágrimas que resistiam, mesmos querendo que elas saíssem não conseguia, deveria ser por tanto tempo que tive que me fazer de forte. Me sentia fraca e não poderia escapar dela, nunca.

-Justin pare o carro.
Abri a porta do carro e sai correndo pelas ruas, ruas que nem conhecia direito.

Mas Justin veio atrás de mim, ele era motorista de minha família a muitos  anos e namoramos na infância por um tempo até minha mãe descobrir e me proibir de me encontrar com ele, ele só não foi demitido por causa do John.

-Justin pare de me seguir!
-Eu não vou pedir para parar, eu só vou lhe acompanhar. Sei como é difícil ter uma mãe como a Dona Eleonor.

Ele me dava conforto e me encolhi em seus braços, chorando como uma criança. Na verdade ainda era, a Eleonor nunca me deixaria crescer.

-Vamos agora por favor. Só quero passar uma noite longe daquela mulher.
-Sabe que posso perder o emprego por sua causa?

-Sempre se arrisca por mim e por isso não vou deixar que ela te faça nada. Sou a mina de ouro dela, além de fazer o ótimo trabalho como minha babá.

Ele riu e pegou em minha mão, não me importei e sai correndo pelas ruas, claro que com ele me orientando sobre tudo.

Passamos em um beco, não sabia por que mas em um impulso o beijei.
Uma luz, várias luzes me interromperam, eram fotógrafos.

Tentei ir pelo o outro lado mas nada, estava encurralada.
-Senhorita Emma quem é esse rapaz?
-Emma?
-Emma!
-Emma quem é esse? E o Seu atual namorado o Nathan?

Perguntas mais perguntas, luzes, microfones, gravadores. Queriam saber quem era o Justin o que aconteceu com o Nathan.
Sim o Nathan havia me esquecido.

Sai pegando na mão do Justin para sair dessa confusão, cobrindo o meu rosto embora eu soubesse que não iria adiantar.

Depois de correr alguns quarteirões e entrando em um beco atrás do outro conseguimos escapar.

Mas só me lembrava do que tinha acabado de fazer, tinha traído o Nathan com o Justin alguém que eu jurava não sentir mais nada.

-Esta tudo bem?
-Vai ficar, desculpa Justin por se arriscar, por ter me seguido, por eu fazer aquilo com você no beco. E por  causa da minha irresponsabilidade você poderá ser mandado embora e amanhã estaremos nas capas de praticamente todas as revistas de fofocas.

Estávamos em um beco novamente só que mais escuro do que o outro nos encostando em uma parede e ofegantes por causa da corrida.
-Tudo bem. Você sabe que quero te proteger e que ainda gosto de você.

De Um Dia Pro Outro... Os Dois Lados Da Fama.Onde histórias criam vida. Descubra agora