Eu acredito que estou no inferno, portanto estou nele.
- Arthur Rimbaud.
- O quê? - Isabela pergunta do outro lado da linha.
- Izzy, acredite, é difícil explicar agora. Mas a questão é que não posso abandonar Minha melhor amiga que me chamou para ir na casa dela. Mas ela pode vir onde estou. Por favor, não é tão longe - peço.
- Igor... Não sei - ela diz. - E esse povo ai? Eles não vão gostar da minha visita.
- A questão não é eles gostarem, Isa, sou eu - digo.
Ao meu lado, noto que Cara sorriu em deboche.
- Ai Igor... Eu não sei. Não posso ir ai a pé. E de trem pode demorar um pouco - ela diz.
- Pede para sua mãe te trazer. Acho que Dona Marize não acharia tão ruim assim - falo.
- Ain... Eu vou ver Igor.
- Vai lá. Por favor, vem aqui. Também sinto muita saudade sua - digo.
- Tá bom. Ok - de repente ela desliga o telefone.
- É impressão minha ou você acabou de chamar a mortal para a nossa mansão? - Cara diz.
Me viro, para encarar ela.
- Sim. Eu chamei. Não posso sair daqui e quero muito ver minha amiga - digo.
- O que estou tentando dizer é que não é qualquer pessoa que pode vir aqui - Cara reclama. - Somente pessoas do clã visitam a mansão e para questões sérias. Uma simples garota patricinha não é tão importante assim.
- Não a chame assim - digo, irritado.
- Ah, está bem, Igor. Faça o que quiser, mas acredite quando digo que não é uma boa ideia - ela diz.
- Sendo Boa ou não ela vai vir.
- A escolha é sua - Cara da de ombros.
- Olha aqui... - começo a dizer, mas Cara se vira e começa a ir embora nem prestando atenção em mim.
Logo em seguida ela começa a subir as escadas para o segundo andar.
- Mas que vaca - digo para mim mesmo.
¤¤¤
- Que filho da puta - Isabela sussurra baixinho, olhando o chão da sala da cozinha.Não gostara nada da atitude de Igor, a convidando para ir para a casa dos sanguessugas.
Tinha certeza que o povo daquela casa não gostaria da sua presença. Mas de qualquer forma, era Igor, seu melhor amigo. Deveria pelo menos tentar.
- Isabela, você está ai, minha filha? - a garota ouve sua mãe a chamando da cozinha.
- Estou mãe! - ela grita.
Caminhando lentamente ela vai até a cozinha. Chegando lá ela vê a mãe limpando a mão no avental, a cara preocupada.
- Aconteceu alguma coisa dona Marize? - a filha pergunta.
- Igor confirmou de vir aqui? - a mãe pergunta.
- Bem... - Isabela suspira. - Mãe, ele não vai poder vir aqui. Ele ta com um problema de trabalho para resolver. Ele está na casa de uma... amiga. Perguntou se eu posso ir lá, para ficar com ele.
- Quer ir lá? - Marize pergunta retirando o avental.
- Como assim, mãe? - Isabela pergunta, confusa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não Confie Em Mim
Teen Fiction"Tudo vai mudar". "Nada vai ser como antes". "Sei de uma coisa: Isso não é um jogo". "Simplesmente aparecer e não me revelar tudo em questão não ajuda em nada. Um romance não é algo possível. Amar é algo perigoso. Eu não queria me apaixonar, e eles...